Fantasy

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[...] - Estou mais do que pronta [...]

- Hmm! Então vamos ver o que tem aqui embaixo – Ele abriu os três botões restantes sem por nenhum segundo tirar os olhos dela. Antes que fizesse menção de tirar o jaleco, ela deu dois passos atrás e segurou a roupa – Nat...
- Quero que você veja por inteiro – Abriu o jaleco exibindo sua lingerie azul de renda preta – Você disse que azul passou a ser sua cor preferida – Deixou a roupa cair pelos seus braços e ficar no chão.
- Com certeza azul é a minha cor preferida – Deu um passo a frente e a puxou pela cintura.
- Por quê? – Passou uma das mãos por dentro da blusa dele e a outra em seu rosto.
- Porque é a cor dos seus olhos, e eu amo eles, também é o tom do reflexo do seu cabelo quando o sol bate... E na primeira vez que fizemos amor, você estava usando um vestido azul. – Andou com ela na direção do seu quarto – Azul se tornou a cor mais importante na minha vida.
- Então a sua preferencia por essa cor é por minha causa – Mordeu o canto do lábio.
- Sim, por sua causa – A pegou no colo indo para o quarto, já não aguentava mais esperar. Atravessou o corredor entrando em seu quarto deixando-a de pé ao lado da cama. Antes de qualquer movimento ele parou para olhar ela de cima a baixo, decretando ser a visão do seu paraíso. Jamais vira mulher mais linda e sensual que ela. – É um perigo você se vestir assim – Sussurrou no ouvido dela.
- Me vesti assim para você – Beijou seu pescoço.
- Por isso eu disse que é um perigo, estou há quatro dias em completa abstinência, e você me aparece assim, toda sexy com essa lingerie, me provocando, me tirando do sério. Não tem medo do que posso fazer com você?
- Não – Balançou a cabeça em negação – Quero que faça o que quiser comigo, estou aqui para isso, foram quatro torturantes dias, tirando aquelas duas situações no banheiro e no celeiro, mas eu estou com tanta saudade do seu toque em meu corpo, sua respiração quente batendo em meu pescoço... – Tirou a blusa dele passando por seus braços – De ter você entre minhas pernas, cobrir meu corpo com o seu.
A curvatura sensual dos lábios de John provocou um calor dentro dela, se espalhando do ventre para os membros como uma droga potente. Ela estava nitidamente abalada. John segurou os pulsos dela e fez uma trilha por seu abdômen com as mãos espalmadas dela sobre. Ele a guiava, descendo, tocando seu físico, espalhando um rastro quente por onde seus dedos passavam. Por fim, parou quando tocou a calça, e então liberou suas mãos sabendo que ela entenderia o que deveria fazer a seguir. Natasha olhou para baixo, na direção das suas mãos que abriam o botão da calça dele, e puxavam o zíper para baixo. John tirou os sapatos de qualquer jeito com a ponta dos pés, só usou as mãos para tirar a calça, então a beijou na boca. Suprimindo um suspiro de surpresa, John a abraçou, passando as mãos por sua costa e levantando-a do chão passando suas pernas ao redor do seu corpo. Ela levou uma das mãos à nuca dele, enquanto a outra envolvia seu rosto. Deixou seus sapatos caírem, já tinham servido ao seu propósito. Deu um passo e deitou junto dela na cama, agarrando uma de suas coxas erguendo-a ate seu pé tocar o colchão. Sua língua invadiu a boca dela, sentindo um gosto de menta misturado com a doçura natural de sua saliva. Ele grunhiu, sedento por ela, mas sem a necessidade de devorá-la de uma vez. Ela prendeu o lábio inferior dele entre os dentes e mordeu, acariciando-o em seguida com seus lábios macios e úmidos e sua língua aveludada. Natasha sentiu o elástico da sua calcinha arrebentar quando John puxou e jogou para longe:
- Eu adorei sua lingerie, mas você fica melhor sem ela – Mordeu seu lábio descendo para seu pescoço. O gemido que ela soltou reverberou dentro dele, fazendo todos os seus sentidos se aguçarem. Baixou as duas alças do sutiã dando um beijo em cada ombro, passando as mãos por trás dela abrindo o fecho e tirando a peça – Parece que foram meses sem ter esse corpo perfeito – Agarrou um seio e o outro pôs dentro da boca. Natasha arfou arqueando a costa cravando sua mão entre os cabelos dele não deixando que parasse. John sorriu mordendo-a passeando com sua mão pelo corpo dela parando no meio das suas pernas encontrando sua entrada molhada. Passou para o outro seio dando o mesmo trato.
Natasha sentiu cada fibra do seu corpo retesar, os dedos afundarem no lençol e cada músculo obedecer ao toque dele. Ela jogou a cabeça para trás sentindo os dedos dele entrando e saindo, sua boca em seu seio, isso a estava levando a beira do primeiro clímax:
- John, por favor...
- Tão apressada – Arrastou seus lábios ate chegar à boca dela. – Mas ainda estou vestido.
- Então tira – Mordeu seu queixo, trilhando a lateral do seu corpo ate seus dedos engancharem na cueca dele. Empurrou para baixo – Você vai ter me ajudar, não consigo me mexer com todo o seu peso em cima de mim.
- Ótimo, quero que sinta cada parte de mim em seu corpo – Ergueu o corpo apenas para tirar a cueca onde ela havia empurrado. As mãos dela percorreram seu corpo parando em seu ombro e outra em seu rosto.
- Eu preciso de você – Falou com seus lábios próximos aos dele – Dentro de mim, quero senti-lo – Ela ergueu a perna e enroscou o pé na panturrilha dele. Cada centímetro de sua pele reagia ao estímulo dela, que o fazia se arrepiar todo por onde passava os dedos. Mordeu seu lábio.
John cerrou os dentes, era uma loucura ouvi-la implorando daquele jeito, entrou alguns centímetros apenas para sentir como estava encharcada e quente. Grunhiu ao senti-la apertada:
- Por favor, John – Desceu arranhando seu braço – Quero que vá rápido e forte. Na segunda vez podemos ir lento e sem pressa, mas agora eu só preciso que me coma.
- Hmmm! Minha linda – Mordiscou seu lábio – Seu pedido é mais do que uma ordem para mim - Meteu ate o fundo fazendo-a gemer alto. Era incrível como um corpo tão menor que o seu podia proporcionar um encaixe tão perfeito. Ele fechou os olhos enquanto saía só para entrar de novo com mais força, sentindo um prazer tão quente e intenso que sua pele ficou coberta de suor.
Natasha cravou as unhas na costa dele puxando o pouco ar permitido para os pulmões, ela deixou que o corpo dele ditasse o ritmo, penetrando-a por inteiro quando estava totalmente entregue:
- Sim, eu senti falta disso – Ele falou com sua voz rouca.
- Ahh... Eu sou toda sua John... Só sua – Arrastou a unhas ao longo da coluna dele sabendo que no outro dia ficariam as marcas avermelhadas.
- Minha, toda minha – Beijou seu pescoço quando ela arqueou o corpo agarrando seus braços quando atingiu seu ponto mais sensível. Abriu um sorriso safado quando a escutou gemer. Quando suas mãos fizeram menção de descer por seu corpo, ele as pegou prendendo-as contra o travesseiro – Você quer forte.
- Sim, forte – Fechou os olhos. Pegou a boca dela com a sua, inclinou a cabeça para chegar a uma posição perfeita. Suas mãos afundaram mais no travesseiro quando ele aumentou seu ritmo.
Natasha estava tão perdida no prazer que mal sabia a qual parte dava mais atenção, apenas recebia e dava na mesma proporção. Com a boca do John junto da sua ficava difícil respirar, apenas gemia e puxava o ar em curtos momentos. Ao esfregar sua língua na dela, ele grunhiu, lembrando-se daquele toque aveludado em outras partes de seu corpo. John saboreou a reação dela, estremecendo sob seu corpo, vendo seus olhos se perderem à medida que o prazer ia tomando conta. Os músculos delicados dela o comprimiam, levando-o à loucura. Arrastou seus lábios ate a pele do pescoço dela respirando descompassadamente, sentiu ela deslizar a coxa em seu quadril abrindo-se ainda mais para ele. Não conseguiu se controlar, por mais que tentasse, mas a queria demais, meteu com força e rapidez, vendo o orgasmo tomar conta dela atravessar seu corpo e explodir a sua volta, apertando-o gritando seu nome.
John soltou uma de suas mãos para agarrar na cabeceira da cama quando sentiu o sexo dela apertar e suga-lo ate com que atingisse seu clímax. Seu orgasmo foi tão intenso que sua mão ficou branca devido à força com que segurava a cabeceira, pareceu uma eternidade ate recobrar uma parte do ar. Natasha levou uma das mãos entre os cabelos dele, enquanto a outra continuava presa contra o travesseiro:
- Isso foi incrível – Esboçou um sorriso cansado.
- Com certeza, estou sentindo meus músculos tremerem – Soltou a mão dela.
- Hmm – Com um movimento rápido das pernas ela o jogou para o lado ficando por cima dele – Então deita... Era assim que eu queria você – Puxou todo o seu cabelo para o lado.
- A visão daqui é ótima – Pousou as mãos sobre o quadril dela.
- Então aproveita bem e grava na memória para lembrar quando eu não estiver por perto – Tocou seu peito dando um leve beijo, levando seu rosto ate o dele.
- Isso é fácil, mas vai ser difícil explicar o porquê da minha ereção no meio de uma reunião.
- Diz que você se lembrou da sua namorada montada em você, sussurrando no seu ouvido – Mordeu o lóbulo da orelha dele – Dizendo o quanto ama seu corpo e tudo o que sabe fazer com ele, e você também lembra como é cada detalhe do meu corpo e a sensação das suas mãos passando por cada um deles.
- Hmmm! Se eu falar isso, eles vão querer ir atrás de você e eu terei de matar todos.
- Que ciumento – Apoiou os antebraços próximo da cabeça dele, recostou sua boca a dele – Mas eu prefiro você. Ninguém é melhor do que você. – Mordeu seu lábio, passando sua língua sobre.
- Sério? De novo? – Perguntou mostrando um sorrisinho descendo suas mãos sobre as coxas dela.
- Unhum – Afirmou com a cabeça – Toda a madrugada você disse, lembra?! – O beijou rápido, mas cheio de desejo, apenas para ele sentir seu gosto.
Ele soltou uma risadinha olhando para aquelas duas safiras que queimavam de excitação:
- Manda ver – Trouxe a boca dela para junto da sua querendo um beijo mais profundo e erótico.


Natasha acordou e notou que todo o quarto ainda continuava escuro, olhou para o relógio sobre a cabeceira que marcavam quatro e quinze da manhã. Voltou sua atenção para John que dormia ao seu lado, parecia completamente exausto, e não era por menos, durante as horas anteriores tiravam apenas alguns minutos para recuperar o fôlego antes de mais uma rodada de sexo. Sentou na cama e soltou um suspiro. Ficou de pé espreguiçando-se, pegou a blusa do John que estava no chão e vestiu, saiu do quarto e foi direto para a cozinha pegar um copo com água.
Voltou para o quarto e olhou novamente para John que não havia se mexido. Seu sono ainda não havia voltado e não queria deitar, então puxou uma das cortinas que cobria as portas de vidro que dava acesso à sacada. O vento estava frio e calmo, e a cidade abaixo apesar de não dormir estava bastante calma e quieta. Apoiou os braços no parapeito, apoiando uma perna na frente da outra e ficou admirando a vista. Quase nunca conseguira olhar para Nova York a noite, apreciar sua cidade, tudo era tão movimentado de manhã, tão caótico que se parasse para olhar para um prédio seria levada pelas pessoas na calçada. Puxou o ar da noite adorando aquele ventinho gelado. De repente escutou alguns gemidos, olhou para trás e viu John se mexendo inquieto na cama, entrou correndo no quarto:
- Não... Por favor, não...
- John – Sentou do seu lado sacudindo-o levemente pelo ombro tentando acorda-lo – John, acorda.
- Não, por favor... Por favor, não vá... Espere... Não...
- John acorde – Sacudiu com um pouco mais de força – Vamos, acorde, está tudo bem.
- Não... – De repente ele acordou tomando uma lufada de ar. Parecia desorientado, pois seus olhos percorreram todo o quarto antes de pousar nela – Nat?
- Estou aqui, está tudo bem, você teve um pesadelo – Tocou seu rosto.
- Ah – A abraçou apertado.
- Está tudo bem – Beijou seu ombro – Estou aqui.
- Desculpe, eu acordei você
- Não, não, eu já estava acordada e escutei você gemendo. Quer me contar com o que estava sonhando?
- Com meu pai – Sua voz saiu fraca.
- E o que aconteceu? – Afastou seu rosto para olhar em seus olhos.
- Ele... Ele estava conversando comigo e do nada disse que tinha que ir embora, então... Ele virou de costas e foi... Eu pedia para que ficasse, implorava para não me deixar... – Um soluço escapou da sua garganta – Eu tentei correr atrás dele, mas quanto mais eu corria mais ele se afastava. Ate que simplesmente sumiu. Sem nem olhar para trás.
- John... – Sentiu seu coração apertar por ver tanta tristeza atravessar os olhos dele.
- Eu pedi muito para que não fosse, mas ele não me escutou – Uma lágrima escorreu pelo canto dos olhos, Natasha a enxugou com o polegar.
- Meu amor eu sinto muito, sei o quanto é difícil aceitar que seu pai se foi.
- Não sabe o quanto
- Sente muita falta dele?
- Demais – Fechou os olhos bem apertados – Meu pai era meu melhor amigo, o melhor homem do mundo, e quando ele morreu senti como se uma parte de mim, uma parte muito importante tivesse morrido junto.
- Eu sinto muito, não posso imaginar a dor que sentiu quando o perdeu, mas você deve lembrar que ele te amou mais que tudo no mundo, adorava você e com certeza sentiu muito orgulho pelo homem que se tornou. Eu sinto. Mark foi um homem muito importante para você, mas lhe deixou um legado, uma empresa que construiu do nada, valores que lhe ensinou e todo o amor que um filho deve ter. Você é filho dele, é único, especial, e não poderia ser menos do que isso.
- Meu pai sempre vai ser único, e eu sempre vou sentir sua falta
- Eu sei, mas você tem a sua mãe, sua família e a mim. – Esboçou um suave sorriso.
- Sim, você. – A abraçou puxando para a cama, para o seu lado – Você é o motivo de me fazer levantar da cama todos os dias, de continuar sorrindo mesmo sem ter razão para isso, é o único motivo de manter vivo. Você veio para a minha vida quando eu mais precisava e eu nunca vou conseguir agradecer o suficiente por isso.
- Estarei aqui sempre que precisar de mim. Você é minha vida John, e eu não vivo sem você – Tocou seu rosto.
- E eu muito menos sem você – A abraçou mais apertado recostando sua testa a dela – Diga que me ama, eu preciso ouvir, me sinto vivo quando diz isso.
- Eu te amo – Fechou os olhos – Amo mais que tudo no mundo, e sempre vou amar.
Ele respirou fundo também fechando os olhos para absorver aquela declaração. Ele estava assustado com seu sonho, havia muitos meses que não sonhava com seu pai, mas este foi diferente e isso o deixou com medo, mas quando abriu os olhos viu que ela estava do seu lado, e bastou algumas palavras para todo o medo sumir e voltar a sua tranquilidade. Natasha sempre seria isso, seu porto seguro.

Continua...

Simply, I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora