Menino ou menina?

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Seis meses...

Estou com seis meses de gestação. Cheguei a poucos minutos na clínica da doutora Ana, ela quem vem acompanhando minha, gravidez desde o início.
Fernando está sentado ao meu lado,tão ansioso quanto eu, na descoberta do sexo do nosso bebê.
Já tentamos duas vezes,mas ambas foram em vão. Sempre a criança fecha as pernas,e não nos deixa ver. Espero que dessa vez, seja possível.
A doutora abre a porta,e em seguida nos chama.
Eu levanto da poltrona,e Fernando me segue. Entramos na sala,e ela pede para que eu deite na cama,e aguarde.
Enquanto ela prepara tudo, Fernando permanece do meu lado,segurando minhas mãos,e me olhando com ternura.

-Eu te amo, como nunca amei ninguém!_ele sussurra.

-Também te amo... Muito!_respondi,passando a mão em seu rosto.

A Dra. Ana, se aproxima e avisa que já vai começar. Ela passa o gel em minha barriga,e dá início ao que deve ser feito.
Estamos vendo a imagem na tela,e quando não seguro mais a curiosidade,decido perguntar o que tanto desejamos saber.

-E então, Dra. Ana, já é possível ver o sexo da criança?_perguntei, não aguentando a ansiedade.

-Não nos deixe assim, Dra. Ana, precisamos saber!_Fernando falou,tão curioso quanto eu.

Ela lança um sorriso, nos encarando,e responde o que tanto queremos descobrir.

-É uma menina!_sorri,e nos parabeniza.

Eu já imaginava,que seria uma menina. Algo em meu interior, me dizia isso.
Achei que Fernando ficaria chateado,ou decepcionado, porque acreditei que ele estava desejando que fosse um menino. No entanto, ele me abraça e diz que se sente muito feliz. E o que realmente importa,é que venha cheia de saúde.

Saímos da clínica,e aproveitamos para comprar algumas coisas do enxoval. Agora que já sabemos que se trata de uma menina, podemos comprar roupinhas na cor rosa.
Após as compras,sentamos para comer um lanche, na praça de alimentação.
Por falta de sorte, tivemos o azar de encontrar a Melissa. Ela estava passando com algumas sacolas na mão,e quando nos viu sentados, decidiu torrar a nossa paciência mais uma vez.

-Parece que o destino,gosta de colocar nós três,cara à cara! Vejo que sua barriga,já está bem grande._falou,com raiva no olhar e nas palavras.

-Dá pra nos deixar em paz? Vai viver tua vida!_Fernando falou,socando a mesa,e fazendo todos,nos encarar.

-Calma! Não seja arrogante! Já estou de saída,mas depois mando um presente,para o bebê.

-Não se meta com meu filho! Sou capaz de tudo,para defendê-lo de víboras como você._respondi,com vontade de bater nela,até matá-la.

Ela foi se retirando aos poucos, andando de costas,em passos,lentos,e mandando beijos para nós.
Minutos depois,saímos do shopping,e fomos para casa. Não estou em condições de me irritar dessa forma. Minha filha precisa ficar bem,e para que isso aconteça,eu tenho que está bem. O bem-estar dessa criança, depende do meu.

Chegamos em casa,Fernando guardou as coisas no quarto do bebê_que está todo pronto_e foi tomar um banho. Ele tem encontro com alguns clientes.

Fernando saiu,e eu fiquei deitada no sofá, vendo tv e comendo uma tijela de salada de frutas.
De repente, a campainha toca,faço esforço para levantar do sofá. Ainda não temos empregada,não quero mulher jovem trabalhando aqui,e depois dando em cima do meu futuro marido.
Fernando mantém apenas a diarista de antes,é uma senhora,na faixa de seus 60 anos, mas o apartamento é pequeno,e ela dá conta. Ela vem apenas, uma vez por semana.
Estou de seis meses, mas sinto como se tivesse de nove. Acho minha barriga muito pesada,talvez porque se trata da minha primeira gravidez.
Levanto com uma certa dificuldade,e vou atender a porta que não para de chamar pelo som da campainha.

Abro,e tem um rapaz, desses que trabalham fazendo entrega. Ele me mostra uma caixa prateada, com um laço verde,e um bilhete preso ao laço.
Ele me pede para assinar. Eu assino e recebo o pacote. O rapaz vai embora,tranco a porta,e coloco a caixa em cima do sofá, para poder ler o bilhete, que acompanha o presente. Imagino que seja algo enviado por Fernando, Laura, Valesca ou pelo meu pai,mas quando leio...

Para a sonsa...
Este é um presente meu, para a mulher que usurpou meu lugar. Tomara que goste,porque vai servir para você,e seu filho.

Assinado: sua amiga-rival...
Melissa!

Não imaginei, que aquela maluca me mandaria algo. Vindo daquela mulher, tenho até medo de abrir,mas vamos lá! Vou encarar.
Pego a caixa, que está no sofá,e quando tiro a tampa,vejo dentro, uma enorme cobra.
Rapidamente, por um ato dos meus reflexos, largo a caixa a deixando cair no chão.
E tudo que consigo pronunciar,é...
...Uma cascavel!

Após falar esta última palavra, perco os sentidos,desmaiando,e caindo pelo chão da sala.

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Tomara que não aconteça nada, com Letícia e nem com o bebê.
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Abandonada no altarOnde histórias criam vida. Descubra agora