Raptada

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São 3:00hs da tarde, estou saindo de casa, para mais uma vez provar meu vestido de noiva.
Antes, vou passar na casa do papai para deixar a Felícia com a Laura.

Coloco a minha bebê no carro, pego a bolsa dela, entro no automóvel e saio do estacionamento. Em alguns minutos, estaremos na casa do papai.
Coloco uma música infantil para Letícia, ela bate palminhas e sorri. São 5 meses de muita fofura.

Acabamos de chegar na casa do meu pai. Toco a campainha,e Laura vem correndo nos atender.

—Cadê a sobrinha mais linda da titia?_ela pergunta,tirando Felícia dos meus  braços.

—Prometo não demorar. Na bolsa,tem tudo que ela precisa._respondo,entregando a bolsa da minha menina.

—Vai tranquila! Eu amo cuidar dessa fofura._ela diz,beijando o rosto da minha bebê.

—Estou indo. Qualquer coisa,me liga!

—Não esquenta! Eu cuido dela muito bem._ela responde.

—Eu sei que cuida._beijo a cabeça da minha filha,e saio.

Não sei por que, mas não estou me sentindo muito bem. Deve ser bobagem da minha cabeça. O que poderia acontecer?
Entro no carro, saio do estacionamento e sigo meu destino. Ouço uma música para relaxar,e em pouco tempo estarei no ateliê da Judith.

Cheguei ao meu destino, estaciono o automóvel,e entro no ateliê.

—Boa tarde! Eu gostaria de falar com a Judith._falo para uma funcionária.

—Um momento, por favor! Vou chamá-la._ela responde.

Assinto,e fico aguardando.

—Letícia, minha querida! Vou pegar seu vestido._ela entra no espaço onde estão os vestidos de noiva.

—Eu aguardo._respondo.

Ela volta, trazendo meu vestido.

—Judith, como ficou lindo, o meu vestido._pego o vestido de suas mãos.

—Você prova,e se não ficar do seu jeito, nós o ajustamos novamente.

Entro no provador, coloco o vestido, me olho no espelho,e saio para mostrar como ficou.

—Ficou lindo, em você!_Judith diz.

—Sinceramente, não gostei. Eu amei! Não precisa mais ajustar! Vou levá-lo._respondo.

—Certo. Mas, se mudar de ideia, pode trazê-lo, que faremos com muito gosto._ela fala.

—Obrigada._entro no provador,novamente.

Tiro o vestido, visto a roupa que estava usando antes,e saio. O entrego à Judith,e ela o coloca em uma caixa branca,com o nome escrito em letra vermelha: Ateliê Madame Judith.
Faço o pagamento, me despeço e saio. Entro no carro, mas ele não liga de jeito nenhum.

—O que deu nesse carro? Que merda!_saio e dou um soco no capô.

Não vou ligar para Fernando, porque ele está trabalhando. Penso,e decido pegar um táxi.
Vou deixar meu carro onde está,depois mando pegá-lo.

Aceno para um táxi, e logo para um na minha frente. Estou com tanta pressa para chegar em casa, que nem olho para a cara do taxista.
Pego a caixa com meu vestido dentro,e coloco dentro do táxi, entrando no mesmo em seguida.

Percebo que o motorista ainda não olhou para mim, nenhuma vez. Falo com ele, dizendo para onde vou,e quando ele vira a cabeça para me olhar, quase desmaio de susto.

—Pedro? O que faz aqui?_pergunto,assustada.

—Feliz em me ver?_ele sorri diabolicamente.

—Para esse carro agora!_mando parar,mas ele não obedece.

—Não vou parar,coisa nenhuma. E nem pense em gritar!_ele me ameaça com uma arma.

Começo a chorar, mas não tenho coragem de gritar ou falar qualquer coisa que seja. Ele está com uma arma,e sei que ele teria coragem de atirar. Não quero deixar minha filha, orfã de mãe.

—Me dá o celular!_pede,mais uma vez me ameaçando.

Entrego o celular para ele. O que será de mim? Pra onde esse maluco está me levando?
Não sei o que acontecerá comigo, daqui por diante.

——————

Ai que raiva que eu sinto...
Esse Pedro é um infeliz!
Quem ele pensa que é?
Vamos torcer para nossa Letícia, sair bem dessa situação.
Beijos!

            Continua...

Abandonada no altarOnde histórias criam vida. Descubra agora