Sinceridade Convertida Em Palavras

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Hyungs, vamos no shopping com a SN? — Jeon Jung Kook veio perguntando.

Kim Nam Joon, que digitava algo no celular, pigarreou:
— Hoje? Hoje não dá pra mim…

— Vamos, alguém vai comigo, por favor! Suga hyung, Tae Hyung-ah, Jin hyung?

Kim Tae Hyung, levemente corado, coçou a cabeça.
— Hoje eu tenho… compromisso — disse disfarçadamente.

 

Quando Min Yoon Gi se dera conta de que a poucos dias viajaria com a equipe para a turnê mundial do grupo, um pensamento se instalou em sua mente, e, por mais que tentasse, a cada dia que se passava, mais o tal pensamento importunava sua cabeça e até mesmo seu sono.

Por fim, aquela tarde chata de domingo, um dia antes da longa viagem, estava para deixá-lo louco.

Min Yoon Gi era como um fumante que lutava para não fumar. Desde a sua última noite na ilha de Jeju, este prometera a si mesmo que nunca mais leria, não, nem tocaria, ao menos deixaria à vista o que havia escrito naquele caderno. Com o passar dos dias, sua meta até que estava sendo bem-sucedida, porém, à medida que a última semana expirava, aquele pensamento martelava e martelava-lhe o crânio, com grande força.

Naquele domingo, estava três vezes pior.

Se quisesse resistir, Min Yoon Gi teria que ser mais forte que seu próprio corpo, mais forte que seus sentimentos, mais forte do que si mesmo. Seria possível? Ele já não sabia ao certo.

Naquele domingo, não conseguiu dormir nem até às dez. Acordou cedo; suas malas prontas, ali à postos em seu quarto, faziam os pensamentos apertarem e pressionarem ainda mais forte.

Tomou o café da manhã, ouviu música com fones de ouvido no último volume. Mas nem o som alto em sua cabeça era capaz de silenciar ou camuflar aquela voz lhe sugerindo uma ideia absurda.

Poderia ter ido ao shopping com Jeon Jung Kook e SN, mas ele ao menos percebeu o convite sendo feito. Quando se deu conta da existência do mundo, o maknae já havia ido com Park Ji Min.

Pensou em sair para caminhar, mas o sol estava infernalmente quente. Até mesmo tentou assistir um programa de variedades com Kim Seok Jin, mas aquilo estava chato e enfadonho a ponto de morrer.

Min Yoon Gi suspirou, forçando o maxilar o quanto podia e assim, dando por desistido, deixou que seu corpo agisse por conta própria. Resistir era algo que consumia todas as suas energias.

Ele apenas observou suas pernas caminharem lentamente pelo corredor. Kim Nam Joon passou,com pressa e um salto vermelho na mão; aquilo sequer chamou sua atenção. Ao se dar conta, suas pernas pararam na frente do estúdio. Abriu a porta sem hesitar, se deixando ir. As pernas o levaram até a cadeira e Suga se sentou.

Foram suas mãos que quiseram agir à partir dali. Elas se esticaram na direção de uma gaveta e Min Yoon Gi sabia o que seu corpo tanto queria.

O caderno estava ali, bem diante de si.

Desnecessário seria dizer que sua meta de nunca mais ver aquele conteúdo tinha sido um completo fracasso. Min Yoon Gi transigira no último momento.
Mas a verdade era que ele não estava decepcionado pela sua fraqueza, mas sim impressionado com a teimosia de seu próprio corpo.

Aproximou os dedos lentamente da capa maleável de couro do caderno, abrindo-o… Mas, antes que fizesse, o fechou bruscamente; havia, afinal, um resquício de autocontrole em si mesmo.

Ele pegou o celular e iniciou uma ligação.

Wae? O que aconteceu? Gwaenchana? — sua eomeoni já atendeu preocupada.

Bangtan e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora