Estarei Aqui

1K 126 331
                                    


Toquei a campainha do apartamento da SN. Verifiquei as horas no relógio, faltavam três minutos para as seis da noite. Dava para ouvir um movimento de passos lá dentro. Porém, quando fui contra a campainha pela segunda vez, tudo ficou imensuravelmente quieto.

Calem a boca! Ela chegou! — Vanessa "cochichou".

— Alarme falso! Sou eu, Ana! — gritei através da porta, colocando a sacola com garrafas de soju no chão.

Tudo continuava quieto.

Pode entrar! Está aberto!SN respondeu.

Me abaixei para pegar a sacola e abri a  porta. Uma escuridão total. E tudo continuava quieto. Não dava para ver absolutamente nada.

Fui apalpando a parede até que encontrei o interruptor.

Omo, quem ligou a luz?

Era Kim Tae Hyung, encostado na parede do outro lado da sala, com o dedo indicador encostado em um segundo interruptor, sem entender, olhando na direção de SN, que estava ao seu lado.

— Fui eu — respondi firme.

SURPRESA!

Havia uma pequena multidão encolhida em volta de uma mesa na sala de SN.

Na parede tinha uma faixa escrito "Bem vinda de volta, Ana!", em coreano e outra com "Sentimos a sua falta!" em português.

Depois do grito de surpresa, ficaram uns poucos segundos batendo palmas e assoviando. Logo depois o silêncio havia voltado e ficaram simplesmente encarando minha expressão de completa inatividade.

— M-mas o que… — Coloquei a sacola sobre o balcão que dividia a  cozinha da sala. — Ji Young!? Eomeoni! Por que vocês todos estão aqui?

As duas sorriram, acenando.

— Por que estão fazendo isso…?

Saranghaeyo, Ana-ssi! — alguém ao fundo gritou.

— Mas e a Sofia?

— Quem é essa? — zoou Park Ji Min, bem do lado da Fofa, que o encarou já com olhos de choro. — Aigoo, é brincadeira! O oppa estava só brincando… — Ele passou o braço em volta dos seus ombros.

— Eu sou mais velha. — Sofia lhe jogou uma careta fofa. —  E você não é mais o meu bias

YA! Vocês! — Vanessa apontou para mim. — Façam como a gente ensaiou.

Logo, Kim Nam Joon e Kim Tae Hyung se aproximaram, bem devagar, sem me olharem diretamente; uma expressão condenada em ambos os rostos; se puseram de joelhos, como infratores diante do julgamento.

Minha reação à tudo aquilo, desde quando acendi as luzes, se limitava a apenas erguer as sobrancelhas até minha testa se enrugar o máximo que conseguisse.

Os dois ergueram os punhos ao alto, ainda de joelhos, olhando para baixo, como se estivessem de castigo na escola.

— Ana-ssi… — Kim Tae Hyung grunhiu, tentando falar algo, porém, hesitava.

— NÓS MERECEMOS MORRER! — Kim Nam Joon soltou a declaração.

— Pode me bater — o outro dizia —, por favor não tenha misericórdia.

— Por favor, nos perdoe.

Miane, Ana-ssi.

Diziam vez após vez, ainda com os pulsos ao alto.

Bangtan e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora