A Interna - Jolex

73- Salve sua vida

- Jane Parker, a trouxeram em algumas horas, ela fez uma tomografia, precisa ajudá-la. - Meredith diz mostrando ela pra Amélia.

- Meredith, quem fez isso? - Ela diz vendo o estado dela.

- Provavelmente foi o Paul. - Digo olhando pra ela.

- O estado dela é crítico, ela vai precisar de cirurgia. - Amélia diz examinando ela. - É bom chamar um familiar, ela tem?

- A gente só sabe que ela é noiva do Paul. - Alex diz.

- Kylie, o que vê? - Amélia diz quando a Kylie chegam

- Fratura do osso temporal, com hemorragia epidural.

- Para quando o sangue pode ser retirado?

- Para ontem.

- Ok, reserve uma SO, vamos levá-la.

- Isso é... Ruim, muito ruim. - Digo olhando pro Alex

- Vocês conhecem ela? - Kylie diz.

- É a noiva do Paul. - Digo.

- Pera, o que?

- A gente explica depois. - Alex diz

- Tô indo reservar a sala... - ela diz e saí de lá.

Saímos de lá e vamos pra galeria da cirurgia dela.

- Com que temos que tomar cuidado? - Shepherd diz no meio da cirurgia.

- Não desalojar o coágulo, não comprimir e stent...

- Droga, a parede biliar está se dissecando. - Shepherd diz olhando pro monitor. - Está muito fraca.

- Se não colocar o Stent, ele pode romper certo?

- Sim, e se colocar muito rápido...

- Pode rasgar a artéria.

- De qualquer forma...

- Ela morre... - Kylie diz e olha pro vidro da galeria.

- Quer ir? - Alex fala me olhando.

- Estou bem aqui. - Digo.

- Vamos tomar uma água, Amélia sabe o que faz, ela vai ficar bem.

- Alex... Era pra ser eu, podia ser eu ali naquela mesa...

- Não pensa, assim... Você está bem e a Jane vai fica bem... - Ele diz e me dá um beijo. - Vamos sair daqui, Amélia nos dá notícias mais tarde.

- Tudo bem... - Falo e assim fazemos, saímos de lá e esperamos alguém nos falar algo.

(...)

- Oi Jane. - Alex fala com ela no pós operatório assim que ela acorda.

- A polícia vai te fazer umas perguntas, mas antes quero conversar com você. - Digo a olhando.

- Paul... Onde ele está? - Ela diz ainda confusa.

- Paul fez isso com você? - Alex pergunta e ela fica um instante quieta.

- Pode confiar na gente, a partir de hoje, Paul vai ficar longe de você, você pode o denunciar, nunca mais vai ver ele em sua vida.

- Si.. sim... - Ela gagueja. - Foi o Paul, ele sempre fez essas coisas, e tudo era horrível, mas ele me obrigava a continuar com ele e negar para os outros, mas ontem...

- Sim... - Digo e ela continua falando.

- Ontem eu disse que queria por um fim nisso, e ele me ameaçou mais, e me bateu até que ele me jogou contra a lareira e eu bati feio com a cabeça e depois disso eu não vi mais nada, só as luzes da ambulância e alguns médicos, e agora... É tudo que eu me lembro.

- Nós vamos te ajudar, você está bem agora, vão achar o Paul...

- Vamos deixar você descansar. - Alex diz e saímos de lá.

- O que acha que vai acontecer? - Falo com o Alex.

- Ela tá bem e é isso que importa, vamos pra casa, deixar ela descansar um pouco, ela está segura no hospital.

- Tudo bem, vamos pegar a Estela. - Falo dando a mão pro Alex e vamos até a creche.

- Mamãe. - Estela diz assim que nos vê, logo sinto suas mãozinhas abraçarem minhas pernas.

- E o papai? Não ganha abraço não? - Alex fala rindo e assim ela vai e abraça ele também.

- Vamos pra casa filha? - Falo e ela dá a mão pra mim e pro Alex.

- Vamos... - Ela fala calmamente e fomos até o carro.

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