[...] Ele veio ao mundo para pertencer ao dela. [...]
No outro dia John, Natasha, Ethan, Sam, Michelle, Jason e Raphael se encontraram em um bar a tarde apenas para jogar conversa fora. Estavam precisando disso. Era ótimo encontrar os amigos e falar sobre tudo e nada. Nat reparou quando uma mulher acenou e piscou para Ethan, e o irmão mostrou um sorrisinho de volta, e a mulher quase teve um desmaio com isso.
- Quantas mulheres vocês acham que o Ethan já teve? Sério em todos os lugares que vamos tem uma garota que joga charme ou vem graciosa e esperançosa falar sobre o passado e tentar revive-lo.
- Bom quando estudamos juntos, Ethan fazia um sucesso tremendo com as garotas – John respondeu.
- Sim, no ensino médio era tanta garota atrás desse cara que eu cansei de contar, as folhas do meu bloquinho não foram suficientes – Raphael falou em deboche.
- Nossa era nesses momentos que eu odiava ser a irmã dele. Era tanta menina me bajulando, andando colada, me pedindo o número de telefone dele, perguntava do que ele gostava, ia das perguntas comuns ate as mais estranhas. Arg! Eu odiava isso.
- Ei! Eu não tive culpa de nascer bonito, foi sorte – Deu de ombros pondo um bolinho de carne na boca.
- Ele ficava com quase todas que eram afins dele – Mich completou.
- É, mas também dispensou várias – Nat disse enfatizando o ponto.
- É! Lembra-se da Juliana? Ela chorou durante dois dias porque o Ethan a dispensou – Raph lembrou o episódio.
- Espera aí, tá eu não era santo e não ficava com todas, mas não agia como um cretino quando as dispensava. Eu sempre tentei fazer isso o mais cortês possível, justamente para não magoa-las.
- Discordo irmão, lembra a Naya Bennet?
- Oh – Ele ergueu as sobrancelhas e soltou o suspiro recostando-se novamente na cadeira. Com certeza era algo que ele ainda lembrava.
- Eu lembro dela – Michelle se pronunciou – Gente aquele dia foi horrível, eu fiquei com tanta dó dela.
- Pois é! Ethan a descartou só porque era gorda
- E nem era tanto assim – Mich respondeu olhando feio para Ethan.
- O que? Mas é claro que não. Esse negócio de peso nunca foi um problema para mim, eu já fiquei com uma garota assim, e ela era incrível.
- Então porque não aceitou a Naya quando ela se declarou? – Natasha perguntou olhando certo para o irmão.
- Porque eu não gostava dela
- Qual é Ethan! Você era o senhor popular do colégio, todos na sua sala zoavam com a Naya, eu admito que apesar da sua popularidade você não era do tipo filhinho de papai que se achava melhor que os outros, tratava todos como igual, mas poxa, a garota já era motivo de chacota de muita gente, e fez a burrice de se apaixonar por você e piorou mais quando se declarou toda envergonhada na frente dos seus amigos. Todos riram da cara dela, e ate mesmo tiraram piadinhas.
- Eu e a Natasha estávamos lá e vimos tudo. Aquilo foi cruel, a menina queria se enterrar em algum lugar – Michelle falou irritada.
- Ei! Ei! Eu fui pego de surpreso, nem sabia que ela gostava de mim. Eu fiquei sem reação.
- É eu vi e deixou seus amigos desmoralizarem com ela – Sua irmã retrucou.
- Não foi bem assim. Depois que eu assimilei tudo aquilo eu conversei com ela.
- E o que disse? "Desculpe Naya, eu acho legal que você goste de mim, você é uma menina bacana, mas não temos nada a ver, e também tenho namorada, nós dois não íamos dar certo, espero que entenda. Ok? Tchau"
- E isso foi cruel? Eu tentei falar da maneira mais gentil
- Depois de tudo o que escutou dos idiotas dos seus amigos você ter falado aquilo com gentileza ou não nem adiantou mais, ela já estava morta de vergonha mesmo. Eu e a Mich corremos para tira-la de lá, passamos varias semanas andando com ela.
- Depois ela foi embora, saiu da escola e foi para outra cidade.
- Nossa! É serio que você causou tudo isso Ethan? – John perguntou um tanto surpreso.
- Não, eu não pedi para ela ir embora ou gostar de mim, eu só fui sincero, não sabia que ia magoa-la tanto. – Tentou se defender, faz tempo que ninguém o colocava de frente para os seus problemas. Depois que isso aconteceu Ethan mudou bastante seu comportamento em relação às mulheres, ficou mais maduro. De uma forma ou de outra Naya o ajudou bastante.
- Cara eu sabia que Ethan arrasava corações, mas pensei que fosse figurativamente – Jason disse também esboçando a mesma reação que John.
- Tá bom. Vamos parar. Aquilo foi um erro, eu deveria ter agido melhor com a Naya, não devia ter deixado meus amigos falarem tudo aquilo dela, eu admito, eu errei, e ate hoje me sinto culpado por tudo aquilo. É serio. Infelizmente é provável que nunca mais a veja para pedir desculpas.
- Pelo menos ele admite o erro – Nat deu de ombros. Todos exceto Ethan se abriram na risada, o rapaz estava chateado com toda aquela conversa, relembrar isso não era agradável para ele.
Depois de descontraírem o clima, Raphael puxou a próxima pauta:
- E então John, vocês se acertaram e agora todos estão curiosos para saber quando sai o pedido de casamento.
- Raphael – Nat quase deu um pulo da cadeira quando ele mencionou aquilo. Arregalou os olhos querendo matar o amigo.
- O que? Ele já se recuperou daquele trauma bobo, casar é o próximo passo.
- Hmm! É um assunto que posso pensar mais adiante – John respondeu bebendo sua cerveja direto da garrafa.
- Hii! Nat se eu fosse você já ia aguardando ansiosa o pedido. Se ele está dizendo que vai pensar é porque está maquinando a ideia desde já – Sam deu o toque apontando para ela.
- Viu só Nat, vai ser a senhora Harris – Raphael abriu os braços dando de ombros esboçando um sorrisinho.
John não podia negar que gostou de como seu sobrenome ficava atraente junto do nome dela. Senhora Natasha Harris. É, com certeza adorava a ideia, e sem a menor dúvida pensaria sobre o lance do casamento:
- Bom agora que o pedido de noivado já está quase certo, vamos ao próximo ponto. Filhos, vocês pensam em ter quantos? – Raphael continuou.
- Oh! Pelo amor de Deus, Raphael pare com isso – Natasha rebateu com raiva.
- Qual é! Não querem ter filhos? John tem trauma disso também?
Sam congelou no lugar quando escutou aquilo e olhou diretamente para o amigo esperando alguma faísca de possível catástrofe. Ate Natasha ficou tensa:
- Não, não tenho nenhum problema com isso. Meus pais foram muito amorosos comigo, sempre me trataram bem e me amaram. Não vejo porque não ter um filho – Pousou sua mão sobre a barriga da morena – Um dia vou querer meu bebê aqui dentro.
Natasha tinha parado de respirar no momento em que ele a tocou, e ficou de boca aberta com a declaração. Será que tinha escutado bem? Ele realmente queria ter filhos com ela? Ou era apenas uma pegadinha da sua cabeça de muito mau gosto? Nem Sam estava preparado para o que acabara de ouvir. É, com certeza isso foi uma reviravolta na história, eles pensaram. Nat soltou o ar quando notou que o estava prendendo, mas não conseguiu dizer nada. John apenas esboçou um sorriso cheio de carinho.
Parece que todos tinham tomado soro de paralisia, ninguém estava esperando essa resposta. Ethan soltou o ar e quebrou o silêncio:
- Bom isso foi tocante, tirando a parte em que um cara quer fazer um bebê na minha irmã e para isso precisa transar com ela, que é odioso saber disso.
- Há! Há! Há! Mas você terá um sobrinho lindo, imagina só. Sua irmã é linda e meu amigo gostoso aqui é um gato, agora pense como será o filho deles – Sam comentou rindo da expressão de desgosto do Ethan. – Você poderia exibir ele quando for passear, ir com ele no supermercado, mulheres adoram homens com bebês.
- É pensando por esse lado, se meu sobrinho puxasse ao tio com certeza seria um artigo a mais para ganhar mulheres.
- Oh! Pelo amor de Deus vocês já estão colocando o filho da Nat no meio das jogadas machistas de vocês. Por que não crescem? – Mich reclamou.
- Gente, por favor, vamos parar, estão falando de uma criança que nem existe – Natasha repeliu enrubescida.
- Mas vai ter – Raphael devolveu.
- Acho que esse assunto já deu – Nat passou a mão sobre a nuca olhando para o lado incomodada, não que estivesse se sentindo estranha por ela, mas sim por causa de John. Ele poderia ter falado tudo aquilo apenas para amansar Raphael, mas não prometeu que cumpriria, e isso a deixava louca.
John pousou a mão sobre a dela embaixo da mesa e sorriu ternamente, com esse simples gesto ela se sentiu mais leve.
- Nat eu já verifiquei nossas passagens e liguei para saber como está a casa e pedi que enviasse alguém para limpar. – Ethan falou limpando a boca com um guardanapo depois de sujar de molho.
- Ótimo! Nós temos que embarcar pelo menos dois dias antes
- Eu sei
- Como assim embarcar? Para onde vão? – John olhou para ela em busca de explicações.
- Oh! É, eu não contei a você, nós vamos para a Cidade do México no final do mês. Nós todos, ate lá Kate também já vai ter voltado e provavelmente vai também.
- E o que vão fazer lá?
- Comemorar o dia dos mortos
- O que?
- É uma tradição, fazemos isso desde pequenos, e é a melhor festa do mundo
- Dia dos mortos? – Ergueu uma sobrancelha em descrença.
- Sim, é incrível, não é como aqui ou em outros países que a pessoas se vestem de preto e vão com uma vela ate o túmulo chorar. Lá eles festejam os entes queridos, invadem as ruas fantasiados, fazem uma grande festa. Dia dos mortos não é visto como um dia triste para eles, mas sim um dia em que podem rever seus parentes falecidos.
- É você não tem ideia de como é legal. Eu e a Nat preparamos nossas fantasias desde o início do ano – Seu irmão disse cheio de entusiasmo.
- É tão legal. Eles fazem altares com arcos de flores e enchem de presentes e comidas, é como um portal que os mortos usam para vir para o mundo dos vivos e celebrar junto deles. É o único dia no ano que podem fazer isso.
- Nossa, isso parece ser bem divertido – Sam comentou alegre com a ideia.
- E quando ia me contar que ia viajar?
- Eu tinha esquecido completamente. Antes da nossa briga não estava preocupada com a viagem, e depois de tudo aquilo eu mais do que nunca queria ir para lá, e agora, bom eu ia contar ontem, mas você fez todas aquelas surpresas que acabei deixando para outra hora.
John olhava para ela como se estivesse absorvendo e entendendo toda aquela ideia, pensou nos pós e nos contra e chegou a uma conclusão. O cacete que ela ia sem ele, e ficariam separados por dias:
- Esqueça as passagens Ethan vocês vão comigo
- O que? – Ethan estreitou as sobrancelhas.
- Vão no meu jatinho. Não gastam nada e viajam com mais conforto.
- John... – Nat perdeu a fala.
- Ele é grande o suficiente para acomodar todos vocês – Ele virou o rosto para o amigo ao seu lado – Você vai querer ir também Sam?
- Eu já ouvi falar sobre essa festa na Cidade do México e pode contar que não perco essa por nada.
- Eu e o Jas vamos na frente, o aniversário da avó dele é daqui a alguns dias e ela pediu que fôssemos – Michelle falou pousando a mão sobre o braço do namorado.
- Então voltam com a gente – Nat respondeu.
- Sim, sim
- Dia dos mortos, Cidade do México aí vamos nós – Ethan levantou sua cerveja para o alto e todos os acompanharam com um grito de alegria.
Depois que deixaram Sam em casa seguiram para o apartamento, Nat estava passando cada vez mais tempo lá do que em sua casa, mas sabia que uma hora teria de voltar, mas se limitava a pensar nisso por enquanto. O que a deixou inquieta durante essas horas que passaram no bar foi a declaração de John sobre o casamento e filhos, ela se permitiu pensar nesse futuro, mas lembrava do passado e tudo aquilo que viveram e simplesmente esquecia todos esses sonhos. Prometeu a si mesma que não idealizaria mais nada, não ate que algo seja concreto e concluído. Olhava para o tráfego da janela do seu lado e tudo o que via eram borrões de luzes vermelhas e amarelas, os faróis estavam acesos e a noite caía rápido:
- Minha linda você não está aqui – John tocou sua mão em sua coxa – Em que está pensando?
- Hmm? – Virou o rosto para ele, ficou com vergonha de falar, mas sabia que John não a deixaria em paz ate dizer o que a estava incomodando. – Eu fiquei pensando sobre o que você disse.
- O que? – Voltou a olhar para o transito quando o sinal ficou verde.
- Você não precisava dizer aquilo apenas para o Raphael não pegar mais no seu pé. Eu sei que forcei os dois a fazerem as pazes, mas não tem a obrigação de aturar desaforos dele.
- E quem disse que eu falei aquilo apenas para o chato do seu amigo me deixar em paz?
- E não foi?
- Não. – Deu um sorrisinho de canto.
- Mas...
- Minha linda é claro que eu penso em me casar e ter filhos com você. Qual homem não pensaria nisso tendo você como mulher?!
- Mas e quanto a todos os seus traumas e suas objeções?
- Depois do que houve com a Lucy eu disse que não queria casar, mas nunca falei que não queria filhos.
- Oh! Eu achei que isso estava no pacote das rejeições
- Há! Há! Há! Pode contar que não está. Eu disse que não tenho nenhum motivo para não querer, meus pais me amaram muito, fui uma criança feliz e sem traumas.
- Um ponto a seu favor – Sorriu. Eles entraram na garagem do apartamento e estacionaram na vaga destinada a ele. Assim que desligou o carro e tirou o cinto, ele se virou para olhar ela.
- Minha linda eu sei que toda essa minha bagagem de coisas ruins foram à causa de você duvidar dos meus sentimentos, e acredite, quando me deixou tudo ficou mais claro, eu consegui enxergar o que estava na minha cara, mas não via. Eu amo você, e depois dessa semana eu me peguei pensando sobre o casamento, eu sei que estou me precipitando, nos conhecemos a mais tempo do que temos de namoro, mas é isso, eu realmente pensei em casar... Com você. E se isso não acontecer, pode ter certeza que teremos um filho, não abrirei mão disso.
- Há! Há! – Natasha estava corada, mas tirou seu cinto e passou os braços por trás da cabeça dele e o puxou para beija-lo.
Alguns dias se passaram depois daquela conversa...
- Amor eu estou preocupado, essa é a terceira vez que vomita hoje – John estava parado diante da porta fechada do banheiro.
- Eu acordei com enjoo, eu não lembro o que comi ontem à noite – Respondeu lá de dentro.
- Comida chinesa, nós pedimos. E hoje de manhã você nem se quer tocou no seu café, sentiu o cheiro e veio correndo para o banheiro.
- Nem me fala, só de lembrar o cheiro fico enjoada de novo
- Abra a porta
- Não, eu não quero que me veja colocando tudo para fora
- Que besteira, você está passando mal e não me quer por perto – Bateu na porta – Vamos abra. E devemos ir ao médico.
- Aqui, cheguei – Michelle adentrou o quarto carregando uma sacolinha da farmácia – Ela melhorou?
- Vomitou outra vez
- Droga! Nat eu trouxe o remédio. Saia.
A porta se abriu e uma Natasha completamente pálida e o cabelo preso no alto da cabeça surgiu:
- Graças a Deus, não aguento mais isso – Pegou a sacola e a abriu para pegar o remédio, mas uma caixa chamou bastante sua atenção. Tirou de dentro e leu o que estava escrito e virou para a amiga – Um teste de gravidez? – Perguntou estupefata.
- Eu sou uma pessoa precavida
- Eu não estou grávida
- Um teste? – John arregalou os olhos olhando para aquela caixinha.
- Então faça o teste e vamos comprovar.
- Essa é a segunda vez que me submetem a um teste de gravidez – Olhou para o pacote em sua mão irritada.
- Segunda vez? Quando foi a primeira? – John perguntou exasperado.
- Quando fomos visitar meus avós eu acordei enjoada e vomitei, desci para ver o que minha avó tinha para enjoo, e ela, minha mãe e minha tia Melissa fizeram um teste para comprovar se eu estava ou não, e é claro que não estava – Olhou para a amiga afirmando aquilo.
- Comprove agora – Apontou para a caixa.
- Por que nunca me disse isso?
- Porque não achei importante, fiquei enjoada porque tinha comido muito a noite.
- Tá, mas de acordo com John vocês só comeram comida chinesa
- E pode ter sido por isso outra vez
- Quando foi à última vez que transaram?
- Mich
- Ontem – John respondeu sem rodeios.
- E antes de ontem?
- Err... – Nat ficou envergonhada, mas sua amiga entendeu a expressão.
- Todos os dias, entendi. É bom saber que você a deixa bem adubada John – Bateu no peito dele.
- Arg! Que ridículo – Natasha resmungou. – Eu tomo pílula anticoncepcional.
- Mas ela pode ter falhado ou você ter esquecido de tomar
- Eu nunca esqueço
- Faz logo a porcaria do teste – Michelle mandou irritada.
- Tá bem – Voltou para o banheiro e fechou a porta na cara deles.
John respirou fundo andando de um lado para o outro nervoso sem saber se aquela situação era boa ou ruim. Um filho. Sim, ele tinha afirmado que queria um filho com ela, e isso estava acontecendo, quer dizer, ele ainda não tinha certeza se ia ser pai ou não. Mas se desse positivo levaria um tempo para se acostumar com a realidade e a ficha cair, não imaginava que isso aconteceria tão rápido. Passou as mãos por entre os cabelos e repousaram na nuca, aqueles minutos pareciam infinitos. Deu um pulo quando ela saiu do banheiro com o teste na mão:
- E então? – Michelle perguntou ansiosa.
- Qual foi o resultado?
- Hunf – Suspirou um tanto desanimada – Negativo. Eu não estou grávida.
- Ah! Deus – Mich tocou o peito soltando um longo sopro de ar – Pelo menos agora sabe que enjoou por causa da comida.
- É, pelo menos – Seu sorriso não alcançou os olhos – Obrigada por vir e comprar o remédio Mich, desculpe o transtorno.
- Ah! Que nada, é minha amiga eu faria qualquer coisa por você – A abraçou e sussurrou apenas para ela ouvir – Não fique triste, vocês ainda tem tempo.
- Eu sei – Sorriu de verdade desta vez quando se afastaram. Sua amiga se despediu e foi embora.
John voltou para o seu lado trazendo consigo um copo com água. Nat abriu a caixinha de remédio e pegou uma pílula colocando na boca e em seguida empurrou com a água. John ficou observando-a atentamente e não pôde deixar de sentir tristeza pelo resultado, no fundo queria que tivesse dado positivo, mas parecia que ainda não era a hora. Tirou o copo da mão dela deixando em cima da cadeira ao lado e a abraçou:
- Não é nossa hora ainda – Beijou seu ombro tirando-a do chão.
- Eu sei – O envolveu em seus braços acariciando seus cabelos – Como você reagiria se tivesse dado positivo?
- Eu ficaria surpreso, muito surpreso, mas depois do susto acho que explodiria de felicidade.
- Verdade? – Recostou sua boca sobre o ombro dele.
- Sim, um filho seu e meu seria uma realização – Afastou seu rosto para olhar o dela – Não é nosso momento, mas ele vai chegar, um dia esse teste vai dar positivo e o abraço que daremos será de pura felicidade e conquista, e não de consolo.
- É. Um dia nosso bebê vai nos dar a alegria de descobrir que ele está a caminho
- Vai ser o melhor dia – Sorriu.
Ela devolveu o sorriso só que maior, tocou seu rosto e o beijou cheio de amor.Continua....

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Simply, I love you
RomanceO que acontece em Paris deve ser levado para a vida toda. O que você faria se, literalmente, esbarrasse no amor da sua vida na cidade mais romântica do mundo? Natasha Donovan tinha acabado de se formar em Publicidade, e ganhou de seus pais como pres...