Sexta, sábado e domingo

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Esse capítulo está gigante! Nem eu imaginava que ele tinha ficado tão enorme, mas não dava para separar em dois. Enfim, aqui temos três narradores diferentes, está bem divertido e esclarecendo várias coisas sobre os personagens que são próximos do nosso casal principal. E não se preocupem porque eles voltam no próximo! Comentem muito!

Sexta feira- Nekori

Decepção. Acho que essa é a palavra que define a minha viagem até aqui, nesse fim de mundo aonde eu virei um banquete de mosquitos em nome do BL. Só que não estava rolando.

Na minha imaginação, Subaru e Izumi iriam passar a viagem toda próximos um do outro até a hora das estrelas cadentes quando eles iriam sorrir timidamente um para o outro, Izumi iria dizer que gostava muito de Subaru que iria dizer que sente o mesmo e então eles iriam se beijar sob as estrelas. Lindo, né?

Mas não estava rolando nem um clima leve entre eles. Para começar, eu iria me sentar no canto, para Izumi e Subaru se sentarem próximos um do outro, mas o que Subaru fez? Se sentou do meu lado, me deixando entre eles.

Comentei que era um cenário bastante romântico esse de ver as estrelas, mas isso não aproximou os dois, na verdade, Izumi concordou de cabeça baixa e Subaru ficou pensativo. Simplesmente não acredito que viajei por mais de duas horas, fui picada por mosquitos e na casa da família de Izumi nem tinha água quente e eu tive que tomar banho frio para ver dois garotos distantes. Eles deveriam ficar próximos! Especialmente um do outro!

Tudo piorou quando senti uma coisa passar em cima de mim, voando bem rápido e um cachorro correndo atrás. Um frisbie. Quem joga frisbie quando faltam poucas horas para uma chuva de meteoros? Mas meu problema foi que Subaru pulou no meu colo e me abraçou dizendo:

—Aaaah! Nekori! Olha, aquele cachorro é gigante e está vindo na nossa direção!- sua voz estava apavorada e tremendo. Ele tinha medo de qualquer coisa maior que uma mosca. Ele quase teve um ataque um dia que chegou no laboratório e Izumi estava dissecando um sapo.

—Menos, Subaru, ele nem está dando atenção para gente.

E nem estava mesmo. Ele estava atrás do frisbie e... crack! O frisbie quebrou a janela de Izumi e o cachorro pulou dentro da casa dele.

—Preciso tirar esse cachorro daí!- Izumi falou rapidamente e foi atrás do cão. Ele tinha mania de limpeza, por isso, nunca teve nem um bicho de estimação na vida, tirando um peixe que morreu em poucas semanas quando ele era criança, segundo o que ele nos contou nas aulas de laboratório. Ele entrou e saiu alguns minutos depois guiando o cachorro para fora com luvas descartáveis.- Vamos, vamos, xô, xô!

—Nekori!- reclamou Subaru ao ver o animal e eu revirei os olhos

—Ei!- disse um homem se aproximando de nós. Ele era bem alto, tinha pouco mais de 1.80 m, era loiro, tinha olhos claros e um corpo cheio de músculos. Um perfeito seme.- Meu cachorro!

—Não fiz nada com seu cachorro, ele quebrou meu vidro.- falou Izumi na defensiva

—Estrela!- ele reclamou com o cão. Eu não sei porque, mas ele me lembra alguém.- Desculpe, eu vou te pagar por sua janela...

—Não precisa.- Izumi disse, a voz mais gentil agora que Estrela estava perto do seu dono e, consequentemente, longe dele.

—Eu insisto...

—Papai!- gritou uma vozinha aguda e apareceu uma menina de seis ou sete anos correndo. Ela não se parecia muito com o pai, ela tinha cabelo castanho claro e olhos castanhos escuros.

—Sua filha?- perguntou Izumi

—Hum-hum.- ele assentiu e tirou um cartão do bolso- Olha, esse é o meu cartão, me ligue quando consertar a janela que eu te reembolso.- depois ele se abaixou perto da filha e perguntou- O que foi, princesa?

Apaixonado pelo meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora