Stranger Masked VI

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— Nossa… — Kim Seok Jin susurrou.

— O maenijonim não estava brincando quando disse que ela era encrenqueira — relembrou Kim Nam Joon.

— Não entendo por que ela parece tão revoltada… Foi postando isso sem mesmo conversar comigo antes para saber o que aconteceu…

— O que aconteceu? — Min Yoon Gi chegou perguntando.

Jin permanecia sem piscar, olhando os tweets.

— Mi Cha aconteceu — Nam Joon respondeu.

— Como assim?

Hyung, mostra pra ele.

O cabisbaixo somente ergueu o braço, entregando o aparelho.

— Mas que cretina… — xingou sem perceber, depois de conferir as ofensas cibernéticas.

Kim Nam Joon repreendeu o amigo com um olhar sério:
— Ele tá mal, cara… — balbuciou.

Miane. Olha, hyung, as coisas que essa garota disse… Não é nada legal.

— Eu sei…

— Acho que você ainda deveria ligar pra ela antes que o maeni

— KIM SEOK JIN! NA MINHA SALA AGORA! — um grito surgiu na porta da sala de ensaios.

Ainda com a cabeça baixa, o mais velho passou as mãos nos cabelos, e se levantou depois de exalar bastante ar pelos pulmões.

— Queria falar comigo?

— Você ligou pra ela?

— Não senhor, não deu tempo…

— Aqueles posts renderam mais de um milhão de retweets, tem ideia do alcance disso?

— Muito…

— MUITO?! Apenas o mundo inteiro! — encarou o rapaz que por sua vez, insistia com os olhos grudados ao chão.

— Vamos consertar isso, meu jovem… Saindo desta sala, você irá imediatamente convencer essa menina a pelo menos excluir todas aquelas postagens.

❇️❇️❇️

— Não sei se levo a sério esse papo de "vai ficar tudo bem"… — Larguei o celular na cama, e inspirei fundo, fechando os olhos, ouvindo o silêncio.

Eu estava pronta para ir trabalhar — atrasada, na verdade. Analisava meu reflexo no espelho. Qual era a probabilidade de alguém me reconhecer? Aquela pergunta tinha se impregnado em todos os meus pensamentos.

Perturbada, peguei um elástico e quase não consegui fazer um coque naquele cabelo extremamente comprido. Passei os olhos pelas gavetas da penteadeira, buscando eleger um óculos que tivesse as maiores e mais escuras lentes. Um lenço preto de seda jogado no canto do quarto dava outra ideia…

Me encarei novamente no espelho, com um enorme frio no estômago. O lenço tinha sido um achado e tanto, pois sendo grande o bastante, era capaz de cobrir o coque volumoso e até me arriscava a dizer que poderia ser confundida com uma mulher muçulmana por causa daquela amarração.

Caminhando pelo prédio da empresa, não restara confiança alguma que me fizesse tirar as vistas do chão. E mesmo assim, dava para sentir o peso dos olhares alheios à medida que ouvia seus passos passando por mim.

Meu coração parecia um motor envenenado, repleto de Nitro, batendo à velocidades absurdas, ao mesmo tempo que era comprimido e esmagado por uma força abstrata, roubando minha capacidade de reter ar.

Bangtan e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora