Cegos de Ódio

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— Eu cheguei primeiro.

Olhei para trás, e  Kim Nam Joon caminhava devagar em nossa direção. Jogou a toalha que secava os cabelos no sofá, e cruzou os braços.

— Entra! — Abri mais a porta para o outro. 

Min Yoon Gi estava vermelho, e não parecia que era de vergonha. Assim sendo, como que ignorando minha presença, ele se aproximou de Kim Nam Joon.

Tshh, tomou banho aqui? — Jogou-lhe um sorriso agastado.

Ne, meio que mais ou menos isso… — RM ergueu e despencou os ombros.

— E vai dormir aqui também?

— E por que o interesse? — Kim Nam Joon deu mais um passo à frente. — O que veio fazer aqui a essa hora? Acho que deveria estar se preparando pra turnê, você é o que mais se atrasa.

Mwo!? — o outro exclamou, incrédulo. — E você fica isento por ser o líder!? Tshh, que hipócrita…

Só então me lembrei de fechar a porta e tentar entender o que diabos acontecia no meio da minha sala.

— O que quer insinuar? Por que simplesmente não diz o que quer dizer em vez de ficar rodeando? Diz o que veio fazer aqui!

Ya... — Fiz a primeira intervenção. — Não sei se os dois adultos maduros perceberam, mas estão discutindo na casa de outra pessoa. Se querem brigar, vão lá pra fora.

No mesmo momento em que fechei a boca, a campainha tocou. Deixei os dois se olhando feio e nem parei para conferir quem estava à porta; simplesmente abri.

— Tae Hyung-ssi?!?

Ao ver meu rosto completamente enrugado por causa de toda aquela confusão, Kim Tae Hyung ergueu levemente as sobrancelhas pela minha surpresa. Ergueu ainda o dobro quando avistou logo atrás seus dois hyungs com uma feição nada boa.

— Tá, o que está acontecendo aqui? — perguntei aos três, extremamente séria.

— Como assim…? O que vocês estão fazendo aqui? — Kim Tae Hyung indagou assustado.

— Eu é que pergunto…

Aish, jinjja

Murmuravam RM e Suga, respectivamente.

— Ainda estou esperando respostas pra toda essa palhaçada. — Encarava um por um, e até mesmo Kim Tae Hyung assumira um rosto de intensa insatisfação.

— Comece o senhor, líder. O senhor "chegou primeiro" — Min Yoon Gi provocou, usando uma linguagem extremamente formal.

— Por que não mostra o que tem aí? — Kim Nam Joon rebateu, depois de um logo suspiro. — Eu vi que ia entregar isso pra ela. Aigoo, não me diga que é uma cartinha de amor!

Min Yoon Gi devolveu a invectiva com um empurrão no ombro direito do que o instigava.

Kim Tae Hyung passou as mãos pelos cabelos, tenso; ficou entre os dois, mas sua intenção principal talvez não fosse a de acalmá-los…

— O que é isso…? Vocês… vocês gostam da Ana?

Petrifiquei diante daquela cena, torcendo para que o motivo da discussão ridícula e imatura fosse apenas e simplesmente uma tensão interna, que de forma alguma envolvesse nenhuma parte do meu nome.

Os dois se calaram diante da pergunta de Kim Tae Hyung. Min Yoon Gi caminhou lentamente em volta do seu próprio eixo, enquanto passava as mãos pelo rosto.

Bangtan e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora