Simply, I love you

Casamento

[...] principalmente a noite ficariam registradas como cheia de surpresas. [...]

Natasha se olhava no espelho e mal se reconhecia com toda aquela maquiagem e o penteado, ainda estava com o roupão esperando ansiosamente o momento em que finalmente vestiria seu vestido. Desde o momento em que Jeremy foi deixar o vestido não saiu de perto delas, queria mais do que tudo está presente na hora em que sua criação fosse posto no corpo de sua modelo:
- Jeremy ele é maravilhoso – Susan exclamou emocionada ao ver o vestido.
- Eu sei, eu me inspirei nos vestidos das princesas, pensei em algo mais colado ao corpo da Nat, mas então lembrei que muitas escolhem esse modelo, e não queria que minha modelo dos sonhos ficasse igual todo mundo.
- Ficou divino, você ficará literalmente igual a uma princesa Nat.
- Eu amei Jeremy, ele é perfeito, fiquei com um pouco de medo da saia dele ser muito rodada, mas com tanto pano ela ate que ficou pesada.
- Sim querida, está tudo conforme eu planejei. Nenhuma noiva será mais maravilhosa do que você.
Natasha entrelaçou os dedos olhando ansiosa para seu vestido pendurado. Naya chegou perto:
- Como se sente Nat?
- Hiper nervosa. Ai como queria aquela tequila do Cesar para me acalmar agora
- Há! Há! Há! Fique tranquila, você já fez isso antes
- Mas a primeira vez não tinha tanta gente e eu muito menos sabia que estava indo casar.
- De qualquer forma você já está casada, aquele homem maravilhoso que te espera no altar já é seu marido, você só vai dizer sim outra vez na frente da sua família.
- É eu vou – Levou as mãos cruzadas para debaixo do queixo sem deixar de olhar seu vestido – E John? Ele já chegou?
- Há! Foi um dos primeiros
- Muito bem Nat, eu vou tirar umas fotos suas antes e depois de toda vestida, ok? – Beverly era a fotógrafa que registraria todos os momentos do casamento e enviaria algumas das fotos para a matéria sobre o grande dia que sairia na Premium.
- Tudo bem
- É bom ser rápido, pois está na hora, vamos vestir você – Michelle apareceu no quarto e andou ate ela – Vamos lá?
- Sim – Respondeu com entusiasmo.
- Certo – Com a ajuda de Jeremy eles tiraram o vestido do cabide. Natasha tirou seu roupão exibindo sua lingerie super sexy branca. Ela não se importou em ficar assim na frente de Jeremy, afinal ele havia criado uma coleção inteira de lingeries inspirado nela. Passou os braços por dentro das mangas deslizando as rendas sobre sua pele, logo em seguida os diversos botões foram fechados em sua costa. Naya se aproximou trazendo o véu que prendeu abaixo do coque de Natasha.
Ela andou ate o grande espelho para se ver de corpo inteiro e tapou a boca quando olhou seu reflexo:
- Oh! Meu Deus
- Você está linda filha – Susan estava emocionada olhando para a jovem.
- Está perfeita – Jeremy falou.
- Quase – Ela se afastou do espelho e foi ate a penteadeira para pegar uma caixinha que tinha o prendedor que Mary havia dado a ela de presente. Se aproximou de sua sogra que estava parada do outro lado olhando a cena – Você poderia colocar no meu cabelo?
- Oh! Querida, é claro – Mary pegou o prendedor, deu um passo ao lado e colocou a joia no coque dela.
- Agora sim está perfeito – Sorriu.
Mary não resistiu e a abraçou:
- Você está linda, parece uma princesa, John vai ficar sem ar quando ele vir você.
- É o que eu espero
- Meninas nós precisamos ir, está na hora – Jeremy bateu palmas enxotando todas. Elas ficaram animadas, deram uma última olhada vendo se não faltava nada e logo saíram do quarto. Susan e Michelle seguravam o véu de Natasha para que não arrastasse no chão ou prendesse em alguma coisa. Elas desceram direto para a garagem e Phillip já as esperava. Ate ele ficou encantado quando viu Natasha vestida de noiva:
- Senhora Harris – Ele a cumprimentou com um sorriso.
- Phil, mesmo eu sendo a esposa de John você ainda pode me chamar de Nat
- Como quiser. E permita-me dizer, está maravilhosa.
- Obrigada – Abriu um largo sorriso e entrou no carro.
Natasha não parava de bater os pés no chão com nervosismo e ansiedade misturada, ela só queria chegar logo a igreja e encontrar John, eles estavam há quase dois dias sem se ver e parecia mais dois anos, estava louca para abraça-lo, e contava os minutos para tudo terminar e finalmente estar dentro do jatinho longe do todos que possam separa-los por qualquer assunto.
Quando o carro finalmente parou na entrada da igreja Nat se assustou com a quantidade de seguranças e o paredão que faziam para manter os fotógrafos o mais longe possível. Ela não queria que a imprensa aparecesse, mas tinha de lembrar que era de John que estava falando, paparazzi caçariam qualquer tipo de informação a respeito de sua vida. Natasha saiu do carro e todas vieram logo ajeitar seu vestido, o véu, verificar sua maquiagem, o cabelo, para ter certeza de que estava no lugar. Kate saiu de dentro da igreja com uma caixa retangular grande:
- Como está lá dentro Kate? – Mich perguntou.
- Tudo bem, quer dizer, tirando John que não para de andar de um lado para o outro. – Ela abriu a caixa mostrando o buque de rosas brancas. Claro que seu buque tinha de ser com essas rosas, elas tinham uma grande importância para a vida do dois.
- Obrigada – Sorriu pegando seu buque – Estão lindas.
- Igual a noiva – Kate respondeu.
- O vestido de vocês ficou maravilhoso – Michelle, Kate e Naya eram suas madrinhas e por isso o modelo de seus vestidos deviam ser iguais, e a cor escolhida pela noiva, é claro que não podia ser outra, azul.
Taylor apareceu sem que ninguém o tivesse visto e quando viu sua filha sua reação chorosa as assustou:
- Essa é a minha filha? – Apontou para ela.
- O senhor gostou papai?
- Está belíssima... Eu sempre soube que você era uma princesa – Se aproximou dela segurando seu rosto e dando um beijo em sua testa.
- Obrigada pai
- Nós já vamos entrar e avisar que você chegou – Susan falou chamando todas para segui-la para dentro da igreja.
Quando elas entraram e as portas se fecharam, Taylor ofereceu o braço a filha e a conduziu escada acima ate a entrada:
- Pronta?
- Estou nervosa, mas sim, estou pronta. Só não me deixe cair.
- Nunca – Apertou a mão dela em seu braço em compreensão.
A música tocou antes das portas se abrirem e um frio que rodeava seu estômago logo se espalhou por todo o corpo, ela teve de abrir ligeiramente a boca para puxar o ar, pois não conseguia a quantidade necessária puxando pelo nariz:
- Apenas respire – Taylor sussurrou – Vamos lá – Ele deu o primeiro passo para garantir que ela não congelasse ou caísse.
Toda a igreja estava iluminada com velas em grande candelabros postos perto dos bancos, também perto dos bancos dos dois lados vários ramos de Gipsófilas, postas no chão seguindo todo o corredor, o teto estava coberto com folhas artificiais que davam a impressão de estarem cobertos por árvores, e em pequenas redomas de cristal varias velhas que pareciam está flutuando. E de repente lá estava ele, de pé no altar, com múltiplas expressões em seu rosto que variavam entre emoção e felicidade, mas com um sorriso que iluminava todo o ambiente. John estava belíssimo em seu smoking feito sob medida, nenhum homem na face da terra seria mais lindo que ele. Todo o nervosismo de Natasha sumiu quando pôs os olhos nele, seu medo de tropeçar logo já não existia, ela sentia como se estivesse flutuando em direção ao seu noivo. Todos a sua volta sumiram, não existia mais ninguém, era somente ela e John, os únicos naquela igreja. John deu dois passos a frente quando Taylor e Natasha se aproximaram. O rapaz olhou para seu sogro:
- Cuide bem dela, é a minha joia mais preciosa, minha linda princesa.
- Cuidarei com a minha vida
Taylor acenou com a cabeça e então se virou para sua filha segurando seu rosto. Deu um beijo em sua testa:
- Seja feliz querida – Segurou a mão dela e a entregou a John que deu um beijo. Se afastou dos dois para tomar seu lugar ao lado da esposa.
Natasha sentiu suas pernas fraquejarem quando viu algumas lágrimas no rosto de John. Ele olhava profundamente os olhos dela perdendo-se na imensidão azul, ela havia pedido para que fizesse uma maquiagem que destacasse bem a cor dos seus olhos, tudo para agrada-lo, já que sabia o quanto ele os adorava. Ela ergueu a mão para limpar suas bochechas, John recostou sua testa sobre a dela ficando os dois por uns segundos de olhos fechados:
- Você está linda
- Você está lindo
- Pronta?
- Sempre – Sorriu. Ela desceu sua mão entrelaçando a dele e seguiram para perto do altar. Naya se apressou para pegar o buque de Natasha. Os dois se olharam mais uma vez quando o padre começou a falar.
Todos estavam extasiados com a decoração, o clima romântico, os noivos, as palavras do padre e os olhares apaixonados dos noivos. Tudo estava perfeito, digno de um casamento de princesa.
- John e Natasha, vocês vieram aqui para celebrar vosso matrimônio. É de livre vontade e de todo o coração que pretendem faze-lo? – O padre perguntou olhando para os dois.
- Sim – Responderam em uníssono.
- Vocês que decidiram seguir o caminho do matrimônio, estão decididos a se amar e a se respeitar, ao longo de toda a vida?
- Sim
- Estão dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educa-los segundo a lei de sua igreja?
Eles viraram os rostos para se olharem e com um sorriso realizado responderam:
- Sim
- Uma vez que é do propósito de ambos contrair o santo matrimônio, eu peço que fiquem de frente para o outro para a troca de alianças – O padre fez o sinal para que Thomas se aproximasse com as alianças que carregava com o maior cuidado em cima do pequeno travesseiro de espuma.
Natasha e John ficaram de frente e não conseguiram conter um sorriso realizado quando Thomas se aproximou:
- Você está muito elegante Thomas.
- Obrigado tia Nat, meu pai que fez – Ele respondeu um pouco ruborizado pelo elogio.
- Parece um adulto – John falou.
- Obrigado tio John – Ele levantou seu travesseirinho na direção de John, e o mesmo pegou a aliança.
Tomou a mão esquerda dela e lentamente enquanto falava deslizou o anel:
- Eu, John Maxen Harris, recebo a ti, Natasha Carter Donovan, como minha legítima esposa, prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da nossa vida até que a morte nos separe. – Colocou toda a aliança que ao contrario da outra prata, esta era dourada. Deu um beijo sobre o anel.
Foi a vez de Natasha pegar a aliança e a mão esquerda de John:
- Eu, Natasha Carter Donovan, recebo a ti, John Maxen Harris, como meu legítimo esposo, prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da nossa vida até que a morte nos separe. – Ela ergueu a mão dele levando ate os lábios depositando um beijo.
- Hoje celebramos a união desse belo casal que decidiram compartilhar a vida um com outro, deixando hoje de ser dois, para se tornarem apenas um. Dito isso, na presença de Deus e de todos aqui presente, eu os declaro marido e mulher. Você já pode beijar a noiva.
John segurou o rosto dela e selou suas bocas em um beijo apaixonado. Nat pousou as mãos sobre o peito dele, e a tão esperada união deles foi comemorada com uma salva de palmas por todos de pé e gritando felicitações:
- Agora você é minha para sempre
- Nada poderia me deixar mais feliz do que isso. Meu marido, enfim.
- Eu te amo
- Eu te amo – Passou a costa dos dedos sobre a bochecha dele e o beijou outra vez.
Logo Mary, Susan e Taylor vieram cumprimenta-los antes que saíssem. Naya devolveu o buque quando metade dos convidados já estava do lado de fora esperando-os, assim como os paparazzi que se matariam por uma foto. Eles deram as mãos e seguiram pelo corredor para fora da igreja sendo recebidos com a famosa chuva de arroz. Phillip já os esperava com a porta do carro aberta, nem ele conseguiu conter a cara de felicidade quando os viu.
- Há! Há! Há! Oh Meu Deus, eu ainda não estou acreditando. Nós realmente nos casamos – Natasha tapou a boca com as duas mãos. Olhou para trás enquanto se distanciavam dos convidados e da igreja.
- Mas nós já éramos casados
- Eu sei, mas esse foi totalmente diferente, toda nossa família estava lá, e... Eu tô usando meu vestido dos sonhos, e principalmente eu fui levada ate lá sabendo que ia me casar.
- Há! Há! Há! Tudo bem, culpado – Ergueu as mãos. – Devo dizer que você está maravilhosa nesse vestido, belíssima, eu fiquei totalmente sem ação quando a vi entrar. Parecia um anjo.
- Verdade?
- Vi meu sonho se tornando realidade quando vi você entrando. Tão perfeita, tão linda... Me tirou o fôlego.
- Permita me dizer, mas tudo estava muito bonito, a senhora parecia uma rainha – Phillip comentou olhando os dois pelo espelho retrovisor.
- Obrigada Phil, que bom que gostou, e eu já disse que não é para me chamar de senhora.
- Bom a senhora é casada agora
- O que não muda em nada nossa amizade
- Há! Há! Há! Tudo bem, como quiser Nat.
- Viu só, bem melhor. – Ela olhou para John que apenas esboçava um sorriso divertido. Natasha se inclinou apalpando o rosto dele e o beijou.
John fez carinho no rosto dela enquanto a beijava deixando seu delicioso perfume doce invadir suas narinas e fixar em suas roupas. Natasha deu um longo selinho antes de se afastar e levar o polegar aos lábios dele para limpar o batom manchado. Ela olhou para suas alianças e sorriu:
- Então desta vez ela é dourada
- Hmm! Sim, eu disse que teríamos duas alianças, já que a nossa primeira era prata, decidi que essa seria de ouro.
- É linda amor.
- Está feliz?
- Você ainda pergunta? Eu estou mais do que feliz, não consigo nem descrever o tamanho da minha felicidade.
- Eu só queria que tudo fosse perfeito para você
- Eu sei, e agradeço muito amor, você realizou meu sonho, eu não poderia ter pedido nada melhor. – Tocou com a ponta dos dedos o queixo dele.
Eles seguiram para o local onde seria a recepção, que no caso a mansão dos avós de John foi a escolhida. Olivia bateu o pé com relação a isso, afirmando que a festa seria feita em sua casa, já que havia espaço suficiente para comportar todos os convidados, o jardim e a parte coberta. Natasha não fez objeção, pois achava a propriedade muito bonita e como a festa seria durante o dia o jardim serviria como uma linda decoração.
Quando chegaram Phillip saiu para abrir a porta para Natasha e ajuda-la. Ela deu a volta no carro encontrando John que lhe estendeu a mão. Logo os convidados começaram a chegar. Nat tirou seu véu e entregou a Kate que foi guarda-lo. Quando todos se acomodaram a primeira música a tocar foi para a valsa dos noivos:
- O que é esse sorrisinho no seu rosto? – Natasha perguntou enquanto dançavam ao som lento da música.
- Estou pensando que daqui a pouco estaremos no avião e voando para bem longe.
- Hmm! É verdade
- Fui privado de você durante toda a semana, tem noção do quanto eu quero está a sós com você?!
- Eu imagino – Natasha lançou seus braços por trás do pescoço dele – Vamos fazer assim, ficamos um pouco aqui, comemos, aproveitamos a companhia dos nossos amigos, eu jogo o buque e depois agradecemos a presença de todos e vamos embora. O que acha?
- Tudo bem, mas que não demore muito
- Só um pouquinho
Susan e Taylor se juntaram a eles na pista, um dos primos de John convidou Mary para uma dança, logo todos os casais também tiveram a mesma ideia.
No meio da festa Natasha se aproximou de Beverly, que essa por sua vez não parava de tirar fotos, mesmo enquanto comia, levava uma garfada a boca e enquanto mastigava batia as fotos:
- Beverly eu acho que temos fotos o suficiente para dois álbuns e para a matéria do resto do ano
- Há! Há! Há! Eu sei, mas John me mataria se eu perdesse algo importante, e tudo está tão bonito.
- Eu sei, mas você é uma convidada, tem que aproveitar também. Vamos, deixe essa câmera um pouco de lado e vá dançar. – Sentou ao lado dela.
- Não sei com quem – Ela pôs sua câmera sobre a mesa – Todas já estão com seus pares.
- Deve ter alguém aqui, você é linda, com certeza não é difícil para você arrumar um cara.
- Em uma festa de casamento? – Perguntou cética – É como se eu estivesse dizendo "estou sendo contagiada pela magia do casamento, e por isso estou procurando um futuro pretendente, você quer ser ele?"
- Qual é Beverly, isso não tem nada a ver.
- Espera ate você jogar o buque. Homens ficam apavorados quando vão a casamentos, esperam o menor sinal da namorada de que também quer casar.
- Isso é só papo seu, e eu sei que lá no fundo você quer casar.
- Hmmm!
- Não diga algo que vai se arrepender mais tarde, vai por mim, eu sei. Eu não acreditava que um dia ia encontrar o homem da minha vida e me casar com ele, mas olha só onde eu estou. É tudo questão de tempo. Eu não esperava conhecer John em Paris, muito menos que iriamos ter algo futuramente, mas aconteceu, e eu estou muito feliz. Se tem uma coisa que você não pode mudar ou ir contra, é o destino.
- É talvez eu esteja errada, não sei. Vamos ver se o destino me diz algo – Beverly olhou para o lado e sua expressão mudou de serena, para desejosa. – Sabe você disse que eu preciso dançar, e ate que isso não é uma ideia ruim...
- E?
- Todos estão com seus namorados, exceto ele – Ela apontou na direção do homem que lhe despertou interesse.
Natasha esticou o pescoço para ver quem era, e não conseguiu conter um sorriso quando o reconheceu:
- Eu vi ele na igreja, desde então não consigo parar de olhar. Deus, ele é lindo.
- O nome dele é Connor, e é meu primo.
- O que? Sério? Bom ele é lindo, é claro que tinha de ser da sua família, estranharia se fosse da parte do John.
- Há! Há! Há! Há! Que horror Beverly, saiba que John é lindo.
- Talvez seja porque tem o meu sangue, mas você precisa ver os primos dele por parte da tia Mary, cruzes. De cinco, um se salva.
- Há! Há! Há! Há! Ainda não conheci todos
- Não queira
- Ok! Vem, eu vou apresentar vocês
- O que? Não, ficou louca?!
- Vem logo, Connor é um cara muito legal, você vai ver. E quer saber? Vocês ate que combinam, principalmente no jeito. – Natasha levantou puxando Beverly junto, e atravessou o salão ate a mesa de seu primo. – Oi Connor.
- Nat – Ele se levantou para abraça-la – Você está linda prima.
- Obrigada, está gostando da festa?
- É claro, mas sabe que eu prefiro as festas na fazenda dos nossos avós, elas são bem mais animadas.
- Principalmente por causa da Tia Melissa e seu contrabando de bebidas.
- Isso aí – Ele riu passando a mão no cabelo e então olhou para a moça ao lado de Nat.
- Ah! Connor esta é Beverly, prima de John
- Eu vi você na igreja, estava batendo as fotos.
- Sim, eu sou fotógrafa da revista de John e as vezes da agência do pai da Nat.
- Entendo. É um prazer – Ele esticou a mão para cumprimenta-la, Beve fez o mesmo.
- O prazer é meu – Quando tocou a mão dele sentiu um pequeno choque, que ao apertar seus dedos correu por todo o seu braço. Isso nunca havia acontecido antes.
Connor também sentiu aquela descarga elétrica, o que lhe despertou um súbito interesse na garota que tinha as mãos mais finas e delicadas que já tocou. Fora que era muito bonita.
Natasha notou que algo havia acabado de acontecer entre eles, já que nenhum dos dois conseguiu desviar o olhar do outro. Internamente ela estava dando pulos de alegria por ter possivelmente criado um novo casal. Desde a briga que teve com Ethan pelo coração de Naya, ela se sentiu mal por ter usado o primo para fazer ciúmes no irmão com o objetivo de faze-lo enxergar que era Naya o amor de sua vida, e desde então Natasha tenta encontrar uma maneira de se redimir, já que Connor estava realmente apaixonado por sua cunhada, mas entendeu quando os dois decidiram ficar juntos e se afastou. Se Beverly seria esse caminho para as desculpas, então ela daria tudo de si para que ficassem juntos:
- Então Connor, eu estou tentando tirar Beverly de trás daquela câmera para faze-la aproveitar a festa e dançar um pouco, só que não há mais homens disponíveis, será que você não gostaria de tirar ela para dançar? Assim os dois podem se conhecer melhor.
- Ah! Sim, claro, será um prazer. Você aceita?
- Sim... Tudo bem – Ela corou quando Connor apertou seus dedos aos dela e a conduziu para pista de dança.
Natasha bateu palmas e riu orgulhosa de si mesma. Sua tia Carmem, mãe de Connor, estava sentada a mesa e lançou um olhar de cúmplice para a sobrinha:
- Você é impossível
- Esqueceu de quem sou filha?! – Riu.
- Há! Há! Há! Certo. Ela é linda – Apontou com o queixo para Beverly.
- Eu sei, de nada – Acenou e se afastou da mesa ainda com um sorriso estampado no rosto.
Mais tarde, antes do momento dos dois de cortarem o bolo, era hora de jogar de buque. Natasha subiu no pequeno palco onde estavam os músicos e virou de costa para o publico feminino que se reuniu ali, ate mesmo Beverly se juntou a elas e parecia muito empolgada com a ideia de ser a próxima a casar. Ponto para Natasha. A morena começou a contar:
- Um... Dois... – Fez menção de que ia jogar, mas não o fez – Três – Lançou o buque, e pôde ver pelo canto dos olhos que todas pularam para pegar, mas a felizarda foi Naya. Elas gritaram e riram, a cunhada levantou o buque comemorando.
Todos os outros da família começaram a rir e olharam para Ethan sentado na cadeira, que deslizou dela cobrindo o rosto como se estivesse decepcionado com o fato de sua namorada ter pego as benditas flores. Natasha pegou o microfone do vocalista e disse:
- Agora não tem mais jeito irmão, você é o próximo. Sugiro comprar o quanto antes o anel.
Ele balançou a cabeça sorrindo e deu de ombros. Seus tios e tias não conseguiam parar de rir, John que estava sentado a mesa com sua mãe também não ficou imune aos risos, e o que mais a surpreendeu foi Connor, que estava se divertindo com a situação, e ate tirava gracinhas falando algo para o primo que ela não conseguiu entender, mas era algo divertido, pois os dois riram. Outro ponto para ela. Naya se aproximou de Ethan e o mesmo se levantou abraçando-a e lhe dando um beijo, o que arrancou vários assovios e uma onda de "oh" dos convidados.
- Há! Há! Há! Taylor perdemos nosso guerreiro. – Alan falou alto para seu cunhado.
- Meu último filho, parece que vou ter que entrega-lo ao altar também – Ele riu.
- Eu sabia que uma hora ou outra essa mulher ia me enlaçar – Ethan falou olhando para Naya que deu um fraco tapa em seu peito.
- Antes eu do que as outras
- Uii – Os tios avacalharam e novamente a onda de risadas começou.
Assim que os ânimos acalmaram todos voltaram a conversar e a curtir a festa. John avistou Natasha conversando com suas amigas alegremente, não queria tira-la de seu conforto, mas seus desejos falaram mais alto. A passos largos chegou ate ela:
- Senhora Harris
Ela virou o rosto ao escutar seu novo nome e riu quando viu John:
- Sou eu
- Está pronta para ir? – Esticou sua mão para ajuda-la a levantar.
- Estou sim – Passou o braço em volta da cintura dele – Deixa eu só trocar de roupa.
- Tudo bem, espero você aqui – Deu um selinho nela.
- Ok
Naya, Michelle e Kate se levantaram e empurraram Natasha para longe de John levando-a para o quarto. Elas cochicharam algo que ele não pôde ouvir, mas arrancaram risadinhas delas.
Quando Natasha tirou seu vestido de noiva e colocou uma roupa mais leve, mas não menos formal, ela foi ao encontro de John. Os dois foram seguidos ate o carro por seus convidados que gritavam lhe desejando felicidades e uma boa lua de mel. Eles acenaram agradecendo e entraram no carro:
- Ansiosa?
- Muito. Para onde vamos?
- É uma surpresa
- Não vai me dar nenhuma dica?
- Hmm... Nós vamos sair de Nova York.
- Aah! John isso não é dica, eu já sabia disso, mas quero saber para onde vamos.
- Para bem longe – Esboçou um sorriso de canto e tomou os lábios dela em um beijo apaixonado.

Continua...