Lupita

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Cheguei um pouco mais tarde, ao escritório. Tive que me encontrar com uma cliente antes_aquela que está "brigando" pela guarda definitiva do filho_estamos quase no final do caso,e tenho certeza da nossa vitória.
Espero nunca ter que passar por uma situação dessa. Eu jamais entregaria um filho meu, para o pai criar e deixá-lo longe de mim.

Quando chego no meu local de trabalho, vou direto à sala do meu pai, pois precisava falar com ele. Não bato na porta,apenas abro,entro,e vejo meu pai e Lolla,aos beijos.
Fiquei olhando a cena,incrédula,esperando uma explicação, uma resposta, ou qualquer coisa que me fizesse entender aquilo que presenciei.
Meu pai se afastou dela, e veio falar comigo.

-Minha filha, não é nada disso que você está pensando._segurou meu ombro.

-Não precisa me dar satisfação nenhuma,pai. Eu sabia do seu relacionamento,só não imaginava que sua namorada é a Lolla._sorri para os dois.

-Sei o que deve está pensando de mim,mas posso garantir que estou apaixonada pelo seu pai._Lolla tentou explicar.

-Lolla, não diga nada! Você e meu pai, são adultos. E não estou pensando mal de você._falei, a tranquilizando.

-Filha, você aprova nosso relacionamento?_ele quis saber.

-Sim. Espero que vocês dois, sejam felizes._abracei meu pai e chamei Lolla,para um abraço coletivo.

Após descobrir quem é a mulher que está fazendo meu pai suspirar pelos cantos,fui para minha sala.
Depois de horas trabalhando,organizando papéis importantes, estudando casos que ainda não foram resolvidos, chega a hora do almoço.Retoquei o batom, peguei minha bolsa, e fui para o restaurante mais próximo. Fernando ficou de me encontrar lá. Ele não veio ao escritório, teve reunião com dois clientes, e os advogados da parte contrária.

Depois do almoço, fomos para o escritório, cada um entrou em sua sala.
Saí antes de Fernando,porque eu precisava comprar algumas coisas,antes de ir para casa. Quando estou saindo de uma loja, vejo que um lindo cachorrinho, está me acompanhando. Ele é branquinho,mas está sujo,acho que também está sentindo sede e fome.
Pergunto a uma moradora da rua onde estou, se ela conhece os donos do cãozinho, ela diz que não.
Decido levá-lo para casa. Coloco o cachorrinho no carro,e sigo meu caminho para casa.

Chego em casa,tiro o animalzinho do automóvel,e entro com ele.
Minha irmã está na sala. Ela me olha assustada,quando vê o lindo bichinho.

-Lê, de onde você tirou esse cachorrinho?_se aproximou de nós.

-Ele me seguiu na rua.

-Vai ficar com ele?_questionou.

-Vou espalhar cartazes com a foto dele, pelas ruas. Se ninguém vier buscá-lo, ele fica comigo.

-Vai ser legal, termos um animal de estimação, em casa._Laura comentou.

Fui para o jardim,dei um banho nele_e ele me deu um banho,quando se sacudiu_toda a sujeira se foi.
Descobri que não é ele, na verdade, é ela. Vou chamá-la de Lupita.
Levei a cadelinha para a cozinha,e lhe dei água e ração.
Ela foi correndo, quando viu a comida. Depois que se alimentou, tomou água e balançou o rabinho para mim. Lupita chegou a pouco tempo,e já se sente feliz.

Abandonada no altarOnde histórias criam vida. Descubra agora