Bárbara - Esse celular não é meu!

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-Nossa que reunião! -Bárbara suspirou. -Eu realmente precisava ouvir aquilo, mãe.

-Deus sabe das nossas necessidades, filha. -Rose sorriu a abraçando de lado. -É por isso que Ele deu a direção para o Bispo fazer uma reunião apenas para os Obreiros. -Elas falavam enquanto andavam até o ponto.

-Aquele é o nosso ônibus?

-É sim! Corre!

Elas atravessaram a Avenida as presas quando o sinal fechou.

-Nem precisava correr! -Sua mãe disse ofegante. -O sinal fechou e ele ainda está lá trás...

-Mas pelo menos já estamos aqui e vamos pegá-lo, esse ônibus demora um século para passar.

Elas entraram no ônibus e sentaram no fundo perto da porta.

-Sabe, mãe... Eu estou em paz agora, aquela tristeza que eu sentia pela saída do Diego de IBURD passou. Eu tenho certeza que Deus está preparando alguém especial para mim!

-Filha, eu tenho certeza que ele vai usar você e vai usar muito, seu pai e eu temos muito orgulho da mulher de Deus que você tem se tornado.

-Aliás falando no papai... Cadê ele?

-Teve um probleminha do serviço e teve que ir resolver de última hora

-Ele teria gostado da reunião!

-Por que não liga para ele?

-Boa ideia, vou fazer isso! -Bárbara abriu a bolsa procurando o celular em meio a tantas coisas, afinal ser do FJU significava levar o mundo inteiro ali dentro.

-Achou?

-Calma estou quase... -Ela olhou para a sua mãe e riu. -Achei! Eu disse que ia achar!

-Então liga para ele!

-Calma! Não estou conseguindo... -Ela disse franzindo as sobrancelhas.

-Ligar para o seu pai? -Rose perguntou confusa. -Que estranho!

-Não mãe, a minha digital não está funcionando!

-Usa a senha!

-Mas não está ligando a tela! -A garota começou a ficar preocupada, seu celular era muito novo para começar a dar problema.

-Você não desligou ele antes de entregar para a moça guardar?

Bárbara sorriu se lembrando desse pequeno detalhe e bateu a mão contra a sua testa:

-Verdade! Oh cabeça minha!

-Liga o celular, você está em qual mundo? -Ela riu.

-Mãe! -A voz de Bárbara saiu um sussurro.

-O que foi agora? -Rose perguntou.

-Esse celular não é o meu!

-Tem certeza?

-Tenho! A foto de papel de parede não é a minha!

-Você não mudou?

O telefone tocou não dando tempo de Bárbara responder sua mãe, ela a olhou sem saber o que fazer. O celular não era seu, não era certo ela atender uma chamada desconhecida.

-Atende filha, pode ser o dono!

Com as mãos suando frio, ela deslizou o botão de atender a chamada:

-Alô?

IzabelaGomesGA

Canção de um servo.Onde histórias criam vida. Descubra agora