53° Capítulo

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Clarie

- Eu só.. - ele começa, mas logo para e respira fundo. – Queria pedir desculpas. Por minhas atitudes e por tudo o que eu disse de ruim para e sobre vocês. Principalmente para você Clarie. Será que você me desculpa? Eu queria a minha melhor amiga de volta. É horrível estar sozinho e se sentir tão sozinho como eu venho me sentindo ultimamente.

Olho para o Guto, que dá de ombros me encorajando a falar alguma coisa para o Lucas. Suspiro alto e olho para o meu amigo, que me encarava nervoso, em minha gente.

-Lucas. Ultimamente, você tem agido como um verdadeiro babaca. Não digo isso apenas por mim, mas também, pela Nandinha. Ela não merecia metade das coisas que você andou descarregando nela.

-Eu sei, Clarie.. eu...- ele começa a se explicar, mas eu o interrompo.

-Não, me interrompa. Você que veio aqui, então agora me deixa falar.- eu falo cortando ele.- Você errou Lucas. E errou feio. Eu nunca te vi agir da forma, como você vem agindo recentemente. Agindo como um verdadeiro babaca.

-Eu sei..- ele diz baixinho, colocando as mãos nos bolsos e abaixando a cabeça.

-Mas.. eu acho que todos merecem uma segunda chance.- eu digo cruzando os braços, e ele me olha surpreso.- E não seria com você, meu melhor amigo que seria diferente. Sim Lucas, eu te desculpo.

Ele sorri, e eu vou até ele lhe dando um abraço.

-Obrigado Clarie.

-Por nada. Só volte a ser o velho Lucas, que nós gostamos e amamos.

E assim. Voltamos novamente a ser amigos. Eu e Lucas. E espero que os outros também deem uma nova chance para ele. E foi justamente o que pareceu, quando nos reunimos todos na sala, como nos velhos tempos, e começamos a assistir filmes na netflix. Acompanhado de doces, refri e pipoca. Naquele momento, tudo estava bem.
E podia ser sempre assim. Mas no fundo eu sabia, que nem sempre seria.

(...)

14:55 do outro dia.

-Para onde a gente tá indo? - pergunto para o Guto que me arrastava pela praça de alimentação. Tínhamos acabado de lanchar e estávamos andando de mãos dadas. E isso estava fazendo as minhas pernas ficarem bambas.

-Calma. Que você já vai ver. - Ele disse rolando os olhos. -Vem, vamos subir.

Suspiro. E juntos nos dois vamos para a escada rolante.

-Af me conta logo. - eu digo e ele ri, me ignorando. -Não me ignore seu ridículo.

-Então deixe de ser tão curiosa.

-Impossível.

Ele não diz mais nada. Saímos da escada rolante, e percebo que já estamos no ultimo piso.

-O Que pretende fazer? Me jogar daqui. - Pergunto rindo. Ele não sorri, apenas me puxa pela cintura. E deposita um beijo em meu rosto.

-Fica quieta e vem. As coisas que você diz não são nada românticas.

-Eu não sou romântica. – digo parando em sua frente com as mãos na cintura.

-Não? Poxa que pena. Porque eu passei a noite tentando organizar, o encontro mais romântico de sua vida. – ele diz e aponta com o queixo para algo atrás de mim.

Me viro ainda sem intender muita coisa, quase nada na verdade. Deixo meus olhos passearem até onde o mesmo apontava. E quando vi, não pude deixar de sorri.

- Uma pista de patinação no gelo? O quão clichê isso pode ser?

- O tipo do clichê mais romântico possível. – ele responde e me abraça por trás. -E este encontro, será incrível.

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