[...] nenhum rapaz encantador vestido de terno apareceu [...]
No quarto dia de passeio e compras visitaram muitas lojas, ate mesmo a cara e mundialmente conhecida Victor Hugo, compraram uma bolsa cada. Desta vez elas estavam de carro, então era mais rápido e prático visitar as lojas e outros pontos turísticos, e isso seria diferente caso fossem de ônibus. Kate e Michelle estavam mortas de fome, mas Natasha queria continuar o passeio:
- Ah! Por favor, Nat nós estamos cansadas e com fome, será que podemos ir para casa? Depois voltamos – Mich choramingou.
- É! Eu preciso comer alguma coisa, passamos a manhã toda andando, e a única coisa que coloquei na boca depois do café foi uma bala de menta
- Olha! Eu não estou com fome, e quero continuar, por que vocês não vão para casa? Eu vou depois.
- Ta louca? Você não sabe andar por aí sozinha – Kate discordou.
- Não se preocupe, eu sei qual o ônibus que eu tenho que pegar, e qualquer coisa eu pego um taxi, sua tia me ensinou a falar francês para pegar um.
- Tem certeza? - Mich perguntou.
- Tenho sim, eu quero muito ver o jardim Tuileries, é aqui perto – Apontou para o caminho certo.
- Ta tudo bem, mas fica o tempo todo com o celular na bolsa, se não souber voltar me liga que eu venho correndo – Michelle apontou para ela e fez sua expressão séria de "é melhor fazer o que estou mandando".
- Tá pode deixar – Ergueu o celular balançando-o. Ela entregou suas compras a amiga e seguiu para o lado oposto a elas.
De fato como ela disse, o jardim estava bem próximo, mas também antes dele tinha o exuberante e luxuoso Hotel Shangri-la. Ela já tinha ouvido falar desse maravilhoso hotel e também como era caro, apenas os mega-empresários tinham dinheiro o suficiente para se hospedar aí. Ela passou perto de um restaurante café e notou como estava com sede, sua garganta estava seca, então decidiu comprar água. Entrou no local e nem reparou nas pessoas ao redor seguiu direto ate o balcão.
- Nós precisamos de inovação, nada de fotos simples na areia ou sob um guarda sol, é verão uma das mais importantes estações para lançamento de roupas ou qualquer outro tipo de moda que enlouquece não só as mulheres, e é por isso que nessa próxima edição eu quero mulheres sexys – Ele olhou para um homem careca e todo estiloso ao seu lado e virou o tablet para ele – Aqui, as fotos das mulheres que você mandou não são o que eu quero, elas são lindas, mas não sexys, e é isso o que eu quero. Você consegue achar garotas assim?
- É claro, quando eu voltar para Nova York vou pessoalmente a agencia de modelos que sempre nos envia as melhores modelos
- Ótimo, faça isso, estou contando com você. Bom e vocês dois – Olhou para a moça a sua frente com óculos quadrado e compatível com seu rosto, o cabelo preso em um rabo de cavalo, usava um vestido social rosa claro e salto alto combinando. O rapaz ao lado tinha um corte de cabelo repicado charmoso, usava uma calça jeans desbotada, tênis branco, uma blusa branca e uma jaqueta preta. Todos na mesa estavam muito bem arrumados – Eu quero que tratem de escolher um local adequado para a sessão de fotos e as roupas que usarão.
- É claro, nós cuidaremos de tudo – A moça respondeu anotando em seu bloquinho.
- E quanto à matéria?
- Eu quero que ligue para o Carter e informem o tema quando tiverem escolhido claro, e diga que ele ficará responsável por essa matéria, quero agilidade nisso.
- Pode deixar – O rapaz respondeu.
- Muito bem, por enquanto é só – Ele suspirou ajeitando- se na cadeira.
- Certo, então nós vamos indo – O careca falou já levantando da cadeira, os outros dois fizeram o mesmo, despediram-se e saíram do restaurante.
- Ai! Estou quebrado, acho que vou voltar para o hotel – Ele tirou a carteira do bolso e deixou o dinheiro na mesa. Estava com a cabeça lotada de trabalho e tinha de resolver tudo. Quando levantou empurrou para trás com as pernas a cadeira e tudo o que viu foi que acertou uma moça.
Natasha tinha acabado de pegar e pagar sua garrafa de água, e mais do que as pressas abriu e começou a beber enquanto seguia para a saída, mas do nada foi pega de surpresa por uma cadeira que bateu em seu quadril e fez com que a garrafa de água em sua mão caísse no chão, ela deu um passo à frente tentando se equilibrar em pé, mas pisou na poça de água que caiu da garrafa, desequilibrou e caiu batendo a cabeça em um vaso de planta que tinha os pés em forma redemoinho. Desmaiou.
Ele arregalou os olhos assustado com o que havia provocado:
- Oh! Meu Deus – Correu para socorre-la. Ela estava de bruços e imóvel – Eu não acredito como sou desastrado – Muitos vieram para ajudar também.
- Vamos vira-la com cuidado – Um senhor se abaixou segurando um dos braços.
- Certo – O rapaz e mais outros dois a viraram, deixando em uma posição mais confortável. Ela estava com o rosto virado para o lado e o cabelo cobria tudo.
- Vou ligar para uma ambulância – O garçom informou, mas de repente ela gemeu.
- Não, espere, acho que ela está voltando a si – O jovem falou. Mas ela não abriu os olhos ou se mexeu.
- Quem é ela? – Alguém perguntou baixo.
O rapaz virou com cuidado o rosto dela e empurrou o cabelo para o lado, e ao reconhecer quem era não sabia se ficava surpreso e contente, ou se ria por tê-la encontrado novamente em um acidente:
- Você – Sussurrou.
- Vamos leva-la a um hospital – Um dos clientes falou.
- Não será necessário, eu vou leva-la ate meu hotel lá eu tenho um amigo médico, será melhor
- O senhor tem certeza?
- Tenho, eu causei o acidente eu cuido dela
- Já que insiste
- Certo, meu hotel é aqui ao lado – Ele carregou ela no colo e com a ajuda das pessoas lá presente, abriram a porta para ele sair.
O hotel era bem perto, apenas cinco minutos do restaurante. Assim que adentrou o grande salão de entrada ele não parou de andar, mas pediu ao gerente:
- Por favor, chame doutor Pietro, diga para ir urgente ao meu quarto – O elevador estava à espera dele.
- Pode deixar senhor Harris – De imediato o homem pegou o telefone e discou o número para o quarto do doutor.
O quarto dele ficava no terceiro andar, então chegaram rapidamente. O rapaz responsável pelos controles do elevador o ajudou a abrir a porta:
- Obrigado – Entrou com ela.
- De nada senhor – Fechou a porta. Ele a colocou com cuidado na cama, tirou os sapatos e deixou ao lado. Ele tirou o próprio casaco e o pendurou, suspendeu as mangas da camisa e de repente alguém bateu na porta.
- Deve ser o Pietro – Correu ate a porta, e quando abriu um homem de meia idade, cabelos loiros desbotados, um pouco barrigudo, pele branca e olhos azuis profundos, um típico francês – Pietro ainda bem, venha.
- O que houve? Disseram que tinha urgência – Ele entrou no quarto trazendo consigo sua maleta preta.
- Eu derrubei uma garota e ela bateu a cabeça no pé de um vaso – Ele guiou com pressa o doutor ate a cama.
- E como isso aconteceu? – Perguntou achando inacreditável o ocorrido. Pegou o pulso dela.
- Bem eu não vi quando ela vinha passando por trás, eu levantei e empurrei a cadeira para trás, a garrafa de água que estava na mão dela caiu molhou todo o chão, e ela deslizou e caiu.
- Há! Há! Há! John esse tipo de coisa sempre acontece com você, era desastrado desde criança
- Eu melhorei, mas confesso que é a segunda vez que derrubo essa garota, estou achando que é carma
- Ou destino – Falou sem perceber.
- Destino? – Cruzou os braços estreitando as sobrancelhas fitando o médico.
- Certas coisas, ou... Acidentes – Enfatizou olhando para ela – Quando acontecem mais de uma vez com a mesma pessoa é porque é algo que a vida quer lhe mostrar.
- Hunf! Eu não acredito muito nisso
- E médicos tem uma constante rixa com a religião e o início do mundo, mas mesmo assim vemos médicos indo à igreja e agradecendo por seus feitos, realizações, e pedindo proteção a sua família.
- O que isso quer dizer?
- Depende do ponto de vista de quem o entende – Pegou um curativo e colocou sobre o arranhão na testa dela.
- E qual seria o seu?
- A vida é um circulo você sempre vai voltar ao mesmo ponto e tem a chance de consertar seu erro, muitos farão do mesmo jeito e outros aprenderão e então fecharão um circulo para abrir outro melhor
- E isso é?
- Destino
- Não acho que destino seja isso
- Há muitas formas de se interpretar o destino – Pegou o ultimo equipamento de sua bolsa para examina-la – Cabe a você decidir qual será.
- Você é muito filosófico Pietro – Falou sorrindo.
- Tenho 60 anos, em todo esse tempo tive de aprender alguma coisa para ajudar meus filhos, netos e amigos.
- Há! Há! Sei
- Muito bem, eu já terminei – Ele guardou seus equipamentos e ficou de pé – Não se preocupe, ela não bateu com força a cabeça, arranhou, mas eu já limpei e coloquei um curativo em cima, vai ficar um pouco roxo e inchado, mas você entrega essa pomada para ela passar em cima e logo vai sumir, e ela também pode acordar com dor de cabeça dê essas pílulas para ela tomar – Entregou as duas caixas para o rapaz.
- Está certo eu vou fazer tudo certo – Sorriu de canto.
- Mais uma coisa, quando ela acordar não a deixe sair sem antes comer alguma coisa, e muito menos ir sozinha, ela vai estar tonta por causa da pancada e não queremos outro desastre não eh?!
- Pode deixar. Eu te acompanho – John levou o médico ate a porta e a abriu – Obrigado por vir.
- Tudo bem – Pietro segurou a porta e antes de sair olhou para o moreno e perguntou – Só uma coisa, por que não a levou direto para o hospital em vez disso trouxe-a para cá?
- Hmm?... Eu só achei que seria melhor mais confortável para ela ser atendida aqui – Deu de ombros um pouco sem jeito.
- Há! Há! Há! Entendi – Sua risada era grossa, mas cansada. Ele saiu do quarto rindo – Tenha cuidado John... Ou não tenha, talvez isso seja bom.
- Ah como assim?
- Nada, apenas relaxe – Brincou.
- Arg! Pietro e suas citações – Balançou a cabeça e fechou a porta. Caminhou de volta para perto da cama, deixou os remédios sobre o criado. Ele virou o rosto para o lado e a observou dormindo tranquilamente, e a mesma sensação que se deu no primeiro "encontro" tornou a aparecer agora, toca-la, um instinto de proteção forte, preocupação tomando conta de sua tranquilidade, vontade de curar todos os machucados dela, reconforta-la e... Beijar. Ele balançou a cabeça tentando expulsar esses sentimentos, mas de nada adiantou – Ah! John o que você está fazendo? Isso pode se complicar.
Ela gemeu e virou o rosto para o lado, na direção dele, e o mesmo ficou ainda mais admirado. Ele era pego nos encantos dela sem nem perceber. Sentou na cama e com receio tocou o rosto da jovem:
- Ela é tão linda – Deslizou suavemente seus dedos sobre a bochecha dela – Nunca vi beleza igual – Pendeu a cabeça para o lado – Eu não consegui te tirar da cabeça desde aquele dia, e para falar a verdade não faço ideia do por que!
Ele esboçou um ligeiro sorriso. Voltou sua atenção para a blusa da jovem que estava toda molhada, olhou para o seu guarda roupa cogitando a ideia. Voltou a olhar para ela, suspirou e pressionou os lábios.Continua...
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Simply, I love you
Любовные романыO que acontece em Paris deve ser levado para a vida toda. O que você faria se, literalmente, esbarrasse no amor da sua vida na cidade mais romântica do mundo? Natasha Donovan tinha acabado de se formar em Publicidade, e ganhou de seus pais como pres...