Abandonada no altar

Está chegando o momento

9 meses...

Realmente, o tempo passa muito rápido. Já estou com nove meses. A Dr. Ana disse, que o parto pode acontecer dez dias antes, ou dez dias depois, dos nove meses.
O que tenho a fazer agora,é esperar. Não vejo a hora da minha pequena nascer,e poder tê-la em meus braços.

Laura vem aqui todos os dias, para me ajudar um pouco com os afazeres domésticos.
Fernando quis contratar uma empregada para me auxiliar com a casa, mas eu bati o pé,e falei que não quero de jeito nenhum. Ele entendeu a minha vontade,e está fazendo como eu quero. Quando está em casa, ele também me ajuda com os serviços do lar. Esse homem é como um anjo, que entrou em minha,vida. Eu o amo demais!

Minha irmã está estudando marketing, mas não foi morar com o Theo em Ouro Preto. Ele que virá morar aqui na capital. Laura ficou muito mais feliz,ela ama viver aqui. Mesmo estando apaixonada, seria difícil para ela, se acostumar a viver no interior. No mais tardar, em dois dias ele está chegando.

Estou no escritório, vou ficar ausente durante um bom tempo,e preciso passar as causas de alguns dos meus clientes para Fernando,e outros para o meu pai. Decidi vir aqui hoje, apenas para resolver essa situação, mas já não estou trabalhando.

Vez ou outra, encontramos Melissa nos lugares que frequentamos. Ela sempre vem com aquelas ameaças ridículas. É uma víbora mesmo!
Minha família diz que, ela só ameaça, mas não tem coragem. Eu não teria tanta certeza. Lembro perfeitamente bem, o que ela foi capaz de fazer, quando eu estava com seis meses.
Até hoje, quando fecho os olhos, vejo a imagem daquela cascavel na minha frente. Muitas vezes, chego a sonhar com ela.
O Pedro, faz tempo que não vejo. Acho até estranho, que ele esteja tão quieto. Isso é  sinal de que, pode estar aprontando algo ruim. Tenho receio de que ele faça algo.

Acabo de sair do meu local de trabalho. Estou carregando alguns papéis, dentro de uma pasta, que está debaixo do braço. De repente, sinto umas pontadas na barriga.
Entro em meu carro, que estava estacionado em frente ao escritório. Ainda sinto dor, mas continuo dirigindo. Preciso chegar em casa.

Minutos depois, chego em casa, caminho com dificuldade, seguro a barriga a todo instante. Entro em casa,e sinto um líquido escorrer entre minhas pernas. Olho,e vejo que foi a bolsa que estourou.
Ligo para Fernando, Laura, Valesca e meu pai. Fernando e meu pai, atendem minha ligação. Comunico o que está acontecendo,e ele diz para esperá-lo, que ele está chegando. Meu pai, promete ir direto para o hospital.
Aproximadamente, 20 minutos depois, Fernando chega e se mantém ansioso e preocupado.
Ele vai até o quarto do bebê, pega a bolsa rosa que deixei pronta,e vem me pegar para irmos para clínica.
Durante todo o caminho, vou reclamando de dor,e ele acelera para chegarmos logo, ao local desejado.

Chegamos à clínica, a Dr. Ana já me colocou na sala de parto. Foi aqui que fiz todas as consultas necessárias. É uma clínica muito ampla, tem uma grande equipe de médicos. São considerados ótimos profissionais, todos que trabalham aqui.
Dr. Ana, entra na sala com três enfermeiras,duas técnicas de enfermagem,e dois médicos.
Enquanto estou aqui, meu pai e Fernando, aguardam na recepção.
Meu parto será normal. A Dr., está aguardando que as contrações aumentem. Acho que já não aguento mais. Ela diz que, devo ficar calma,e fazer respiração cachorrinho.
Sinto muitas dores,e não vejo a hora dessa situação acabar.
Peço à médica, que deixe Fernando entrar para assistir o parto,e ela concorda.
Fernando entra, com roupa e acessórios hospitalar. Ele se aproxima e segura em minhas mãos.
Saber que o tenho sempre ao meu lado, me conforta.

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Está chegando a hora da bonequinha nascer.
Tomara que dê tudo certo!
Continua....
Beijos!!!