94 - Bruno

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Já estava com saudades disso. Sair com meus amigos da FJ para evangelizar em pares. Ver o grupo crescer é muito legal. Ver vários jovens novos começando a vir na igreja graças não só ao evangelismo na rua, mas também pelo Mídia e pelo Cultura, me enche de coragem e determinação.

Kawane vem comigo. Antes de sairmos escolhemos o local. A rua onde mora Gabriel, um pouco longe, uns vinte minutos de caminhada. Ela ainda ri do Meck. Já faz mais de uma semana e Kawane continua falando de como o Meck estava engraçado vestido de mulher.

— Tá, mas eu fui o melhor ator de todos, pode falar!

Ela ri sarcasticamente, depois nós dois rimos naturalmente. Eu paro primeiro. Já sinto no ar que está perto da época de sacrifício, e faz parte do meu cortar contato com as meninas. Como já pensei: não posso namorar agora, é muito cedo. Mas quando chegar a idade, vai arrebentar!

Vamos de porta em porta até chegarmos à casa do Gabriel.

— Ele não está — responde um senhor; provavelmente seu pai. Onde está Gabriel? — O que vocês queriam com ele?

— Só ia chamá-lo para ir sábado com a gente no Força Jovem.

— É isso que ele tá fazendo? — diz o senhor se aproximando do portão. Kawane fica assustada, mas eu fico firme em pé, olhando nos olhos dele. — Vocês estão levando meu filho aonde?

— Só quero ajudar ele...

Não sei se devo falar tudo que sei. Se o próprio pai não sabe o que se passa com o filho, pode ser um mau sinal.

— Rapaz, obrigado — ele diz e aperta nossas mãos. — Nem sei como agradecer. Depois que o Gabriel saiu com vocês sábado passado ele está mais próximo de mim e da mãe. Olha, ele ficava trancada no quarto o tempo todo, e agora está até com um semblante mais alegre.

Só consigo me lembrar do testemunho da Thalia. E fico muito contente em saber que Gabriel está melhor.

Por fim convidamos o senhor Toguro, pai do Gabriel, para conhecer a Força Jovem e a igreja em geral.

Mais uma alma! Tá ligado!

Quantas dúvidasOnde histórias criam vida. Descubra agora