98 - Bruno

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Quem eu encontro na saída depois da reunião?

— Senhor Toguro, que legal te ver aqui!

— Olá, Bruno. Vim ver como é esse lugar onde meu filho está vindo. É... aconchegante. Rapaz, quero te agradecer de novo por acreditar no Gabriel.

— Que isso, senhor!

Gabriel, ao lado do pai, é puxado pela Kawane para a roda dos jovens. Preciso ir também para gritar Zebulom logo depois de Força Jovem.

— Espere, Bruno. Tem uma coisa que eu queria te dar. O Gabriel comentou sobre você estar desempregado, e aí...

— Nossa! Não sabia que ele era fofoqueiro!

— Ha-ha! Então, e aí eu queria...

— Bruninho!? — grita Kawane lá da roda.

— Já vou — respondo. — O senhor queria?

— Então, Bruno, tenho uma...

— Hi, o senhor vai me dar uns dez mil? Ha-ha!

— Uma vaga recente, talvez te interesse, de atendente na farmácia. Não é grande coisa, mas pode ser um bom começo, se você quiser.

— Bruno! — a obreira Bia chama.

— Tá ligado, senhor Toguro! Vamos conversar, mas... vou ali rapidinho, beleza?

Apertamos as mãos e corro para a roda. A obreira começa a oração entregando nossas vidas e a semana nas mãos de Deus, depois pede forças para que possamos obedecê-lo cumprindo com o que ele pediu a cada um, e terminamos agradecendo por tudo na certeza de que suas promessas vão se cumprir.

Enquanto ela dá os recados, o pai do Gabriel está perto de mim, e me entrega um cartão da farmácia e seu número. Em espírito já agradeço a Deus também pelo meu primeiro emprego. Vai arrebentar!

Antes de irmos embora, sobrepomos todos as mãos no centro da roda.

— Um... Dois... Três e... FORÇA JOVEM! — todos gritam numa só voz.

— ZEBULOM! — concluímos.

Quantas dúvidasOnde histórias criam vida. Descubra agora