A Interna - Jolex

69 - Por toda minha alma

Você está bem? - Amélia diz me vendo sair com a Estela no colo. - O que aconteceu?

- Tive uma briga, nada de mais. - Digo limpando algumas lágrimas que estavam escorrendo pelo meu rosto.

- Se senta aqui. - Ela diz e eu me sento ao lado dela.

- Não tem cirurgia ou pacientes?

- Não, tá tranquilo, temos um tempinho.

- Ok. - Digo deixando a Estela brincar em nossa frente.

- Acho que todo mundo deve ter te dito isso, e eu sei como é chato, mas precisa ouvir, Alex te ama ninguém tem dúvidas disso, só existem duas pessoas que não percebem o quanto vocês se amam, você e o Alex, então, brigas são normais e passa, seu coração sabe o que é melhor pra você. - Ela diz sorrindo pegando a Estela no colo. - Não é Estela? A mamãe e o papai são uns bobos. - Ela diz e eu me permiti abrir um sorriso.

- Obrigada Amélia. - Digo dando um abraço nela.

- Se precisar, me liga. - Ela diz e saí de lá.

Saio de lá e vou pro elevador no qual dou de cara com o Alex.

- Papai. - Estela diz sorrindo assim que vê ele.

- A nossa. - Digo olhando pra ele. - Eu vou de escada.

- Entra. - Ele diz segurando a porta do elevador, assim faço e acabo entrando. - Olha Jô... Me desculpa pelo o que eu disse.

- Tá tudo bem. - Digo me virando pra ele. - Não precisa se desculpar, meu dia foi cheio, eu, eu tô com a cabeça em outro lugar e Alex... - Falo olhando pra ele. - Eu... Eu também sinto sua falta. - Falo e ele abre um sorriso, logo o elevador chega no andar.

- Eu.. eu vou

- Vai lá. - Digo.

- Tudo bem, tchau filha... - Ele diz olhando pra Estela no meu colo. - Tchau... Jo.

Assim ele sai e fico com a Estela no colo.

- Oi Jo, tá indo pra casa? - Kylie pergunta assim que me vê.

- Estamos indo. - Digo colocando a Estela no carrinho dela.

- Ok, eu estou no turno da noite, vai ficar bem sozinha?

- Claro, sabemos se cuidar né meu amor. - Digo e a Estela ri no carrinho.

- Tudo bem então, toma a chave da porta.

Pego a chave e vamos pra casa, chegando lá coloco a Estela no sofá assistindo desenho na tv enquanto eu pedia comida pra gente.

- Tá com fome meu amor? - Digo.

- Não. - Ela diz emburrada. - Quero papai.

- Filha, amanhã você vê o papai ok? - Digo e a mesma nega com a cabeça. - Tá com sono?

Pego ela e faço ela dormir no meu colo, assim que ela dorme eu a pego e coloco na cama do quarto.

Ouço a campainha tocar, e pego o dinheiro pois devia ser a comida.

- Paul? - Digo assim que abro a porta. - Como...como

- Oi Brooke... a não é Brooke mais né? É Josephine!

- Sai daqui... Como me achou?

- Não importa como agora, tentou fugir de mim aquela vez, uma hora ou outra eu ia te achar, você mudou de nome, que ridículo!

- Saí daqui. - Falo tentando fechar a porta mas ele segura a mesma.

- Vai se arrepender de querer fugir de mim.

Memórias doem por mais tempo do que qualquer ferida e não importa o caminho que se segue, mas as marcas que se vão deixando ao passar.

...