Lua de mel

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[...] tomou os lábios dela em um beijo apaixonado. [...]

Natasha olhou pela janela do jatinho quando o aeroporto sumiu de sua vista, Phillip foi a para a cabine do piloto e não voltou mais, John entrou no quarto e também não voltou. Natasha foi atrás de seu marido. Fechou a porta assim que entrou:
- John? – Chamou quando não o viu.
- Oi – Ele saiu do banheiro enquanto enxugava as mãos.
- Amor para onde estamos indo?
- Você saberá quando estivermos perto, mas vai demorar um pouco
- Por favor, eu quero saber. Você sabe que sou curiosa.
- Eu sei, mas não quero estragar a surpresa. – Se aproximou dela a passos lentos e a puxou pela cintura.
- Eu vou ficar surpresa de qualquer forma. – Fez beicinho tentando convence-lo a dizer.
- Não adianta, não direi nada
- Mas... John é nossa lua de mel e você está sendo mal comigo
- Só um pouquinho – Deu um beijinho no nariz dela – Minha linda serão poucas horas.
- Aah! São horas... – Vendo que nenhum argumento seria bom o suficiente para faze-lo falar, ela desistiu – Tá tudo bem. – Bufou.
John pressionou seus dedos contra o corpo dela sentindo a renda por debaixo do vestido dela, e quanto mais tocava mais decifrava qual lingerie ela estava usando. Com certeza era um espartilho, e por seu vestido ser branco, então a peça também era, já que não aparecia contra o tecido:
- Eu quero ver o que está vestindo aqui embaixo – Ele deslizou suas mãos pelo alto das coxas dela invadindo seu vestido, sentiu a liga perna de renda – Eu tenho que tirar isso.
- Você tem? – Perguntou erguendo uma sobrancelha.
- Sim – Beijou o ombro dela, subiu mais suas mãos sentindo a lateral da calcinha e os delicados folhos do espartilho tocando a costa da sua mão.
- Engraçado, eu não penso assim.
- Hmm?
- Acho que vou esperar ate chegarmos para deixar você tirar tudo isso – Apontou para seu corpo.
John afastou seu rosto do pescoço dela para olha-la nos olhos:
- O que? Ta brincando neh?
- Não, nem um pouco. Quando chegarmos ao tal lugar eu deixo você fazer o que quer. Ate lá, não faremos nada, a não ser deitar e dormir um pouco. – Ela se virou com a intenção de ir embora.
- Mas nem pensar – Ele a puxou, batendo a costa dela contra seu peito – Eu não vou esperar todo esse tempo – Segurou a barra do vestido dela apertando em suas mãos.
- Vai sim. Você é mal comigo, então eu serei má com você
- Mas minha linda, eu fiquei sem você durante toda a semana
- E conseguirá ficar por mais algumas horas – Tentou se soltar dos braços dele, mas foi em vão.
- Não, eu quero você – Arrastou suas mãos por debaixo do vestido dela tocando seu espartilho. Desceu seus dedos para o limite da calcinha dela e lentamente seguiram o caminho para o meio.
- Não, John... Não – Não conseguiu conter um gemido quando ele a tocou.
- Você me quer também – Sorriu mordiscando a ponta da sua orelha.
- É claro que quero, mas... – Segurou os pulsos dele e o empurrou conseguindo se livrar de seus braços – Você foi mal.
- Nat... Mas é para ser uma surpresa – Ele passou as mãos pelo cabelo exasperado.
- Ótimo, então minha lingerie também será uma surpresa para você
- Mas eu só quero ser romântico
- Eu também
- Não, o que você quer ser é vingativa
- Também – Cruzou os braços.
- Você não vai me rejeitar, não se eu convencer você, e eu sei muito bem como fazer isso – Lentamente ele começou a andar até ela.
Natasha se afastou, indo para trás:
- Não, John... Não – Gritou e começou a correr pelo quarto. John se esticou para pega-la, mas a morena se encolheu e pulou na cama indo para o outro lado. Por pouco conseguiu se esquivar outra vez dele e correu para o banheiro se trancando.
John tentou abrir a porta e vendo que estava trancada começou a bater:
- Isso é serio? Você vai se esconder aí?
- Vou – Ela segurava a maçaneta e ria sem parar.
- Natasha, por favor, isso é maluquice. Abre
- Não vou abrir
- Você é minha esposa, mal começamos a nossa lua de mel e você quer fazer greve?
- São só por algumas horas... A propósito são quantas horas de viagem?
- Quase oito
Ela arregalou os olhos e seu queixo caiu:
- Tudo isso?
- Sim.
- Estamos indo para a Suíça por acaso?
- Não, mas de toda forma cruzaremos o pacífico
- Mas...
- Por favor, minha linda, abra a porta, venha para mim.
- Err... – Mordeu o lábio.
- Você não vai aguentar esperar ate chegarmos, assim como eu.
- Então me diga para onde estamos indo
- Arg! Eu já disse que não vou dizer, é uma surpresa, confie em mim você vai adorar
- Sendo assim, só faremos amor quando chegarmos
- Arrg! Meu Deus que mulher teimosa
- É só me dizer e então eu abro a porta e me jogo nos seus braços
Ela pôde escutar John rosnar e ate se afastar da porta. Ele estava certo em uma coisa, com certeza sabia como convence-la a se entregar, assim como ela também sabia que se ele fizesse isso teria se entregado sem muita resistência, mas sua curiosidade era maior, queria saber para onde estavam indo, e como ele estava sendo mal, ela aguentaria os protestos do seu corpo e não se entregaria:
- Você vai ficar aí a viagem toda?
- Se for preciso
- Hunf – Ele suspirou em derrota – Ta! Saia daí, vamos deitar.
- Você não vai mesmo me contar?
- Não, então é melhor sair, eu prometo que não farei nada
- Eu não acredito – Ela abriu a porta e olhou para ele como se não estivesse acreditando no que acabara de dizer – Então manter segredo é mais importante do que dormir com sua esposa?
- Vai por mim, você vai gostar – Ele virou de costas voltando para a cama – Assim que ver a cidade vai me agradecer e a recompensa que receberei valerá a pena.
Natasha respirou fundo erguendo o queixo com determinação:
- Tá, tudo bem, se quer assim, esperaremos.
- Ok
Ela tirou seus sapatos e deitou na cama. John puxou o ar e disse:
- Quer saber, eu vou tomar banho – Foi para o banheiro.
Natasha fez beicinho e pegou o travesseiro abraçando-o. Gemeu de frustração:
- Que droga – Enfiou o rosto no travesseiro.
Ela estava quase dormindo quando John voltou já com a roupa trocada e se deitou ao lado dela:
- Hmm – Ela gemeu.
- Ainda vai continuar com a greve?
- Sim
- Ok! Então vamos dormir
De repente alguém bateu na porta. John se lançou para fora da cama para ver quem era:
- Desculpe por interrompe-los senhor – Mesmo não vendo seu rosto Natasha pôde notar o constrangimento na voz dele.
- Não se preocupe Phil, nós estávamos nos preparando para dormir
Phillip franziu as sobrancelhas achando estranho a situação, mas em uma fração de segundos se recompôs:
- O piloto só queria lhe informar sobre nossas paradas
- Ah sim, vamos lá – John não deu tempo para Phillip continuar, e o empurrou para fora do quarto fechando a porta.
- Algum problema senhor?
- Natasha está brava porque não quero dizer aonde estamos indo. É uma surpresa, mas sua curiosidade não entende isso. – Ele respondeu mostrando um sorriso e balançando a cabeça.
- Oh – Phillip tentou segurar, mas a risada escapou.
- Então tudo o que faremos é dormir
- Sinto muito senhor
- Tudo bem, não é como se não estivesse acostumado com as atitudes drásticas dela
- Eu entendo
- Bom o que queria me dizer.
- Ah sim! – Phil mostrou o papel em sua mão e começou a explicar.

Simply, I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora