A República

65° Capítulo

Capítulo novo, aproveitem a leitura, comentem se estão gostando.
Não revisei ainda, porque quis postar logo para vocês. Beijos🍭🍮❤

Michelle

-Senhorita Montenegro, pode me explicar o que foi que aconteceu no corredor? -Perguntou a diretora.
-Está me perguntando porque? Aposto que os seus mandachuvas já te contaram tudo.- respondi tentando controlar a acidez em minha voz.

-Sim, os inspetores, já me contaram a versão deles. mas eu gostaria de descobrir a sua versão. - Ela disse se apoiando na própria mesa, ficando de frente para mim.

-E isso importa? - perguntei encarando ela.

Ela suspirou, enquanto mexia o liquido quente em sua xícara.

-Sabe Michelle, quando eu tinha a sua idade eu era igualzinha a você.

-Era bonita e popular?- perguntei debochada.

-Briguenta, encrenqueira, cabeça quente.. e também bonita e popular. - ela disse sarcástica. -Mas esse não é o ponto, o ponto é, que eu te entendo.

-Se você pretende ser minha amiga, saiba que não estou interessada. Já tenho amigas demais.- respondi ignorando o olhar incrédulo dela.

-Não quero ser sua amiga, só quero te ajudar. - respondeu.

-Também não preciso de uma psicologa. Minha mãe paga um psicanalista para mim.- Digo e acrescento sussurrando. - Muito gato ele inclusive.

-Deixa de deboche menina.- ela diz entre dentes e eu dou um sorrisinho satisfeito para ela.

- Então para com o papo de boa samaritana, nós sabemos que você não quer me ajudar, só quer que eu fale para o Tio Rick o quanto você é um amor de pessoa. E como você me ajudou, após eu brigar com umas três garotas diferentes no corredor, porque magicamente apareceu uma tumba no meu armário e eu não sei quem foi o maníaco suicida que fez isso. - digo sem parar para respirar.

-Não preciso que fale bem de mim. E tem razão, não sou boa. Então não venha bancando a adolescente descolada para cima de mim, porque te digo, você não é. Você não sabe nada sobre mim, e eu não estou aqui para facilitar a sua vida. - disse alterando a voz, antes de jogar uma advertência em cima da mesa.- Pode sair da minha sala.

Levantei da cadeira onde estava sentada, peguei a advertência, e lancei meu melhor sorriso para ela que me ignorou, e sai da sala.
Assim que fiquei fora da sua vista embolei a advertência e joguei no primeiro balde de lixo que cruzou meu caminho.

Ai ai Cassandra, você também não sabe nada sobre mim.

Nanda

Assim que cheguei em casa, corri para o meu quarto. Tudo o que eu queria era me enfiar em baixo dos meus lençóis e só sair de lá quando todo mundo esquece-se essa situação.
Vesti meu melhor pijama, o de unicórnio e deitei na minha caminha quente.
Dormi a tarde toda, e quando acordei a lua já estava no céu.
Levantei, fui ao banheiro e escovei os dentes. Quando acabei troquei de roupa e sentei na cama, olhando as mensagens no meu celular. Abri o whats, e logo vi que tinha mensagens da vovó Meg.

Ao ler as mensagens fiquei um pouco apreensiva, sobre a vovó ter sentindo uma senção estranha. Isso nunca é um bom sinal. A vovó Meg é meio cigana, então ela possui algumas culturas sensitivas e passou um pouco de sua cultura para mim. Então sei o bastante para saber que devo lhe fazer uma visita.
Fechei a conversa com a vovó, e vi que tinha acabado de chegar uma mensagem nova do Igor.

Respondi, e encerrei a conversa. Senti minhas bochechas esquentaram, posso apostar que estou toda vermelha. Suspirei e levantei da cama. Saí do quando e quando desci, estavam todos no andar de baixo sentados na mesa me esperando.

-Apareceu a margarida. - brincou Lipe sorrindo para mim. Devolvi o sorriso. E sentei em um lugar vago ao lado do Igor.

-Alguém já estava ficando desesperado. -Guto falou apontando para o Igor, olhei para ele que já estava ficando vermelho. E Felipe caiu na gargalhada.

-Ignora eles. - Igor respondeu.

-Estavamos te esperando para comer.- Eliza disse sorrindo e me entregando um prato vazio.

-Não precisavam me esperar para comer. - falei.

-Eu disse justamente isso. -Lucas respondeu indignado.

-Cala a boca Lucas. - Clarie respondeu.

-É. Cala a boca Lucas. - Michelle brincou dando uma cotovelada nele.

-Ai merda. - resmungou e rimos.

O Tio Rick, trouxe a ultima travessa do jantar e sentou na mesa. E logo comecamos a comer. Por incrível que apareça, apesar do dia ter sido horrível na escola o clima estava ótimo. Rimos, brincamos comemos. Tudo estava bem demais. Mas como nada por aqui é perfeito.

-Michelle, você gostaria de me falar sobre algo que aconteceu na escola hoje?- Tio Rick começou fazendo todos nós pararmos de comer.

-Não acredito que ela já bateu para você.- a Mi respondeu indignada.

-É meu papel saber o que passa com cada um de vocês Michelle.

-Olha Rick, eu te respeito e respeito muito. E espero que me respeite também, não quero conversar sobre isso. Foi bobagem, só me alterei pela situação, nada demais. Ta ok?

-Tudo bem. Se sentir que deve falar, é só chamar.- ele disse e ela concordou com a cabeça.

-Obrigada!!

E assim, terminamos de jantar em um silêncio absurdo. Mas antes que tpdos levantassem, lembrei da mensagem da vovó Meg.

-Gente, eu tenho uma proposta para vocês. IRRECUSÁVEL. - Falei sorrindo de orelha a orelha.

Continua...