[...] agora Natasha e John estavam casados e iriam começar uma nova vida juntos. [...]
Quando retornaram para o apartamento, Mary, John e Natasha foram recebidos pelos latidos alegres de Sam que corria em volta deles:
- Ele deve estar com fome, eu vou colocar a ração para ele – Natasha se dirigiu para a cozinha chamando Sam que a seguiu obedientemente.
Mary caminhou para a sala e sentou em um dos sofás, bateu no lugar ao seu lado olhando para o seu filho. John tomou o lugar e deu um beijo no rosto de sua mãe:
- Foi uma grande surpresa, mas estou feliz que tenha feito isso. Você é igual ao seu pai vive e ama intensamente, por isso é sempre tão apressado quando toma uma decisão – Pousou a mão sobre a coxa dele – Há! Há! Há! Eu queria ter visto esse casamento surpresa. Quem diria que um dia você faria isso hein?!
- Para você ver como a vida é cheia de surpresas. Mas pela pessoa certa somos capazes de fazer qualquer coisa.
- Eu concordo – Respirou fundo – E quando pretendem se mudar para a nova casa?
- Natasha prefere depois do casamento, eu iria imediatamente, mas se ela quer assim.
- E já decidiram para quando é o casamento?
- Eu dei a ela um prazo de um mês
- Um mês? Mas é pouquíssimo tempo para se planejar um casamento.
- Não, é tempo suficiente. Se dependesse de mim eu a levaria para Las Vegas agora mesmo e nos casaríamos, mas a Nat quer uma festa, eu tive que aceitar porque esse será o único casamento que ela terá na vida.
- Há! Há! Entendo. Bom temos um mês para organizar tudo, os preparativos, o vestido, o local, e... Meu Deus, como você é impaciente.
- Eu sou mesmo. Também temos que arrumar tudo para a casa nova, decida o que quer levar e...
- Não – O cortou.
- O que?
- Eu não vou para a casa nova com vocês
- Por quê?
- Prontinho, ele está comendo tudo – Natasha voltou para a sala e viu o modo como John olhava para sua mãe – O que houve?
- Minha mãe não quer morar com a gente na casa do Monte
- O que? Por quê?
- Meus queridos, essa agora é a história de vocês. Eu nunca morei sozinha, e quando fiquei viúva me agarrei ao meu filho como um bote salva vidas porque temia enlouquecer, mas eu acho que está na hora de me desprender, de bater asas e cada um ir para o seu lado.
- Como você disse, nunca morou sozinha, por que quer fazer isso agora? Eu não concordo.
- Querido o certo seria os filhos irem para longe, e não o contrário. Você vai começar uma família e precisa viver da forma que bem entender, sem ter quer viver com a pressão da sua mãe.
- Mas senhora Harris, seria um prazer que viesse morar conosco.
- Eu sei, mas é melhor assim, tendo a mãe do seu marido morando junto, os outros pensariam que eu seria a dona da casa e não você.
- Isso é besteira – Ela respondeu.
- Não é não. Ouça quando eu me casei, minha maior razão era porque eu queria sair de casa, de perto dos meus pais, viver com meu marido, viver minha vida, não ter mais de seguir as regras deles. E eu sei o quanto isso é bom, por isso quero deixa-los viver em paz. Construam suas vidas, suas rotinas, vivam.
- Mas onde a senhora vai morar? – Ele perguntou.
- Aqui. O apartamento não é tão grande, e eu me acostumei bastante a ele. Talvez daqui a algum tempo se eu enjoar posso comprar uma casa pequena, não sei... Mas eu pretendo ficar aqui.
- Mãe... – Segurou a mão dela.
- Não adianta discutir, já está decidido.
- Se mudar de ideia, sabe que a receberemos de braços abertos – Natasha sentou ao lado de Mary.
- Eu sei meu bem, mas também faço isso por você, Susan ficaria furiosa se eu fosse morar lá e ela não, assim irei poupa-la de uma grande briga – Riu.
- Ela entenderia – Sorriu.
- Há! Há! De qualquer forma, já tomei minha decisão. Agora se me derem licença eu vou para o meu quarto – Levantou do sofá – Boa noite. – Se afastou dos dois, subindo as escadas desaparecendo no corredor.
- O que você acha? – John perguntou.
- Acho que sua mãe é uma mulher madura, dona do seu próprio nariz e que só quer viver um pouco. Foi difícil para ela perder o marido e tinha apenas você para ampara-la, mas agora as coisas são diferentes, o luto já passou, e ela é uma mulher jovem e bonita que ainda tem muito a viver. – Se recostou nele pousando a mão sobre sua coxa.
- Eu sei, mas me preocupo em deixa-la aqui sozinha, eu cuidei da minha mãe durante esses dois anos e me acostumei a tê-la por perto. – Passou o braço em volta dela.
- Mas agora ela quer conhecer o outro lado da vida. Temos que respeitar sua decisão, caso algum dia ela decida que não quer mais morar sozinha a levamos para a nossa casa, sempre terá um espaço especial para ela lá.
- Tem razão. Mas sempre vou me preocupar.
- É normal, você é filho. Só deixe ela decidir o que é melhor para sua vida.
- Hunf! Já que eu não tenho escolha – Deu de ombros.
Sam apareceu todo contente na sala se esfregando nas pernas do seu dono e balançando o rabo sem parar:
- Parece que alguém está bastante feliz por ter comido
- Eu enchi a tigela dele, nesse ritmo logo ficará obeso
- Todo dia ele está brincando, gasta muita energia, não acredito que possa ficar gordo.
- Com o tanto que ele come
- Deixe ele comer, gosta disso, é sua diversão.
- Não escute seu pai, ele acha que você só é feliz se estiver comendo, o que não é verdade, e a partir de amanhã vamos reduzir o número de petiscos. Olha só o tamanho da barriga dele, não tem mais para onde dilatar. Parece ate que tá grávido.
- Há! Há! Há! Há! Que mulher brava – Beijou seu rosto – Não desconte no pobre Sam.
- Vocês dois às vezes me deixam louca.
- Não fique – Mostrou aquele seu sorriso que a desestabilizava por inteiro – Por que não subimos para dormir? Foi uma noite agitada.
- Sim, tudo o que eu mais quero agora é dormir
- Vamos – Segurou a mão dela e a ajudou a levantar, não sem antes beija-la. Os dois seguiram para o andar de cima.
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Simply, I love you
Любовные романыO que acontece em Paris deve ser levado para a vida toda. O que você faria se, literalmente, esbarrasse no amor da sua vida na cidade mais romântica do mundo? Natasha Donovan tinha acabado de se formar em Publicidade, e ganhou de seus pais como pres...