Será que podemos ser amigos?

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Atrasei quatro dias, mas achei que tinha sido mais... é cada coisa que acontece comigo que dava para fazer uma história e seria um drama. Enfim, gente, por favor, por favor, por favor, leiam as notas finais desse capítulo, tudo bem? Tenho uma pergunta para vocês!

Espero que gostem desse capítulo!

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Aqueles dois dias que passei com o meu irmão foram os mais felizes que tive naqueles últimos anos. Não apenas feliz, mas completo. Com meus amigos, eu me divertia, mas com Aaron... era diferente, era mágico e borbulhante. Eu tinha vontade de sorrir o tempo todo.

Não fizemos muita coisa, quero dizer, mal saímos do hotel dele. Ficamos apenas ali, jogando conversa fora, vendo televisão e comentando sobre o que passava e também namorando. Acho que de certa forma queríamos compensar o tempo perdido. E tentamos esquecer da nossa inevitável separação.

Só saímos para comer no próprio restaurante do hotel e eu nem me sentia envergonhado usando as roupas dele que até hoje ficam grandes em mim. Me sentia bem, me sentia como quando ainda morávamos juntos. Mesmo com tantas coisa ruins naquela época, sentia falta de apenas passar o tempo com ele, conviver com a pessoa que eu amava.

No entanto, infelizmente, o dia de ele ir embora chegou cedo demais. Bem, é claro que eu não queria nunca me separar dele, mas pareceu tão rápido. Vivemos momentos tão especiais juntos naquele hotel, mesmo que não tivéssemos feito nada memorável, cada momento com ele era especial.

Vesti meu terno, não sem antes pegar uma blusa que estava com seu cheiro e segurei as minhas lágrimas ao me despedir dele. Eu o amava e sabia que ele sentia o mesmo, sabia que ele também queria ficar comigo.

—Promete que vai me ligar assim que chegar? Promete que não vai se esquecer de mim como na última vez?- perguntei, me sentindo patético

—Eu nunca poderia me esquecer de você, só me distraí com tanta coisa nova... mas prometo que ligarei para você assim que estiver em casa, tá?

Assenti. Eu podia não admitir para ele, mas tinha medo que ele me esquecesse.

—Tá bom, vamos nos falar todos os dias, tá?

—Hum-hum.- falou ele e me deu um beijo. Como eu sentiria falta disso!

Nós dois combinávamos tão bem, era como se fôssemos feitos um para o outro.

Suspirei e olhei as horas no meu telefone para fazer um cálculo rápido de mais ou menos que horas Aaron me ligaria quando vi meu papel de parede: uma foto minha com Konnosuke. E foi aí que soube exatamente o que eu deveria fazer.

Peguei um ônibus e juntei toda a minha coragem para tocar a campainha na casa lindíssima do meu namorado... que logo seria ex.

—Olá, Yuki!- falou ele abrindo a porta e me dando um abraço- Uau, por que está todo chique assim?

Minha vontade foi dizer que estava assim só porque queria vê-lo o mais rápido possível, mas tinha que dizer a verdade. Não podia namorar com dois caras ao mesmo tempo e não poderia namorar com alguém por quem eu não estivesse apaixonado.

—Precisamos conversar.- falei sério e seu sorriso se desfez.

—O que houve?

—Eu...- respirei fundo. Era melhor para nós dois que eu falasse de uma vez- Eu voltei com o Aaron... eu sinto muito, eu gosto de você, eu amo você, de verdade, mas não estou apaixonado, me desculpe.

Ele ficou sem fala por alguns instantes até sorrir triste e dizer:

—Eu sei. Eu percebi, Yuki. Seus olhos nunca brilhavam quando você olhava para mim, não do mesmo jeito que brilhavam quando você falava dele. Você nunca pareceu interessado de verdade em beijar ou fazer coisas românticas... mas eu estava apaixonado por você, quero dizer, ainda estou. E eu esperava que você se apaixonasse por mim, mesmo sabendo, lá no fundo, que provavelmente você nunca me amaria como você o ama.

Apaixonado pelo meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora