Red Carpet III

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— KAI?! — perguntei, exaltada; mais para mim mesma do que ao próprio rapaz parado à frente.
 
Todos em volta passavam tentando entender o que estava acontecendo, enquanto o encharcado passava as mãos pelas suas roupas, na esperança de melhorar a situação, o que não aconteceu.

— Me desculpe, não foi minha intenção…

— Não tem problema, eu… nem gostei dessa roupa mesmo… — respondeu, ainda olhando suas duas mãos alisarem o traje.

Joesonghamnida

— Há quanto tempo não vejo você…

Ne… O tempo passa rápido… — Desviei o olhar pelas laterais.

— O que tem feito? — perguntou, parecendo mostrar profundo interesse.

— As mesmas coisas… — Passei a mão esquerda no braço oposto, sentindo o mesmo pregar, por conta da bebida que caíra. — E você? Quer dizer, continua… cantando…

Ne... — Sorriu. — O grupo está se esforçando… Que bom te encontrar por aqui! Não sabia que participava desse tipo de evento.

— Não participo. Vim… com um amigo.

— Quem?

— Ãn... Kim Nam Joon — respondi rápido, lastimando e imaginando, ao mesmo tempo, o que ainda faltava para aumentar os desastres daquela noite em proporções catastróficas, enquanto observava Kai ficar mudo por um tempo. — Olha, eu… tenho que ir para… — Apontei meus braços molhados.

— Ah! Claro… claro.

Joesonghamnida! — Me curvei com mais um pedido de desculpas, saindo das suas vistas o mais rápido que podia.


Kai ainda continuava na mesma posição de quando o acidente molhado aconteceu.

— Senhor, mais champanhe? — um garçom lhe interrompeu o transe.

— Ah, ne! Obrigado… — Ingeriu um gole da bebida lentamente. — Kim Nam Joon… Mwo?! Então ela é… — Começou a dar alguns passos à medida que sussurrava, pensando consigo mesmo. — Waaa

Ainda perdida no meio da alta classe, eu buscava apenas um banheiro para lavar meus braços grudentos. Quase desistindo, me encostei numa parede de madeira envernizada. Tudo o que eu queria era poder deslizar as costas na mesma até que meu corpo encontrasse o chão, mas não estava disposta a passar mais vergonha, ou melhor dizendo, não me admitiria passar mais nenhuma vergonha sequer por uma semana ou mais.
Assim, continuei ali, tentando ignorar, com meu rosto de paisagens, os olhares curiosos e insistentes.

Você também tem medo?

Busquei discernir em qual direção aquela vozinha  se originou, checando todos os arredores, até ter a conclusão de que não era comigo.

Ya, aqui embaixo! — Alguém puxou a saia do meu vestido.

A vozinha me direcionou à direção certa. Olhei para o lado; uma garotinha pálida e sem fios, envolvida num vestido bufante estilo princesa, azul bebê, com arabescos na barra bordados à mão.

Annyeong! — Me abaixei à sua altura. — Qual seu nome?

— Eu gosto quando me chamam de Lisa… É um nome estrangeiro, igual a você.

— Lisa… — A garotinha me tirou um sorriso. — Você é muito esperta! Quantos anos tem?

Após analisar um pouco os dedos, rapidamente os dispôs, totalizando seis: — Unnie, não respondeu minha pergunta…

Bangtan e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora