Apaixonado pelo meu irmão

Ótimos amigos

Oi! Espero que gostem do capítulo!

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Okay, pensa, Yuki, pensa!

Eu não conseguia correr e, mesmo que conseguisse, para onde correria? Para o telhado onde o pessoal do terceiro ano fica? Só ouviria provocações, isso na melhor da hipóteses.

Também duvido que eu consiga me defender de um cara como Konnosuke, ele é grande demais. Não só na altura, mas seus ombros e braços são largos, até seus pés parecem grandes. Não tinha chance contra ele... só que ele não precisava saber disso.

Me levantei em um pulo, deixei as pernas separadas, olhei para ele e falei:

—Eu vi animes de luta, você não tem chance contra mim!- cruzei os braços e ele me olhou como se questionasse a minha sanidade

—Como?

—É sério, não me julgue pela aparência ou vou te dar um jab de direita!- falei, fechando minha mão direita em punho até que algo me ocorreu- Espera, se eu bater com a minha mão direita no lado esquerdo do seu rosto é um golpe de direita?

—Está me perguntando?- ele arqueou as sobrancelhas

—N-não!- falei envergonhado, mesmo que estivesse.- Isso não é importante, o que importa é que vou te bater!

—Eu não sei do que está falando, só queria saber se estava bem, você saiu correndo, achei que pudesse estar precisando de ajuda, mas já que sabe se defender sozinho, vou embora.- ele se virou para ir

—Por que você se importa?

Era uma pergunta retórica, mas ele se voltou para mim e suspirou:

—Você é muito parecido com meu irmão mais novo. Não fisicamente, mas tem algo que lembra ele... seus olhos, talvez.

—Você tem um irmão? Quem?- perguntei mais por educação

—Tenho, mas... ele não está aqui.

—Ele...- comecei e então entendi o que essa frase podia significar- Nossa, eu sinto muito!

Konnosuke riu, se sentando ao meu lado

—Ele está vivo, se é isso que te preocupa, só estuda em outra escola.- percebi que mesmo sorrindo o tom de Konnosuke era um pouco triste. Eu mal o conhecia e não podia perguntar o motivo- Também me importo com você por isso.

—Como assim?

—Sei lá, ver aquele garoto te intimidando e falando aquelas coisas horríveis sobre você e seu irmão... imagina se falassem isso do meu irmão!

—Mas é verdade.- falei baixinho- Eu sou tudo aquilo que eles falaram. Eu namoro com meu irmão, me ofereci para ele como uma puta como Kenji disse e também devo ser doente porque só me interesso por ele, então, se está aqui porque quer pegar alguém sugiro que encontre outra pessoa porque só me ofereço para o meu irmão... sou a puta dele!

E era tudo verdade, tudo, e eu sentia nojo de mim mesmo. Escondi meu rosto nas mãos e comecei a chorar. Ótimo, estou arruinando a minha imagem na frente da única pessoa que poderia me defender. Mas era melhor que ele não tivesse esperanças de que eu sou uma pessoa normal porque eu não sou. Eu não era como o irmão dele, eu sou um doente.

Konnosuke bufou ao meu lado e tive medo que ele fosse me bater, mas não importava. Fosse ele, Kenji ou qualquer cara aleatório da escola, tanto faz agora.

—Garoto, normal ou anormal, quem se importa com isso? Vá ler qualquer livro de história, acontecia incesto a todo o momento em família reais e agora é anormal. Normalidade é tudo uma grande besteira! Se você e seu irmão não estão fazendo mal a ninguém, danem-se os outros. E é ridículo falar de você no feminino se não se considerar mulher, seu parceiro não muda seu sexo ou te torna menos masculino, sério, vá dar uma olhada em livros de história da Grécia Antiga, os maiores guerreiros mantinham relacionamentos com homens. E no Japão também não era algo incomum... eu disse, normalidade é uma besteira.