6- Por uma vida

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Acordo com Jason deitado na cama, droga, eu bebi e não era pra ele estar aqui.

- Bom dia Jô. - Ele diz e eu me levanto.

- Pode ir agora, antes que alguém te veja.

- Qual é? - Ele fala levantando também.

- A casa não é minha Jason, desculpa. - Ele me dá um beijo e saí.

Visto minha roupa e o escovo meus dentes, pego minhas coisas e vou até a cozinha fazer um café e pro meu azar Alex já estava lá. Achei que ele ia ficar no hospital essa noite.

- Você não me deixou dormir com o barulho. - Meu Deus que vergonha.

- Desculpa, eu não sabia que o Jason ia vir essa noite. - Ele da de ombros e vai pra sala e vou atrás dele. - Vai pro hospital agora?

- Vou! - Ele pega a chave do carro dele e me chama.

- Já tô indo! - Pego minha bolsa e vou atrás.

(...)

Estava no vestiário dos internos colocando o uniforme só eu e a Stephanie.

- Não sabe o que aconteceu hoje. - Digo passando o desodorante.

- Me conte tudo! - Ela fala fechando o armário.

- Alex me ouvindo transando e o quarto dele é do lado do meu. - Falo meio rindo.

- Sério? Tava com o Jason? - Ela pergunta.

- Sim e hoje de manhã ele falou que me ouviu. - Falo rindo de novo. - Eu nunca tinha ficado tão vermelha.

- Só por Deus, não vai dar certo esse triângulo amoroso.

- O que? Não! Nada ver Stephanie. - Ela olha pra mim e vou até o centro cirúrgico onde me chamarão.

(...)

- Olha a válvula aí! Pode retrair - O Karev fala me mostrando. - E eu disseco.

- Acha que pode dar certo? Romance entre colegas de trabalho? - Digo e ele me olha confuso.

- O que? O que você tá falando? - Ele diz.

- Olha os pais desse bebê, são colegas que deram umazinha e tiveram um filho. - Falo retraindo a válvula.

- Os dois querem o bebê. - Alex diz.

- É mas um não quer ao outro, e agora vão ser obrigados a se ver na escola do filho, e em outros momentos, é um desastre, não é? - Pergunto

- Não sei hein, as pessoas são diferentes.

- É verdade. - Falo olhando pro tórax do menino aberto. - Você já se envolveu com colegas.

- É. - Fala olhando pra mim.

- E olha como acabou, tá solteiro, sozinho, quando te conheci tinha um colchão e uma tigela.

- A qual é isso é... - Ele olha pra mim. - tá, tem razão.

- Da mais problema do que a gente quer né? - Ele me olha e começa a jorrar sangue do fígado do menino. - O que que foi?

- Hematoma no fígado. - Ele olha pra mim de novo. - Sutura. - Pega algum instrumento com a enfermeira que não presto atenção. - Droga tá rasgando, fecha ele, com cuidado.

- Tá bom.

- Preciso de Trombina e cola de fibrina, quero fator 7 aqui agora.

- Agora mesmo Doutor. - A enfermeira diz.

Saímos da cirurgia e vamos falar com os pais da criança.

- Bom, podemos tentar reparar o fígado mas isso é incrivelmente delicado e existe um risco real de sofrer danos irreversíveis. - Alex diz olhando pra mãe da criança.

- E o bebê pode morrer? - A mãe pergunta.

- É um risco. - Ele olha pra mim. - A outra opção é ficarmos sentados e esperar a hemorragia parar sozinha.

- E torcer pra ele viver? - O pai fala e o Alex concorda com a cabeça.

- Vamos decidir esperar. - A mulher fala.

- Ok. - O pai diz e concordamos

(...)

- 5,4,3,2,1 conseguiu garotão. - Esse foi o tempo pra saber que o menino estava fora de perigo ou não.

- Isso, ele vai viver então? - Pergunto pro Karev.

- Por enquanto ele está fora de perigo. - Ele sorri. - Vai ficar em observação!

- Isso foi demais. - Sorrio.

A Interna - JolexOnde histórias criam vida. Descubra agora