— Nossa… — Kim Seok Jin susurrou.
— O maenijonim não estava brincando quando disse que ela era encrenqueira — relembrou Kim Nam Joon.
— Não entendo por que ela parece tão revoltada… Foi postando isso sem mesmo conversar comigo antes para saber o que aconteceu…
— O que aconteceu? — Min Yoon Gi chegou perguntando.
Jin permanecia sem piscar, olhando os tweets.
— Mi Cha aconteceu — Nam Joon respondeu.
— Como assim?
— Hyung, mostra pra ele.
O cabisbaixo somente ergueu o braço, entregando o aparelho.
— Mas que cretina… — xingou sem perceber, depois de conferir as ofensas cibernéticas.
Kim Nam Joon repreendeu o amigo com um olhar sério:
— Ele tá mal, cara… — balbuciou.— Miane. Olha, hyung, as coisas que essa garota disse… Não é nada legal.
— Eu sei…
— Acho que você ainda deveria ligar pra ela antes que o maeni…
— KIM SEOK JIN! NA MINHA SALA AGORA! — um grito surgiu na porta da sala de ensaios.
Ainda com a cabeça baixa, o mais velho passou as mãos nos cabelos, e se levantou depois de exalar bastante ar pelos pulmões.
— Queria falar comigo?
— Você ligou pra ela?
— Não senhor, não deu tempo…
— Aqueles posts renderam mais de um milhão de retweets, tem ideia do alcance disso?
— Muito…
— MUITO?! Apenas o mundo inteiro! — encarou o rapaz que por sua vez, insistia com os olhos grudados ao chão.
— Vamos consertar isso, meu jovem… Saindo desta sala, você irá imediatamente convencer essa menina a pelo menos excluir todas aquelas postagens.
❇️❇️❇️
— Não sei se levo a sério esse papo de "vai ficar tudo bem"… — Larguei o celular na cama, e inspirei fundo, fechando os olhos, ouvindo o silêncio.
Eu estava pronta para ir trabalhar — atrasada, na verdade. Analisava meu reflexo no espelho. Qual era a probabilidade de alguém me reconhecer? Aquela pergunta tinha se impregnado em todos os meus pensamentos.
Perturbada, peguei um elástico e quase não consegui fazer um coque naquele cabelo extremamente comprido. Passei os olhos pelas gavetas da penteadeira, buscando eleger um óculos que tivesse as maiores e mais escuras lentes. Um lenço preto de seda jogado no canto do quarto dava outra ideia…
Me encarei novamente no espelho, com um enorme frio no estômago. O lenço tinha sido um achado e tanto, pois sendo grande o bastante, era capaz de cobrir o coque volumoso e até me arriscava a dizer que poderia ser confundida com uma mulher muçulmana por causa daquela amarração.
Caminhando pelo prédio da empresa, não restara confiança alguma que me fizesse tirar as vistas do chão. E mesmo assim, dava para sentir o peso dos olhares alheios à medida que ouvia seus passos passando por mim.
Meu coração parecia um motor envenenado, repleto de Nitro, batendo à velocidades absurdas, ao mesmo tempo que era comprimido e esmagado por uma força abstrata, roubando minha capacidade de reter ar.
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Bangtan e Eu
FanfictionExistem várias estratégias para lidar com conflitos e sentimentos. Para Ana, fugir e ignorar são as que melhor funcionam. Fechada e cheia de segredos, sempre evitando novas amizades e preocupada com as consequências de suas ações, se Ana ao menos im...