Brincadeiras

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[...] Naya se acabou em lágrimas e caiu sentada no chão totalmente desolada. [...]

De manhã cedo Ethan estava um caco, não dormiu quase nada, ficava revirando na cama inquieto relembrando tudo o que acontecera, teve de desligar o celular para não receber mais as mensagens e as ligações de Naya, era um péssimo momento para conversarem. Na hora do almoço Ethan foi para agência, seu trabalho ficava próximo ao de Naya e era muito provável que depois da insistência em falar com ele pelo celular ela iria espera-lo sair em seu intervalo, pensando nisso ele seguiu direto para a garagem e pegou seu carro seguindo rumo a agência, precisava falar com sua irmã.
Quando chegou Natasha estava saindo:
- Nat – A chamou se aproximando.
- Ethan? Oi, o que faz aqui?
- Será que podemos conversar? Isso é, se não estiver ocupada.
- Eu ia almoçar com John, mas ligo para desmarcar
- Obrigado
- Vem, vamos a um restaurante italiano aqui perto, eu sei o quanto adora comida italiana.
- Sinceramente, não estou com fome – Ofereceu seu braço e a mesma segurou.
- Hmm! Então a coisa é séria.
- Sim – Ele suspirou.
O restaurante ficava a duas quadras dali, e mesmo o cheiro delicioso da comida não foi capaz de arrancar um sorriso prazeroso dos lábios de Ethan, ele estava com um humor fúnebre. Assim que foram levados a sua mesa e sentaram Nat logo perguntou:
- O que houve?
- Eu e Naya brigamos
- O que? Por quê?
- Sobre o assunto que conversamos ontem, atenção. Eu fui a casa dela com a intenção de conversar numa boa, sentar e chegar a um acordo, uma solução, mas quando eu disse que precisava falar, ela simplesmente me ignorou, dizendo que naquele momento não podia porque estava atrasada para ir ate o bar ajudar o Cesar... Eu não aguentei e... Acabei explodindo. Cheguei ao meu limite. – Ethan passou as mãos no cabelo exasperado e recostou a costa na cadeira.
- Nossa! Eu sinto muito
- Eu disse que se não encontrássemos uma solução para isso o melhor era nos separarmos.
- E o que ela respondeu?
- Disse que poderíamos mudar isso, e que seria melhor nós conversarmos, mas eu estava tão irritado que apenas a ignorei e sai dali.
- Ah Ethan...
- Eu preciso esfriar minha cabeça. Minha namorada trabalha durante os três turnos e esquece completamente de mim... No começo eu não me importei, porque achei que isso iria deixar ela chateada e preocupada, mas quando percebi que o problema persistia foi impossível continuar aguentando.
- Eu entendo, e não vou julga-lo pela decisão que tomou, acho que teria feito à mesma coisa no seu lugar, isso não está certo – Natasha suspirou pensando em como poderia ajudar o irmão. Foi então que uma ideia lhe ocorreu – Ouça eu e John iremos para Paris amanhã, por que não vem junto?
- Ir para Paris? – Perguntou surpreso.
- Sim. Ficaremos no máximo uma semana, é tempo suficiente para os dois refletirem e esfriarem a cabeça. Vocês precisam de um tempo, devem pensar com calma a respeito disso tudo e tomar uma decisão sobre o futuro da relação dos dois.
Ethan coçou o queixo pensando na proposta da irmã. De fato essa viagem viria em boa hora, ele queria ficar longe da Naya e esfriar a cabeça, e nada seria melhor do que Paris, que ficava do outro lado do mundo, mais longe que isso, só indo para o Japão:
- É, acho que vou aceitar sua oferta. Eu soube que o diretor da empresa está interessado na reforma de um antigo hotel em Paris, acho que posso me encarregar de dar uma olhada no prédio. Assim também me distraio com o trabalho.
- Perfeito, então estamos combinados. Prepare sua mala, iremos amanhã no jatinho do John, eu vou confirmar o horário e digo a você.
- Tudo bem – Ethan esticou-se sobre a mesa pegando as mãos dela – Você é a melhor Nat, eu te amo muito.
- Também amo você – Sorriu.
- Oh! Mais que belo casal – Um senhor se aproximou dos dois com uma câmera na mão, e tinha um sorriso caloroso no rosto – Se incomodariam se eu tirasse uma foto dos dois? É que sempre que um casal vem ate o restaurante nós pedimos para bater uma foto e pendurar no mural – O senhor apontou para a parede oposta a eles que continha centenas de fotos de casais em diversos jeitos, se beijando, com olhar apaixonado, segurando na mão – Minha esposa acredita que isso inspira as pessoas a se apaixonarem.
- Isso é muito romântico da parte de vocês – Natasha falou.
- Sim – Ele voltou o rosto para os dois – Eu vi vocês conversando e quando cheguei perto escutei quando ele se declarou.
Natasha e Ethan se entreolharam conseguindo com esforço conter uma gigantesca risada. O objetivo do senhor era bonito e com um bom propósito, tentar espalhar o máximo de amor possível a todos os seus clientes, isso deveria ser respeitado:
- Sim, ele é um homem muito romântico – Nat passou sua mão sobre a dele esfregando ate o pulso e voltando.
- Você tem muita sorte de tê-la em sua vida meu rapaz – Ele tocou o ombro de Ethan.
- Eu digo isso todo dia a ela, que foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida – Encenou um olhar apaixonado para ela.
- Há quanto tempo estão juntos?
- Há 25 anos – Natasha respondeu, o ano correspondia a sua idade.
O senhor ficou de queixo caído, e parecia não acreditar no tempo, pois alternava o olhar entre os dois tentando entender como era possível:
- Não se deixe enganar com nossas aparências, não somo tão jovens e também nem tão velhos – Ethan respondeu.
- Nos conhecemos desde a infância, sempre estivemos juntos
- Oh entendi. Isso é lindo, um amor de infância que conseguiu sobreviver ao tempo
- Com certeza – Ethan respondeu mostrando um grande sorriso.
- Ele é o homem da minha vida, o que posso fazer?! – Ela deu de ombros jogando um beijinho para ele.
- Vocês têm filhos?
- Ainda não – Ela disse.
- Mas estamos trabalhando nisso, logo virá – Ethan piscou e sentiu quando ela o chutou na canela.
- Está certo, ainda são jovens, aproveitem bem o amor de vocês – O senhor ergueu a câmera pedindo permissão, e os dois concordaram. Eles entrelaçaram suas mãos e Natasha se esticou dando um beijo na bochecha dele – Ficou ótimo. Nossa, vocês são tão parecidos que poderia dizer ate que são irmãos.
- Escutamos muito isso – Ethan disse como se não fosse nada importante.
- Bom eu desejo toda a felicidade aos dois, formam um belo casal. Desculpe por interrompe-los e obrigado pela foto.
- Não foi nada – Ela disse sorrindo.
- Ate mais – O senhor se despediu e foi embora. Quando sumiu da vista, os dois não aguentaram e caíram na gargalhada. Riram ate a barriga doer e os olhos lacrimejarem.
- Então meu homem lindo e maravilhoso arrume suas malas para uma semana
- Pode deixar mulher da minha vida a quem amo loucamente – Eles tornaram a rir.

De noite quando Natasha voltou para o apartamento encontrou um cachorrinho bem agitado. Sam corria de um lado para o outro atrás da sua bolinha. John e Sam (pessoa) passaram um bom tempo ensinando o cachorrinho a pegar a bola e levar ate o lançador novo de bolinhas para ser arremessada novamente. Deu certo. Sam corria atrás da sua bolinha, pegava e colocava dentro do lançador e quicava com as patinhas dianteiras ate acertar o botão para jogar sua bola e ir atrás. Era bem mais divertido para ele assim, pois não dependia dos adultos para poder brincar:
- Oi garoto – Ele nem lhe deu atenção e voltou para devolver a bolinha ao lançador – Há! Há! Há! Tudo bem, não vou atrapalhar.
Ela escutou uma música vinda do escritório, não estava alta, mas notou que era uma das músicas que John escutava quando estava malhando. Nat mordeu o lábio ao pensar em John se exercitando. Adorava assisti-lo. Ela largou a bolsa no sofá e correu para o escritório. Entrou na sala de piano e por fim abriu a porta, soltou um suspiro de prazer. John estava fazendo flexão na barra. Estava usando apenas uma calça deixando seu abdômen todo a mostra, assim como seus músculos que flexionavam quando puxava todo o seu corpo para cima. Ela tirou o casaco porque de repente sentiu calor e se aproximou da barra ao seu lado e esticou os braços dando um pulo para segura-la e ao mesmo momento que ele, começou a puxar todo seu corpo para cima. John que ainda não tinha notado a presença dela se espantou ao vê-la. Ele se soltou da barra:
- Nat? O que está fazendo? Não force seu braço – Antes de pega-la a mesma se soltou e bateu uma mão na outra como se estivesse limpando-as.
- Estou bem. Achei que você merecia uma competição justa
- Justa? – Ele pôs as mãos na cintura enquanto respirava cansado, seu peito subia e descia em uma doce tentação para ela.
- Sim. Confesso que não sou boa nas barras, mas em outro aparelho eu acho que posso competir com você.
- Há! Acha mesmo? Não acha que seria injusto competir com um homem? Digo, eu tenho mais força que você e sou acostumado a praticar todos esses exercícios desde adolescente.
- Eu não competiria se não tivesse certeza – Mas Natasha parou para pensar, ele tinha razão, não podia entrar em provas de força porque seria batalha perdida, John tinha três vezes o dobro da sua força, e fazia muito tempo que não praticava nenhum exercício, estava fora de forma. Perderia fácil. Mas então se lembrou de um esporte o qual ele não a venceria – Vamos lá grandão, estou pronta.
- Não, eu não vou deixar que faça tanto esforço, principalmente com seu braço
- Hmm – Ela meneou com a cabeça e levou as mãos ate os botões da sua camisa e começou a tira-los.
- O que está fazendo? – Ele não tirava os olhos das mãos dela, acompanhando todos os seus movimentos.
- Está quente, e não quero suar minha camisa – Ela tirou a peça de roupa pendurando no aparelho ao seu lado, revelando seu sutiã vermelho e seios que o preenchiam por completo.
John engoliu em seco sentindo todos seus músculos tremerem em antecipação:
- Não... Eu já disse... Não vou deixar que se esforce
- Hmm! É uma pena – Passou a mão no cabelo puxando para o lado cobrindo um de seus seios – Porque eu conheço um esporte o qual eu sempre levo a melhor sobre você. Exige esforço, mas não tanto como as barras.
John mordeu a língua e respirou fundo fazendo um esforço sobre humano para controlar seus instintos:
- E qual seria?
Natasha sorriu de canto com malícia e seus olhos ganharam expressões diferentes, mais provocantes, então piscou diversas vezes lançando seu feitiço sobre o pobre mortal a sua frente que não conseguiu ficar imune ao encanto. Ela deu um passo a frente e o puxou pelos laços desfeitos da calça. Olhou desejosa para aquele tórax bem a sua frente e decidiu ser um pouco mais atrevida. Lambeu o meio do seu peito ate o pescoço sentindo seu gosto salgado, o que só a deixou mais excitada. Assim como ele.
- Eu posso levar você a nocaute nessa modalidade – Sussurrou e mordeu seu queixo. Espalmou sua mão na costa dele e deslizou a ponta dos seus dedos ate chegar a sua nuca.
- Arg – Ele rosnou oferecendo a ela um melhor acesso a seu pescoço. Segurou a cintura dela tirando-a do chão passando suas pernas em volta do seu tronco.
Natasha riu enfiando sua outra mão em meio aos cabelos dele puxando-os para olhar em seus olhos:
- K.O – Ela mordeu o lábio inferior dele sorrindo vitoriosa.
- Você ganhou – John foi para o chão com ela desabotoando com pressa sua calça.
- Eu não consigo resistir quando vejo você malhando e todo suado assim – Ela esticou as pernas ajudando-o a tirar sua calça.
- Bom para mim – Cobriu o corpo dela com o seu e a tomou em um beijo selvagem e cheio de luxúria.

Continua...

Simply, I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora