A Interna - Jolex

4- Last time

Hoje vai ter uma festa no hospital, os atendentes convidaram todos os residentes e os internos.

- Stephanie? - Ela sai do banheiro pronta. - Uau tá linda. O Avery vai amar.

- Ah, nem vem, nem devia ter aceitado essa coisa idiota. - Ela diz arrumando um vestido.

- Quem será o amigo que ele vai levar? - Pergunto pois o Avery disse que levaria um amigo.

- Espero que seja alguém bonito pra você! - Ela ri.

- Nada ver, seja quem for, é melhor não ligar pra isso.

- Ele tá vindo buscar a gente, ele acabou de ligar.

- Ok.

Ouço a campainha tocar e vamos em direção a porta.

- Olá... Karev? - Ah, tinha que ser ele está bravo comigo por que disse coisas demais pra superior dele.

- Sério que essa era a amiga? - o Alex diz pro Jackson.

- Baixa a bola Alex. - Ele diz meio baixo olhando pra Stephanie. - Boa noite Edwards, vamos? - Ele diz e os dois vão.

- Vamos logo. - Alex fala meio sem se importar.

Chegando lá ficamos esperando alguém dizer alguma coisa, então liberarão a comida é as bebidas, fiquei com os outros internos enquanto o Alex foi pra outro lugar.

- Sério que você fez isso? - Falo ouvindo o Ross contar uma história da faculdade.

- O Ross é um besta mesmo. - Stephanie diz rindo.

- Galera, emergência no hospital, quem não tiver bebido pode vir comigo. - O Jackson diz se aproximando da nossa mesa.

- Droga! - Falo quando percebo que ninguém tinha bebido além de mim. -

- Pode ficar aí princesa, não se pode praticar medicina com tequila no sistema.

- Eu mereço. - Falo bebendo mais.

- Achei que a princesa não bebia bebidas baratas.

- Qual é a sua? Eu não sou uma princesa, eu vivi minha vida toda em um carro, eu fui abandonada com 2 semanas de vida em uma lata de lixo, por isso eu fiquei com raiva daquela menina que abandonou o filho aqui no hospital. - Falo quase chorando. - E além do mais se eu consegui entrar na melhor faculdade dos Estados Unidos, foi me matando de estudar.

- Eu.. - Ele fala olhando pro relógio de novo. - De quem ganhou o relógio?

- Da minha professora. - Sorrio. - Ela me deu quando descobriu que eu tinha conseguido o emprego aqui. - Ele sorri e abaixa a cabeça. - E você tem algum passado mas triste que o meu? Eu duvido muito!

- Teve sorte de não ter pais. - Olho pra ele. - Pelo menos não teve que ver sua mãe correr atrás do seu irmãozinho com um facão.

- Nossa. - Falo pegando na mão dele.

- Virei praticamente um pai os 15 anos.

- Pera aí? - Falo desentendida. - Você tem filhos?

- Não. - Ele ri. - Meu pai nos abandonou e já que minha mãe era uma doida, eu tive que virar o próprio pai dos meus irmãos.

- Sinto muito. - Sorrio. - Por que estamos falando sobre coisas tristes? Vamos fazer alguma coisa mais legal.

- Tipo o que? - Ele ri

- Vem comigo. - Vamos até atrás do hospital onde tem uma banquinha.

- Por que estamos aqui? Tem comida lá dentro. - Ele pergunta de longe.

- Você vai ver. - Falo se aproximando da banca. - Meus tios estão morrendo dentro desse hospital. - Falo chorando e gritando. - E eu acabei de voltar dessa festa idiota, com esse vestido que uma amiga me emprestou, eu não tenho dinheiro e estou morrendo de fome, minha filha está internada com nem uma semana de vida. - Choro mais inda e o Alex me olha sem entender nada. - Eu estou com muita fome moço.

- Calma é... - ele fala pegando um sanduíche. - Toma aqui.

- Não quero abusar da sua bondade, mas meu marido está lá dentro. - falo enxugando minhas lágrimas. E ele me dá outro sanduíche. - Você é um bom homem.

Saio de lá e vou em direção aos Alex que entra comigo dentro do hospital.

- Você é doida menina? - Ele e eu rimos. - Como fez aquilo?

- Choro falso, a arma número um das crianças de rua, comece a chorar que qualquer um acredita. - Ele ri. - Toma aqui seu sanduíche. - Falo mordendo enquanto ele me olha feito um bobo. - O que foi?

- Tá suja de molho. - Ele ri limpando minha boca.

- Aí meu Deus. - Rimos. - Obrigada.

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