MichelleEsses dias tem sido uma verdadeira loucura. Tínhamos praticamente nos mudado para o hospital, ninguém queria sair até que tivéssemos á certeza de que a Clarizita ficaria bem.
O Felipe então, esse estava arrasado e isso quebrava o meu coração. Eu não poderia sequer me imaginar estar no lugar dele, a Clarie nem é minha irmã. E eu já sinto tanto medo de perde-la. Imagina se fosse a minha irmã ali, de sangue. Deveria ser muito difícil passar por algo assim. Tudo bem que eu e a Melanie, não nos dávamos tão bem assim. Mas ela é minha irmã. E só de pensar em perde-la, sinto um arrepio tão forte quase impossível de descreve-lo.
Suspiro baixinho, com meus pensamentos e me sentei em uma das mesas do refeitório com a Nanda.- Será que a Clarie vai ficar bem? - pergunta Nanda, me olhando temerosa.
-Claro que vai. Ela é forte. - falei mexendo o pequeno copo de café que estava em minha mão.- E além do mais, o médico não disse que ela estava instável? Então.
Ela balança á cabeça concordando e suspira baixinho.
-Isso é tudo tão surreal.- Nanda diz suspirando. - Uma hora estávamos super bem, e do nada acontece toda essa confusão.
-Verdade. Mas a vida é assim né? - digo pegando em sua mão. - O que podemos fazer é aprender com as provações que veem junto com ela.
Ela suspira cansada e balança á cabeça concordando. Percebo que de uma hora para outra, uma feição triste, aparece em seu rosto. Acho que a Nanda não estar apenas chateada com a situação da Clarie.
-Esta sentindo alguma coisa?- pergunto como quem não quer nada.
-Não. - ela diz mordendo o lábio inferior, enquanto olha para o nada.
-Tem certeza, que não tem nada?
-Sim, não precisa se preocupar. - ela diz me dando um sorriso amarelo.
-Michelle? - ouço uma voz atrás de mim.
E quando olho vejo que se trata do Rafael. O gostosão do outro dia.
-Oi Rafael. - dou um sorriso e me levanto para lhe dar um abraço.
Ele sorri de volta e passa um de seus braços por minha cintura, me dando um abraço apertado. Mais apertado do que o necessário, mas fingi que nem percebi. Nos separamos e ele puxa uma cadeira ao meu lado.
Olho para a Nanda e vejo que ela nos observa com um olhar curioso.
-Não vai me apresentar sua amiga? - pergunta Rafael com um sorriso maroto nos lábios. E a Nanda cora, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.
-Bom, Rafael essa é a minha amiga Fernanda. E Fernanda esse é o Rafael, meu…
-Seu? - ele pergunta sorrindo malicioso e me olhando de lado.
-Meu…..conhecido. - respondo fazendo uma careta para ele.
-Nossa, desse jeito você parte o meu coração. - ele diz colocando a mão no coração. E fazendo graça.
Nanda ri. E estende a mão para ele.
-Prazer. - diz com um sorrisinho doce.
Hummm..…
-O prazer é todo meu docinho.- ele diz piscando para ela quecora novamente. Rolo os olhos e término de beber o meu café.
Ficamos conversando e rindo os três por um tempo. Apesar de suas brincadeiras sem graça o Rafael, era um cara legal. O típico gato bom de lábia.
Eu e a Nanda estávamos, rindo que nem duas ienas, das piadas ridiculas do Rafael, quando o celular da Fernanda começa a tocar. Ela atende e pede licença, para poder ouvir melhor, deixando eu e o Rafael sozinhos.
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A República
أدب المراهقينClarie é apenas uma garota de 16 anos, e já passou por muita coisa. Seu irmão Felipe foi a única familia que lhe sobrou após seu pai decidir tirar os dois de sua vida. Guto mal completou 18 anos e teve que lidar com a morte da mãe e com os transtorn...