61° Capítulo

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Meta: Comentem bastante. Que até sexta estarei postando o próximo capitulo.

Michelle

Acordei sentindo os raios de sol, dando bom dia aos meus olhos. Odeio, quando durmo, e esqueço de puxar a cortina do meu quarto. Empurrei os lençóis e levantei da cama. Fui direto para o banheiro, tomar um banho e fazer as minhas higienes matinais.

Quando cheguei no andar de baixo, o Igor ainda estava jogado no sofá roncando como nunca. Passei direto por ele, e fui para a cozinha, que estava uma zona. A pia cheia de pratos, além das panelas para tudo quanto e canto. Tirei alguns pratos sujos de cima da mesa da cozinha, e comecei a preparar meu café. Só consigo pensar normalmente de barriga cheia. Depois, eu vejo o que faço com essa zona.

Peguei minha xicara da Batgirl, que o infeliz do Felipe me deu na nossa primeira semana de namoro. E sentei na mesa. Coloquei um pouco de café na minha xícara. E peguei algumas torradas. Começando finalmente a alimentar as minhas lombrigas. Ouço passos vindo da sala e logo, o tio Rick aparece na porta com a cara toda amassada, com o cabelo todo para cima e vestido com o seu pijama listrado de sempre.

-Bom dia pequeno furacão! - o tio Rick diz, me dando um beijo no topo da cabeça, antes de grudar a garrafa a cafeteira como faz todas as manhãs.

-Bom dia capitão.- resmungo, com a boca cheia.

-E como vai esse nosso navio louco? – ele pergunta puxando uma cadeira na minha frente.

-Queira nem saber. – respondo lembrando da noite passada. Do Felipe, do MEU Felipe na farra. Eu mereço..

Alguns minutos depois, e a Fernanda e a Eliza também deram as caras a primeira sentou ao meu lado, enquanto a outra sentou no próprio balcão da cozinha. A Nanda comia calada, enquanto que a Eliza mexia ferozmente no próprio celular.

-Bom dia, gente.- o Igor disse resmungando baixinho ao entrar na cozinha, enquanto massageava as próprias têmporas.

-Bom dia.- respondi junto ao tio Rick.

-Oi Igor.- Eliza disse sorrindo de lado, enquanto dava mais atenção ao aparelho em sua mão.

A Nanda por ouro lado, continuou comendo, sem expressar nenhuma reação. O Igor olhou para ela estranhado, e foi até próximo da mesma repetindo para ela.

-Bom dia  Nandinha!- disse. Vi a Nanda fazer uma careta ao meu lado antes de responder.

-Bom dia, só se for para você.- respondeu grosseiramente antes de sair da cozinha levando o prato e a xicara de café. O Tio Rick cuspiu todo o café em sua boca de volta no copo, enquanto encarava todos nós sem entender nada.

O Igor olhou confuso, por onde a Fernanda foi e seguiu para onde a mesma foi.

-Tem alguma coisa acontecendo? - Tio Rick me perguntou fazendo uma careta.

-Não que eu saiba.- respondi dando de ombros.

-Hum, sei. – resmunga.- Vem cá, que bagunça toda é essa aqui?

Ele pergunta girando o dedo mostrando a situação a nossa volta.

-Todos saimos ontem, e acabou ficando uma bagunça essa cozinha. Porque ninguém se lembrou de limpar.-falei dando de ombros.

Ele me encarou antes de apontar o dedo para mim.

-Relaxa. Assim que eu acabar meu café arrumo aqui. -respondi rindo.

-Acho bom, bando de adolescentes arruaceiros. -ele resmunga se levantando.-Eliza, você ajuda a Michelle a organizar essa zona?

-Claro.-ela reponde sorrindo docemente. E eu reviro os olhos..

(...)

Terminei meu café. E comecei a limpar a cozinha, com ajuda da Eliza.
-Você está chateada com os meninos? – ela começou a falar, puxando assunto comigo. Olhei ela de lado.

-Se você está querendo saber se eu vou brigar com o Felipe, para deixar o caminho livre para você...

-Não perguntei por isso. – Ela me interrompe, com os ombros baixos.- Na verdade, foi até bom você tocar nesse assunto.

-Ah é?- perguntei arqueando a sobrancelha esquerda.

-Sim.- ela suspira.- Queria pedir desculpas. Por tudo. Sei que fui um pouco inconveniente me metendo entre vocês dois.

-Um pouco?- resmunguei, voltando ao meu trabalho.

-Muito. Mas realmente quero que me desculpe, as vezes eu acabo fazendo tudo errado. – ela disse dando de ombros. –Você me desculpa?
Encaro ela.

-Pensarei no seu caso. – respondo.
Ela balança a cabeça em confirmação e volta a organizar as panelas. Quando acabamos, penduro o pano de prato e vou em direção da porta, mas a Eliza me chama.

-Michelle.- olho para ela.- Não seja dura com ele, aposto que ele não fez anda demais. Ele é completamente apaixonado por você.

Não respondo nada e saio da cozinha. Quando chego na sala, o Igor e a Nanda estavam lá, sentados cada um em um sofá aparentemente se ignorando.

-Que dor de cabeça infernal.- ouvi o Felipe dizer, enquanto descia as escadas.

-Tem analgésico na gaveta do armário da cozinha.- respondi, passando por ele feito um furacão. Mas antes que eu passasse, por ele. Ele me segurou o braço delicadamente.

-Você está chateada comigo? – ele perguntou com uma cara preocupada.
Olho para ele e sorrio, lembrando do que a Eliza me disse.

- Porque estaria chateada com você? Por você ter saído com os meninos, enchido a cara, enquanto uns montes de garotas davam mole para vocês? Enquanto vocês davam corda? - perguntei vendo o mesmo engolir em seco.- Imagina querido.

-Serio? - ele pergunta confuso.

-Serio. Acredite, nem por um segundo essa madrugada eu pensei em esfolar você, ou em maneiras de esganar vocês de diversas formas possíveis. Até porque, eu confio em você.

-Michelle, você está passando mal? – ele pergunta fazendo uma careta.

-Não querido. Nunca estive melhor.- respondi sorrindo que nem uma víbora e subi degrau por degrau, até o meu quarto.

Precisava preparar o campo, por que a brincadeira só estava começando. E não pensem por um segundo que o que a Elizinha me falou sobre o Felipe, me fez mudar de opinião, não. Aquilo só me deu mas vontade ainda de por meu plano em pratica, eu não passei essa noite praticamente em claro, para pôr tudo a perder. Chega de bancar a Michelle desiquilibrada, ta na hora de por meu nome pra jogo.
E sim. Eu sei que o Felipe é apaixonado por mim. Mas ele também tem que se lembrar o quanto eu sou apaixonada por ele, e que ele deve ser merecedor de toda essa paixão. Não existe relacionamento sem confiança. E foi por isso que eu decidi, amenizar todo o meu ciúme. Mas vale lembrar, que ele também me deve provas, de que posso confiar nele. De olhos fechados.

Clarie

Abri os olhos sentindo um leve peso em minha cintura. Olhei para baixo assustada, e encontrei um braço. Levantei, e dei de cara com o Guto babando no meu travesseiro.

-Como você veio parar aqui? - perguntei para ninguém ne? Já que o Augusto estava roncando no meu travesseiro.

Tentei levantar, mas ele me puxou com mais força me fazendo deitar de novo. Empurrei ele um pouco e tentei novamente levantar mas dessa vez, ele me agarrou com tanta força, que quando eu caí de novo na cama, a mesma chega rangeu.

-Será que dá para você me soltar? Ainda estou brava com você.- falei baixinho, ouvindo o som da respiração leve dele.

Suspirei baixo, vendo que ele não ia me largar tão cedo, e me aconcheguei um pouco nos braços dele. Ele tem um cheiro tão bom, e gostoso. Porque esse idiota tem que cheirar tão bem? Sorri de leve e comecei a fazer um cafuné nele. E acho que no meio disso acabei agarrando no sono.

Continua...

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