Bárbara - Um pequeno jantar.

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-Eu tenho apenas que ligar para os meus pais...

Tárcio esperou pacientemente admirando o Templo de Salomão mais uma vez, ele não se cansava de ver a grandeza de Deus naquele lugar. Enquanto Bárbara marcava de encontrar seus pais no restaurante.

-Tudo certo Pastor, vamos?

-Claro! Aonde fica esse restaurante?

-É aqui bem perto, eu sempre vou lá, nem vamos andar muito.

Eles caminharam meia hora para chegar no restaurante, os pais de Bárbara ainda não haviam chegado, mas eles estavam com muita fome e decidiram antecipar os seus pedidos.

-Eu espero que goste da comida, não é igual a que o senhor está acostumado, mas eu gosto bastante.

-Está ótima! Quando vier para São Paulo novamente, já sei onde comer, mas vou pegar um táxi para vir... -Ele riu discretamente.

-Poxa, Pastor! Nem andamos tanto assim só foi meia hora. -Ela riu de volta ficando vermelha quando seus olhos se encontraram com os dele.

Por alguma razão, ele trazia segurança que Bárbara poderia ser simplesmente ela mesmo, apesar de não conhecê-lo direito.

-Chegamos! -A mãe de Bárbara diz já se sentando, e olhando para Tárcio.

Ele envergonhado estende a mão para cumprimentá-la.

-Tudo bem, Dona?

-Tudo sim, Pastor! Bom, eu vejo que vocês começaram sem nós.

-Desculpa mãe, mas vocês demoraram muito e estávamos famintos.

-Pergunte para o seu pai o porquê dá demora.

-Eu não fiz nada! -O pai de Bárbara levantou a mão em sinal de inocência. -Eu juro que só queria uma pizza.

-Mas acabou comendo oito pedaços!

-Pai, o senhor comeu uma pizza inteira sozinho! Nem deve estar com fome!

-Isso é verdade não estamos com fome!

-Então vamos para a casa, eu já estou satisfeita e o senhor? -Bárbara disse se levantando e perguntando ao Pastor.

-Eu também, aliás tenho que ir logo, tenho que pegar meu vôo de volta para Minas Gerais.

-Em que hotel o senhor está hospedado? -O pai de Bárbara perguntou.

-Perto do aeroporto de Congonhas.

-Eu levo o senhor lá! -Ele disse tirando as chaves do bolso.

-Eu não quero incomodar, eu pego um táxi! -O Pastor Tárcio falou timidamente.

-De maneira nenhuma, eu levo o senhor.

-Já que insiste... -Ele olhou para os olhos animados de Bárbara. -Eu aceito a carona.

-Então vamos!

Eles se levantaram e pegaram o celulares que estavam na mesa.

-Calma, Pastor! Esse é o seu, não vamos trocar de novo, eu não veria meu celular tão cedo!

Tárcio soltou uma risada:

-Concordo com a senhora, eu não iria devolver ele até porque o meu está usado e o seu novinho em folha.

Eles levaram Tárcio até o hotel e se despediram.

-Foi um prazer conhecê-los e muito obrigado pela carona.

-Foi um prazer, Pastor! Quando vier a São Paulo venha nos visitar! -A mãe de Bárbara sorriu. -Minha tia casou com um mineiro, então ela me ensinou fazer um bolo de lá...

-Assim não tem como resistir! -Ele brincou. -Pode deixar, Dona! Eu irei!

-Bárbara, você pegou o número dele?

Bárbara olhou vermelha para a sua mãe já entendendo o segundo sentido.

-Não, mãe.

-Já ia me esquecendo de pedir seu número, ainda bem que sua mãe me lembrou! -Ele olhou para Bárbara e a jovem sentiu seu coração bater mais rápido. -Se a senhora quiser me passar, é claro...

-Tudo bem!

Bárbara passou o seu número e eles foram embora, a jovem não queria admitir, mas tinha esperanças de que Tárcio viesse a São Paulo mais vezes.

-Eu gostei dele filha! -Rose sorriu falando no carro, enquanto Bárbara ia atrás pensativa.

-Eu acho que devemos ir com calma... -A voz da razão de seu pai falou. -Nem conheçemos ele ainda.

Seus pais começaram uma breve conversa sobre o futuro amoroso de Bárbara, quando a garota só sorriu ao ler a mensagem que Tárcio acabava de enviar:

"Obrigado pelo jantar, a senhora é uma moça muito simpática e de Deus!"

IzabelaGomesGA

Canção de um servo.Onde histórias criam vida. Descubra agora