[...] poder sair daquele hospital e voltar para sua casa. [...]
Na terceira semana depois de sair do hospital Natasha voltou para o apartamento de John. Não tinha como fugir. Ele todos os dias ia ate sua casa e as vezes dormia lá, ficava o tempo todo em cima vendo se ela estava bem, se precisava de alguma coisa, e estava mais do que disposto a manter sua promessa de que a levaria para seu apartamento assim que se sentisse bem.
Natasha sentou no chão e pegou a bolinha de Sam e jogou longe, o cachorrinho correu para pegar e trazer para que ela jogasse de novo. Ela não escutou as portas do elevador se abrirem e muito menos quando John se aproximou dela. Ele se ajoelhou atrás dela e beliscou sua cintura, a mesma deu um pulo virando a cabeça para trás:
- John...
- Oi minha linda – Abriu um largo sorriso em gozação. Sentou ao lado dela.
- Eu já disse para parar com essa mania de me assustar, um dia eu vou acabar enfartando.
- Não diga isso, é só um susto inocente
- Inocente, tá. – Pegou a bola da boca do Sam e tornou a jogar.
John beijou o rosto dela e sentou ao seu lado:
- Como está o braço?
- Bem melhor, estou louca para tirar essa tipoia
- Tenha só um pouco de paciência, daqui a no máximo duas semanas você poderá tira-la.
- Arg! Eu não aguento mais esperar
- Você reclama, mas não consegue abaixar o braço sem sentir dor
- É porque estou há muito tempo usando isso, desacostumei a abaixar o braço
- Eu sei, mas isso vai acabar logo – Segurou seu rosto e beijou sua têmpora.
Ela sorriu e esfregou seu nariz sobre o dele:
- Como foi no trabalho?
- O mesmo de sempre, estava um pouco mais calmo hoje, então eu aproveitei para sair mais cedo e dar uma olhada na casa do Monte.
- Você foi lá?
- Sim
- Eu quero saber por que não quer me levar mais ate lá. Aconteceu alguma coisa?
- Não, é que eles estão terminando a construção e de ajeitar todos os móveis dentro de casa, e você não podia fazer nenhum tipo de esforço, e eu queria que descansasse.
- Não, não, talvez na primeira semana que sai do hospital eu tivesse acreditado nessa sua desculpa, mas agora eu estou me sentindo muito bem, e semana passada eu pedi varias vezes e você sempre me dava uma desculpa diferente. Qual é o problema?
- Nenhum meu amor – Empurrou o cabelo dela para trás que estava sobre o ombro – É simplesmente porque estão ajeitando tudo, e eu quero levar você lá só quando estiver tudo pronto.
- Hunf! John sabe que eu não gosto quando me esconde as coisas
- É eu sei, mas não estou escondendo nada, você que está colocando ideias na sua cabeça.
- Hmmm! – Sam latiu querendo que ela jogasse a bola novamente, e assim fez.
- Não seja tão curiosa – Beijou o canto da sua boca.
- Então pare de me dar motivos
- Há! Há! Há! Você é que sempre encontra motivos – Começou a rir quando ela fechou a cara e entortou a boca como se estivesse com raiva. – Há! Há! Minha linda.
- Agora vem me agradar
- Eu estou sempre te agradando – Passou uma perna por trás dela e a outra por baixo das suas pernas. Tornou a beijar seu rosto.
- Você judia de mim e depois me agrada – Cruzou os braços.
- Isso não é verdade, e saiba que é uma injustiça dizer que eu judio de você, eu sou um amor de pessoa.
- HÁ! Um amor, essa é boa – Olhou torto para ele com um sorrisinho de canto.
- É claro que eu sou – Falou com um ar de inocência.
- Há! Há! Há! Esqueceu de dizer sobre o quanto é modesto
- Tem isso também – Olhou para ela e começou a rir.
Natasha tocou o rosto dele fazendo carinho em sua bochecha. Aproximou sua boca a dele e o beijou:
- Eu te amo – Ela declarou.
- Amo você também – Voltou a beija-la.Três semanas depois tudo havia voltado ao normal, e duas boas noticias haviam sido dadas, a primeira era que o culpado pelo acidente da Natasha havia sido encontrado e preso, assim como o rapaz que roubou o celular de John em Londres, agora faltava pouco para confessarem e entregarem a cabeça de Lucy em uma bandeja, bastava um pouco de pressão e tudo seria descoberto. A segunda é que Natasha finalmente tirou a tipoia, seu braço estava totalmente curado, nenhuma rachadura ou cicatriz para contar história. Ela ainda sentia um pouco de dor quando carregava algo, mas podia fazer as coisas básicas do dia a dia, como fechar o botão de uma camisa e o zíper de um vestido sem precisar de ajuda.
Tudo estava perfeito, mas para John estava quase, faltava uma coisa. Na manhã de sábado ele resolveu que era hora de levar Natasha para ver a casa do Monte totalmente pronta:
- Finalmente você resolveu me trazer ate aqui
- Eu disse que traria assim que estivesse tudo pronto, e estou cumprindo com minha palavra. – Passou pelo grande portão da entrada quando o segurança permitiu a passagem. Por fora não mudou muita coisa, exceto que as roseiras brancas estavam começando a crescer e florescer, junto das outras flores coloridas.
Pararam na entrada e John saiu do carro para abrir a porta para ela:
- Olha só você não pintou tudo de branco, isso é bom – Ela olhou toda a fachada da frente, que tinha tons azulados junto com o branco.
- Tem muitas partes pintadas com azul... Minha cor favorita – Deu de ombros entrelaçando sua mão a dela. – Vem – A puxou para os degraus para entrarem na casa.
Natasha ficou de boca aberta quando viu que a sala estava do jeito que havia sugerido a John, e não somente a sala, mas quase todos os cômodos:
- Mas John...
- Tudo foi decorado e arrumado do jeito que você queria
- Eu já percebi, mas por quê? A casa é sua.
- Não, não, não é só minha. E fiz tudo isso porque vai morar aqui comigo – Ficou na frente dela olhando-a profundamente em seus olhos.
- O que? Como assim morar?
- Essa é agora nossa casa, minha e sua, e você vai se mudar para cá, isso não tem discussão.
- Você não está me dando alternativas
- Agora sabe como me sinto – Ergueu uma sobrancelha com ironia – O que me faz passar para a próxima etapa.
- Etapa? – Perguntou sem entender.
- Vem – Pegou novamente em sua mão e a levou para a tão famosa sala que continha um desenho, que Natasha ainda não sabia qual era, pintado na parede.
Antes de abrir a porta ele largou a mão dela e ficou atrás da mesma tapando seus olhos:
- Feche os olhos, é uma surpresa
- John – Resmungou.
- Confie em mim, você vai gostar
- Hunf! Tudo bem – Ela fechou os olhos e ele verificou para ter certeza de que ela não estivesse mentindo.
Ele abriu a porta e a conduziu para dentro da sala. A virou de frente para a parede, seu coração estava batendo a mil, parecia ate que era ele que estava de olhos fechados:
- Pronta?
- Sim – Respondeu com animação.
- Certo. Pode abrir os olhos – Ficou ao lado dela.
Natasha abriu os olhos e no mesmo segundo que viu a pintura abriu a boca em surpresa e a tapou com uma das mãos. Era o Museu do Louvre. Era a entrada, as escadarias que davam acesso à parte interna, o desenho tomava toda a parede, tamanho e largura. Ela estava ponto de chorar quando se lembrou das suas palavras "você deveria pintar um momento importante que viveu... Um lugar que encontrou de tudo um pouco". Respirou fundo:
- O Louvre – Repetiu as palavras como uma oração – John isso é maravilhoso, eu... – Ela olhou para o lado em busca dos seus olhos e não o viu em pé, mas parou de respirar e quase teve de se beliscar quando o viu ajoelhado e com uma caixinha nas mãos com um lindo anel dentro, um brilhante diamante no centro e em cada lado uma pedra de safira. Natasha teve que se lembrar de respirar quando sentiu que seu corpo ia cair duro no chão – Oh Meu Deus... John...
- É oficial, você conseguiu me transformar em outro homem, quebrou as barreiras que criei a minha volta, me fez mudar toda a visão que tinha sobre o mundo e principalmente sobre o amor. Eu agradeço todos os dias por você ter entrado na minha vida aquele dia – Ele apontou para a pintura – Você literalmente chegou esbarrando em tudo.
- Há! Há! Você que esbarrou em mim – Seus olhos se encheram de lágrimas.
- Sim. Você é aquilo que inconscientemente venho procurando durante toda minha vida, você é a resposta para todos os meus pedidos de paz e de todas as minhas dúvidas sobre se realmente eu tinha uma cara metade em algum lugar do mundo... E ela estava tão perto de mim durante todos esses anos, mas fui incapaz de perceber isso, mas mesmo percebendo um pouco tarde você veio para mim.
As lágrimas começaram a banhar o rosto dela, seu coração batia em ritmo acelerado. Ele segurou a mão esquerda dela:
- Você é minha outra metade, é minha vida, meu amor, meu mundo, eu não sei viver sem você, eu já sabia disso, mas depois do seu acidente vi que era totalmente impossível habitar um mundo em que você não existisse, por isso eu quero que fique para sempre ao meu lado, quero que seja minha de todas as maneiras possíveis e impossíveis, eu amo você mais do que a minha própria vida, então eu pergunto, Natasha Carter Donovan, você aceita se casar comigo?
Ela soltou a respiração e tirou o lábio inferior do cativeiro de seus dentes e falou:
- Todas as vezes que você falava que um dia ia me pedir em casamento, no fundo eu duvidava se isso ia mesmo acontecer, mas... – Sorriu abertamente – Sim, eu aceito casar com você. É tudo o que eu mais quero.
John soltou a respiração aliviado, parecia que um peso de ansiedade havia saído de suas costas. Ele tirou o anel da caixinha e colocou no dedo dela depositando um beijo em cima, então ficou de pé e a abraçou tirando-a do chão:
- Eu te amo – Ela declarou e tomou seus lábios em um beijo apaixonado.
- Eu amo você minha linda, mais que tudo no mundo – Passou o polegar sobre o rosto dela limpando-o das lágrimas – O dia que nos conhecemos no Louvre foi o mais importante de toda minha vida, lá eu encontrei um pouco de tudo, felicidade, ansiedade, nervosismo, diversão e principalmente amor.
- Você lembrou de tudo o que eu disse – Falou emocionada.
- Sim, porque esse é o meu lugar favorito, onde eu encontrei a mulher da minha vida, e que agora vai ser minha esposa.
- Sim, eu vou ser sua esposa, para todo o sempre. Tudo o que eu quero é apenas você, soube disso no momento em que o vi pela primeira vez. É o amor da minha vida e eu passaria por tudo novamente se fosse preciso.
- Eu te amo Natasha, e obrigado por nunca desistir de mim e me fazer o homem mais feliz do mundo.
- Eu que agradeço por continuar do meu lado nas boas e piores horas. Te amo John.Continua...
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Simply, I love you
RomanceO que acontece em Paris deve ser levado para a vida toda. O que você faria se, literalmente, esbarrasse no amor da sua vida na cidade mais romântica do mundo? Natasha Donovan tinha acabado de se formar em Publicidade, e ganhou de seus pais como pres...