Era isso que importava

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Olááá! Sei que demorei demais e peço desculpas por isso, mas para compensá-los, postarei o próximo em dois dias. Aliás, quero agradecer a vocês que nesse tempo em que estive fora, essa história chegou a #6 em slash. Muito obrigada, isso só foi graças a vocês que leram, comentaram e voltaram, então, obrigada!

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Yuki

Assim que comecei a acordar senti que algo estava errado. Eu estava só de cueca e apoiado em alguém, sabia que era uma pessoa por causa do contato da pele dele com a minha. Aliás, desconfiava de ser um homem pela dureza do corpo, especialmente porque eu conseguia ouvir o coração dessa pessoa sem estar apoiado nos seios dela, o que seria bastante constrangedor.

Bocejei e de repente me dei conta da situação: eu estou seminu apoiado em um homem na mesma situação que eu!

Abri os olhos e senti meu coração bater mais forte ao ver quem era: Sorata

—Aaaah!- gritei, dando um pulo e fazendo Sorata se assustar

—Bom dia para você também!- ele cruzou os braços

—Oi, Yu!- disse Aaron do meu outro lado e só então percebi que meu irmão estava ali.

—O que está acontecendo?- perguntei confuso

—Não se lembra do que aconteceu ontem? A floresta...- meu nii-chan levantou as sobrancelhas e então eu me lembrei

—A Mei! A Mei está lá, alguém precisa fazer alguma coisa, ela estava gritando...- comecei, jogando o cobertor para o lado com a intenção de levantar, mas Aaron me parou e me deu um abraço.

—Calma, respira, Yuki.- ele faz carinho no meu cabelo até eu me aquietar- Estão procurando por elas, talvez já tenham até encontrado. Se acalma, você quase morreu ontem.

—É, que ideia foi essa de entrar na floresta? Eu preferia ter dormido no meu quarto ao invés de na enfermaria com esse idiota!- reclamou Sorata- Se bem que adorei a nossa noite juntos, se quiser repetir é só dizer, não precisa nem se perder na floresta.

Bufei. Sorata me dava raiva algumas vezes, mas eu não podia brigar com ele, pelo menos não por enquanto, já que ele me salvou.

Depois que eu entrei na floresta, eu fiquei completamente perdido. Tentei gritar, mas acho que eu estava apavorado demais porque não saía nada da minha boca. Como naqueles pesadelos que eu tenho com os zumbis dos filmes de terror que Aaron assiste: eu tento gritar, mas ninguém me ouve.

Foi assim e foi assustador. O vento era muito forte e eu me arrependi por ter jogado o casaco de Aaron, não era como se uma camiseta de algodão de manga curta e uma bermuda pudessem proteger alguém do frio. Eu nem tinha relógio para saber há quanto tempo eu estava lá, parecia uma década e não fazia ideia de como sair de lá. E se ninguém me achasse? E se tivesse algum animal selvagem que me atacasse?

Entrei em pânico e consegui ter uma das reações mais idiotas do mundo: sentei no chão e chorei. Bom, duvido que alguém que estivesse completamente sozinho, perdido em lugar estranho, à noite e no meio de uma tempestade não tivesse a mesma reação. Sem contar que eu nem sabia como me virar em florestas já que nunca acampei. Quero dizer, não sabia caçar animais ou achar água.

Eu estava congelando no chão, então tentei me levantar, mas não consegui. Não tinha forças e a terra estava escorregadia por causa da chuva, já havia se tornado lama. Cheguei a pensar que eu fosse morrer ali, mas então eu vi um vulto. Admito que na hora eu nem pensei que pudesse ser alguém mal intencionado, só pensei que era alguém e pelo menos eu não estaria sozinho.

Apaixonado pelo meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora