Abandonada no altar

Arrependida?

Estou em casa, brincando com a minha filha, quando a campainha toca. Levanto e vou ver quem está tocando. Pergunto quem é,e ouço a voz da minha mãe.

-Minha filha, sentiu minha falta?_ela pergunta.

-Mãe,o que faz aqui? Você nem avisou que viria._falei.

-Filha, eu posso entrar? Não aguentava mais, tanta saudade.

-Pode entrar!_respondi.

Ela entra, senta,e volta a falar...

-Onde está seu marido?_perguntou,sentando no sofá.

-Está trabalhando.
-Essa menina,é minha neta?_só agora ela notou,a presença da menina?

-Sim. É a Felícia!_beijei o rosto da minha menina.

-Posso pegá-la?_falou,levantando e vindo até nós.

Ela pegou a minha bebê no colo,e começou a falar com a menina, como se ela pudesse entender.
-Filha, eu passei o dia das mães sozinha. Me senti muito triste. Tenho duas filhas,e vivo tão só.

-Mãe, ela não entende.
-Mas, você entende. Letícia,eu preciso do perdão de vocês!_ela começa a chorar.

Eu até que sinto pena dela, mas não consigo confiar no que ela diz. Não é fácil, viver durante anos com a ausência da mãe,e depois ela vir querendo uma aproximação.
Existem mães, que desejam ficar com seus filhos,e não podem. Mas, a Juliana não cuidou da gente, porque não quis.
Porém, estou disposta a dar a ela, uma nova oportunidade, mas não acredito que Laura aceite fazer o mesmo.
Eu vou pagar um hotel, para minha mãe ficar. Não vai ser possível, ela ficar na casa do meu pai. Aqui, também acho melhor ela não ficar.