Esculturas de Gelo

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— Ela definitivamente precisa de um banho… — Park Ji Min ainda reclamava anasalado, apertando indicador e polegar contra o nariz, desviando o olhar da garota adormecida em seu colo.

Ana inspirava tão profundamente que até parecia que sua capacidade pulmonar era infinita.

— Mas… Como é que vamos… — Jeon Jung Kook tentou encontrar palavras adequadas, mas, antes que as encontrasse, todos de imediato entenderam qual era sua real preocupação.

— Uma chuveirada fria, é do que ela precisa — Kim Seok Jin receitou. — Pega ela Ji Min, vamos levar para o banheiro.

Aigoo… Mas vai sujar minha roupa mais ainda…

Aish… — Kim Nam Joon se aproximou apressado e pegou a garota em seus braços. — Não estava com nojo quando quis que ela ficasse bêbada…

Park Ji Min até chegou a abrir a boca para retrucar, mas quando viu todo o restante tratando de se levantar para seguir o outro, desistiu para ir atrás da multidão.

O líder do grupo, ao chegar no destino desejado, cuidadosamente colocou o corpo moreno e desacordado no chão e enquanto apoiava as costas do mesmo na parede coberta por azulejos frios, passos entraram.

— Temos que tirar a roupa dela… — Park Ji Min sussurrou assim que chegou.

Após um longo suspiro, Kim Nam Joon se virou: — Agora não é hora!

Aigoo, eu não estou brincando! Como ela vai dormir toda molhada? — argumentou, finalmente convencendo os amigos de que suas palavras não tinham cunho malicioso… dessa vez.

Kim Nam Joon não respondeu, mas, agachado ao lado da bêbada, dava toda sua atenção em certificar de que o corpo ao menos respirava.

— Só liga o chuveiro, pensamos nisso depois. — Min Yoon Gi se aproximou a passos rápidos.

— Deixa que eu cuido disso. — Kim Nam Joon olhou para cima.

Min Yoon Gi já estava com uma das mãos prestes a acionar a água fria. Ele não abaixou as íris castanhas para encarar Kim Nam Joon.

— O que te dá o direito mesmo? — questionou, fitando um azulejo com sua voz mais rouca que o normal e sorriu de lábios fechados, retirando os dedos do registro do chuveiro. — Desde quando ela é sua propriedade? — Direcionou os olhos para baixo, vendo Kim Nam Joon segurar o pulso da garota e nem se percebia ranger o maxilar com toda rigidez. — Uma foto!? Omo, por que não disse antes? — Usou de todo sarcasmo, que por conseguinte, fez o que estava agachado se levantar num impulso, impondo sua altura como fator para intimidar o que provocara.

Min Yoon Gi o encarava sem piscar, mesmo que para isso precisasse erguer um pouco seu pescoço. Pareciam dois lutadores de MMA em dia de pesagem.

Ya! O que é isso!? — Kim Seok Jin se aproximou rápido, antes que fosse tarde demais, e colocou distância entre os dois. — Qual o problema de vocês?!

Kim Nam Joon deu as costas, deslizando sua mão desde a testa até os cabelos, na esperança de poder reparar os cacos de seu equilíbrio mental.

— Saiam daqui, os dois! Vou ligar o chuveiro.

Num giro completo do registro, água jorrou, caindo com peso sobre a cabeça desacordada.

Min Yoon Gi simplesmente saiu de cena, e de longe se pôde ouvir a porta de seu estúdio chocar contra a parede.

Água corrente e um corpo molhado compunham o episódio tão interessante; os presentes nem conseguiam piscar.

Como se saísse de um transe, Kim Seok Jin pegou um punhado de sabonete líquido na palma da mão e se abaixou, friccionando levemente o produto no rosto infestado de resíduos.

Bangtan e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora