[...] segurando a mão dela e a conduzindo ate o carro. [...]
Eles voltaram para o hotel de tardezinha. Ele subiu ate o quarto com ela apenas para descansar um pouco antes de voltar para seu hotel. Ela entrou no quarto e tratou de tirar os sapatos e pegar uma garrafa de água gelada. John sentou no sofá colocando os pés para cima:
- Quando você volta para Nova York? – Ela perguntou voltando para a sala abrindo a garrafa.
- Hoje à noite – Respondeu respirando fundo. Ajeitou uma almofada no braço do sofá e recostou sua costa. – E você?
- Amanhã de manhã – Sentou no espacinho ao lado dele.
- Por que não vem comigo hoje? – Pousou a mão sobre a coxa dela.
- Não posso, minha passagem está marcada para amanhã e eles jamais me dariam reembolso tão em cima da hora, e não tem como comprar outra assim.
- É provável, mas não precisa de passagem para ir comigo
- Como não? Que espécie de avião não necessita de passagem?!
- Os tipos particulares – Abriu um leve sorriso.
- Particulares? - Enrijeceu as sobrancelhas – Você fretou um avião?
- Não, e não é um avião, é um jatinho e é meu
- O que? – Ficou de boca aberta.
- O que foi? Não sabia que eu tinha dinheiro o suficiente para comprar um jatinho?
- Acho que minha expressão responde a sua pergunta
- Há! Há! Há! Certo! Na verdade, meu pai comprou há seis anos, ele não gostava de andar em aviões lotados, mesmo indo de primeira classe, ele se sentia mal com tanta gente, então um dia resolveu comprar seu próprio avião para assim evitar todo aquele tormento.
- Nossa! Confesso que fica cada vez mais difícil entrar nesse seu mundo de riqueza... É tão intenso – Olhou para o bordado do sofá.
- Você faz parte do mesmo mundo que o meu – A puxou para seu peito abraçando-a.
- É, mas meus pais não tem um jatinho particular... Não por falta de vontade da minha mãe e do meu irmão.
- Me admiro o Sr. Donovan não ter comprado um – Apoiou seu queixo na cabeça dela.
- Verdade, quem sabe um dia ele mude de ideia – Sorriu aconchegando-se nele.
- Eu não vejo problema nenhum em voar em aviões comuns, uso o jatinho apenas quando preciso chegar rápido a algum lugar, mas fora isso eu vou a voos comerciais, minha mãe usa ele a maior parte do tempo, ela está sempre viajando e assim como meu pai, detesta voos lotados.
- Há! Há! Pensando como eles, eu também detesto voos lotados
- Então venha comigo – Apertou-a em seu abraço.
- Eu estou muito cansada, e preciso dormir, e acredite ou não, mas não consigo dormir em aviões.
- Você está me dispensando
- Não estou, eu só estou cansada e querendo dormir a noite toda, e não dramatize tudo, vamos nos ver amanhã.
- Hunf! Mas não queria ficar longe de você nenhuma hora
- Há! Há! Eu também não, mas prometo que vão ser poucas horas – Ergueu o rosto olhando- o com um sorriso apaixonado.
- Tudo bem – Fez uma cara triste.
- Não fica assim – Ela se ajeitou no sofá ficando mais próxima dele e tocando seu rosto. Deu um selinho demorado nele – Não sabia que era tão grudento – Falou em tom divertido.
- Sou com quem gosto – Segurou a cintura dela.
- Então gosta de mim – Deslizou seus dedos sobre o queixo dele.
- Muito... Na verdade, gostar não é a palavra certa – Olhou profundamente naqueles olhos azuis – Estou apaixonado por você.
Ela abriu ligeiramente a boca como se não estivesse acreditando no que acabara de ouvir, mas olhando em seus olhos sabia que era verdade, e que seus sentimentos estavam sendo correspondidos:
- Sabe de uma coisa? – Abaixou a cabeça olhando para a abertura na camisa dele dando um pequeno vislumbre de seu peito – Eu estou completamente apaixonada por você.
John sentiu seu coração parar por uns segundos e voltar a bater forte e acelerado. O alívio que sentiu foi tão gratificante que desejou ouvir outra vez a confissão dela apenas para acalmar seu ânimo:
- Não sabe como é bom ouvir isso – Sorriu. Ele aproximou sua boca a dela e a beijou sem pressa e cheio de amor, sussurrando o quanto ela era linda.
A noite estava caindo, e já era hora de se despedir:
- Ah espera – Natasha foi ate o guarda roupa e tirou um cabide coberto pela capa de plástico. Voltou para perto de John – Aqui está.
- É o meu terno. Você mandou lavar?
- Sim, quando saímos do quarto eu falei com a camareira no corredor, lembra? Pedi a ela que lavasse e passasse o terno.
- Hmm – Pegou – Eu o preferia todo amassado. É mais significativo. – Olhou para ela com o mesmo olhar da noite anterior quando a agarrou e tomou sua boca em um beijo de tirar o fôlego.
- Há! Há! Eu posso amassar muitos outros, assim teria uma infinidade de recordações.
- Arg! Natasha... Ouvir você falando assim com seu tom provocador, me faz querer ficar aqui e arrancar sua roupa uma por uma – Agarrou a cintura dela falando com os lábios colados aos dela.
- Então fique aqui comigo – Passou os braços por trás da nuca dele – Vá amanhã.
- Não posso, tenho uma reunião importante pela manhã – Puxou o lábio dela.
- Hmmm você é o chefe, pode desmarcar – Beijou o canto da sua boca.
- Eu adoraria, mas esta é a segunda vez que eu remarco, infelizmente não posso fazer de novo – Apertou o bumbum dela.
- Então, acho que vamos ter que deixar isso para amanhã – Se afastou dele bruscamente deixando-o com suas mãos paradas no ar.
- Não acredito que vai fazer isso comigo – Falou em desgosto.
- Há! Há! Vou sim – Sorriu maliciosamente – E você precisa ir, daqui a pouco tem que embarcar. Vá.
- Nat...
- Vai logo John – Pousou as mãos no peito dele empurrando ate a porta – Nos vemos amanhã em Nova York.
- Sério? Está me jogando para fora – Falou enquanto tentava desviar dos móveis ate a porta.
- Estou fazendo isso pelo meu próprio bem
- Como assim?
- Se você ficar mais um minuto aqui eu tenho medo da loucura que posso fazer
- Acho que consigo me segurar aqui por mais um minuto
- Ah! John... Não seja sínico. Agora vá. – Empurrou mais uma vez.
- Ok! Eu vou, mas com uma condição
- Qual?
- Prometa que amanhã vai sair comigo
- Prometo, mas só seu eu conseguir terminar todo o meu trabalho
- Certo – Ela deu um passo atrás, mas ele a pegou envolvendo seu grande corpo sobre o dela – Sabe que se eu quisesse eu prenderia você aqui, e não teria como escapar.
- Estou ciente disso, e confesso que a ideia não seria ruim
- Então... – Beijou levemente o pescoço dela.
- Então... – Ela inalou o cheiro dele e sussurrou – Nossa como você é cheiroso – Passou as mãos nos braços dele – Não, é melhor ir.
- Hã? Por que está fazendo isso? Resistindo.
- Porque a expectativa ficar maior – Mordeu o canto da boca – Amanhã eu encontro com você.
- Hmm – Foi então que entendeu o jogo dela. Aumentar sua ansiedade em vê-la e toma-la de novo seria uma torturante loucura. Se esse era o plano teria de se segurar e esperar, mesmo sendo uma das coisas mais difíceis que já fez – Tudo bem vou esperar.
- Bom garoto – Sorriu apoiando as mãos nos ombros dele capturando sua boca deixando- o sem fôlego.
- Você está dificultando ainda mais
- É o meu trabalho – Segurou o queixo dele dando uma mordida de leve no lábio – A gente se vê amanhã.
- Vai demorar tanto – Arranhou a cintura dela por cima da blusa.
- Mas vai chegar
- Acho melhor eu ir antes que resolva desmarcar novamente a reunião e perder os patrocinadores
- É, é melhor – Riu baixinho – Ate amanhã.
- Ate – Ele deu um selinho demorado nela de despedida e foi embora. Ela ficou observando- o ate entrar no elevador e sumir nele quando as portas fecharam.
Ela fechou a porta do quarto e se jogou na cama rindo igual boba.
No outro dia, pelo meio dia John voltou para seu apartamento depois de uma longa reunião, e ao longo dela teve problemas de concentração, pois pensava o tempo todo em Natasha e teve de pedir ao seu amigo Sam para explicar o que eles disseram.
Assim que adentrou seu apartamento sua mãe descia as escadas, abrindo um largo sorriso quando o viu:
- Filho, você voltou – Abriu os braços assim que pisou no chão e andou ate ele.
- Oi mãe, cheguei de madrugada e de manhã cedo fui para a revista, não consegui ver você – A recebeu com seu abraço.
- Oh! Tudo bem – Esfregou a costa dele afastando-se ligeiramente – Mas me conta, como foi o desfile?
- Foi ótimo, como era de se esperar do Jeremy – Sorriu.
- Ah eu adoro ele, e principalmente a Costa Rica, adoro toda aquela beleza
- Há! Há! Eu sei mãe, viaja para lá pelo menos duas vezes ao ano – Beijou a testa dela – Ah sim, Jeremy mandou um modelo exclusivo para você.
- Oh! Verdade? Ele como sempre adora me mandar presentes caríssimos e exclusivos – Falou toda alegre.
- Há! Há! Se conhecem há bastante tempo – Deu de ombros.
- Hmmm! Esse sorrisinho travesso não é só pelo ótimo desfile não é mesmo? – Cerrou os olhos cruzando os braços.
- O que? É claro que é... – Deu um passo atrás indo ate a bancada da cozinha.
- John você quer mentir para mim? Que te conheço há 30 anos? Vamos, diga logo, o que mais aconteceu lá para deixar você alegre?
Ele mordeu o lábio não contendo o sorriso que surgiu relembrando a noite em que Natasha foi inteiramente sua. Ele passou a mão na nuca e respirando fundo disse:
- Natasha e eu estamos juntos
- O que? – Arregalou os olhos e abriu a boca – Não acredito – Gritou igual uma adolescente quando recebe um presente caro e de marca – Quando... Como isso aconteceu?
- Bom você sabe como ela estava brava comigo pelo incidente com a Lucy, eu resolvi dar um tempo ate depois do desfile para ela esfriar mais a cabeça e assim podermos conversar tranquilamente... Só que eu não contava que ela fosse no lugar do pai para a festa.
- Ela foi para Costa Rica? – Se aproximou dele.
- Sim, foi representando o pai e a agência, e assinar um contrato com Jeremy
- E aí? – Puxou o banco e sentou curiosa para saber o resto da história.
- Não demorou muito para que eu a encontrasse, já que roubou a atenção de todos ali, ouvi vários comentários sobre uma linda mulher que havia chegado, e quando um deles disse que era a filha do Donovan eu fui imediatamente procurar por ela. Ah! Mãe, ela estava linda, perfeita, deslumbrante, eu não tenho nem palavras para descrever como estava bela. Eu perdi meu fôlego quando a vi.
- Hmm! Imagino. Natasha sempre foi uma moça muito bonita, tem uma beleza diferente.
- Concordo. Por isso ela estava mais do que perfeita naquele vestido.
- E você conversou com ela quando a encontrou?
- Não naquele momento, quando a encontrei ela estava acompanhada do Jeremy e eles ficaram um bom tempo no escritório dele. Mas depois do desfile a encontrei sozinha, foi quando consegui segura-la e ter a oportunidade de explicar tudo.
- E?
- Quando ela estava acreditando, a Lucy apareceu de sabe Deus onde e me beijou na frente da Natasha.
- É o que? Não, essa garota não fez isso. Será que essa inconsequente não tem o senso do ridículo, só sendo muito patética para continuar fingindo uma história para todo mundo.
- Não sabe a raiva que senti na hora, a Natasha foi embora furiosa, e com toda a razão. Só que eu não podia deixar as coisas se repetirem, e depois de me livrar da Lucy eu segui a Nat ate o hotel, invadi o quarto dela e a convenci a me desculpar.
- Hmmm e quer que eu acredite que depois que ela te desculpou vocês pediram o jantar no quarto e brindaram com taças de vinho?
- Há! Há! Há! Nada escapa de você não é dona Mary?! – Riu – Não, nossa noite não acabou assim. Eu precisava provar a ela que eu estava falando a verdade, que a Lucy não é nada para mim, mas que ela sim, era e é tudo o que eu sempre quis.
- Oh meu filho, eu estou tão feliz por vocês, principalmente por você estar apaixonado e feliz com a garota dos seus sonhos.
- Imagine como eu estou. Não vejo a hora de vê-la hoje à noite, eu quero traze-la aqui, ela nunca viu meu apartamento, e quero que conheça tudo sobre mim, tudo o que é meu.
- Se for assim, eu vou convidar Susan para jantar e vou deixar vocês sozinhos
- Mãe não precisa se incomodar
- Que nada! Eu não quero atrapalhar, ate porque quero que o casamento saia rápido
- A-ah casamento? É um pouco cedo para falar disso
- Meu filho quando se ama alguém seu coração só sossega quando você põe um círculo de ouro na mão esquerda mostrando que ela será sua para sempre – Bateu de leve nos braços dele, e depois seguiu para a sala de jantar.
Ate que a parte "ela será sua para sempre" o agradou bastante, a ideia de tê-la para toda a vida o deixava bastante animado, mas casamento, ainda era uma ideia nova e assustadora para ele. Temia que pudesse acontecer a mesma coisa que houve com Lucy, ficarem noivos e perto do dia do casamento ser traído. Isso era motivo para se ter pesadelo.Continua...
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Simply, I love you
RomanceO que acontece em Paris deve ser levado para a vida toda. O que você faria se, literalmente, esbarrasse no amor da sua vida na cidade mais romântica do mundo? Natasha Donovan tinha acabado de se formar em Publicidade, e ganhou de seus pais como pres...