O pedido

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[...] John seguiu para perto da mãe. [...]

O jantar seguiu tranquilamente, cheio de conversas e risadas, com alguns olhares maliciosos entre o casal. Susan contou sobre sua função temporária como juíza, e o quanto era estressante ter que lidar com os erros dos outros e ainda sair de vilã quando faz justiça. Taylor comentou o andamento da agência, e as novas campanhas que estão surgindo vindo da grande quantidade de pedido pelas suas modelos. Ethan falou brevemente sobre seu trabalho e os projetos que lhe foram dados. John também mencionou os futuros lançamentos da sua revista.
Depois do jantar eles seguiram para a outra sala, lá continuaram a conversa enquanto Leila servia café a todos eles, exceto Natasha que recusou. Durante uma breve pausa nas conversas, John olhou para Nat pensativo, depois encarou o chão cogitando algo e só então virou-se para Taylor:
- Senhor Donovan – O chamou.
- Sim? – Ergueu as sobrancelhas.
- Eu queria falar com o senhor – Deixou sua xícara na mesa ao lado.
- Oh! Sim, podemos ir ate meu escritório – Fez o mesmo que o rapaz deixando a xícara antes de beber mais um gole.
- Não será preciso, o que tenho para dizer é bom que todos saibam
- Bom então diga, estou curioso – Ajeitou-se em sua poltrona. Susan que estava sentada ao lado do marido, olhou para Mary que estava ao seu lado.
Natasha sentiu seu estômago revirar, a mesma sensação que sentiu de manhã. Todo o seu corpo entrou em estado de alerta no momento em que começou a falar:
- Bom pode ser uma surpresa para todos, mas não há momento melhor que esse. Então, senhor Donovan, tenho que dizer que estou apaixonado pela sua filha.
Ethan se engasgou com o café e quase derrubou o que tinha sobrado, Taylor ficou de olhos arregalados e completamente surpreso, a pobre Nat engoliu em seco não acreditando no que acabara de ouvir:
- Estamos saindo há um tempo, e posso afirmar que ela é a melhor garota que já encontrei, e não canso de dizer a ela o quanto sou grato por tê-la conhecido – Olhou para a jovem paralisada com um sorriso simples, mas apaixonado – Mas isso a está deixando triste, pelo fato de mantermos tudo as escuras, e a felicidade da Nat é a minha felicidade, por isso senhor Donovan quero pedir sua permissão para namorar sua filha.
Mary pousou uma mão sobre a outra sobre o peito toda sorridente admirando a coragem do filho. Susan olhou a amiga com um sorriso gigantesco, e depois voltou sua atenção para o marido, que parecia ter congelado no lugar:
- Taylor? – Susan chamou.
- Como é? – Ele perguntou ainda surpreso.
- Ora! Por favor, Taylor, o rapaz está apaixonado por sua filha e está pedindo sua permissão para namorar ela. Dê logo a sua resposta – Susan respondeu irritada.
- Isso tudo foi muito repentino, eu nem sabia que se conheciam assim tão bem – Coçou uma sobrancelha.
- Bom nos conhecemos quando ainda éramos crianças, mas perdemos contato por vários anos, e nos reencontramos em Paris e depois disso vivíamos esbarrando um no outro – Enquanto explicava não tirava os olhos dela, e a mesma ainda estava sem reação.
- Nossa. Bem, eu... – Olhou para a filha e vendo a expressão dela de ansiedade e felicidade ele não podia negar isso a ela, estava escrito em sua testa o quanto ela gostava dele e era isso o que queria. Ele suspirou sorrindo – Se a minha filha quer e está contente com isso, eu não vou me opor, você é um bom rapaz John, conheço você desde que era pequeno e sendo filho de quem é tenho certeza que minha Natasha está em boas mãos. Por isso, eu dou o consentimento para esse namoro.
Exceto Ethan, todos suspiraram aliviados. Natasha abaixou a cabeça sorrindo sentindo a tensão sair de suas costas e a respiração normalizar:
- Agora sua vez Nat – Susan falou.
- O que? – Ergueu a cabeça rapidamente.
- Responda ao John
- Ah – Ficou sem resposta por alguns segundos ate olhar para o belo moreno à frente, foi então que tudo fez sentido e voltou à normalidade.
- Você aceita o pedido dele querida? – Mary perguntou com as mãos entrelaçadas esperando a resposta como se esperasse um milagre.
- Sim, eu aceito. Quero ser sua namorada – Sorriu.
John abriu seu belo sorriso ficando de pé andou ate a jovem e segurou suas mãos. Natasha ficou de pé, e mesmo ainda em estado de choque o beijou – Beijo rápido, claro.
- Eu não acredito que fez isso – Sussurrou.
- Você queria ter certeza do que éramos um para o outro, espero que por enquanto tenha resolvido nosso problema.
- Sim, resolveu bastante – Sorriu, e essa foi a maior recompensa de John, ver aquele lindo sorriso fazia tudo valer a pena.
Depois dos ânimos se acalmarem, Ethan puxou John para longe e perguntou:
- Desde quando ta saindo com a minha irmã?
- Eu disse, nos encontramos por acaso em Paris, nos esbarramos, literalmente, duas vezes, na segunda ela bateu a cabeça e a levei para o hotel onde estava hospedado, quando ela acordou conversamos um tempo e depois foi embora.
- Você levou minha irmã para o quarto do seu hotel? Você é um pervertido – Havia raiva em suas palavras.
- Cara não aconteceu nada se é o que está pensando. E qual é a sua hein? Sabe que eu jamais faria algo assim, ainda mais com alguém que estava desacordado e sem defesas, nem parece que é meu amigo.
- Eu to repensando sobre isso – Cruzou os braços com sarcasmo.
- Ethan, escuta, fazia anos que não via sua irmã, e quando nos encontramos pela primeira vez nem sabia que ela era da sua família, mas aconteceu, eu me apaixonei por ela, e mesmo se seu pai tivesse negado o meu pedido eu ainda ficaria com ela – Olhou para o amigo com sinceridade – Nada no mundo me afastaria dela.
- E se ela não quisesse você?
- Continuaria insistindo ate faze-la mudar de ideia
- Hunf – Ethan suspirou contraindo seus músculos dos braços. Resmungou baixo olhando para o lado – Cara eu não acredito que você tá transando com a minha irmã – Fez cara de nojo.
- Há! Há! Há! – Pousou a mão no ombro dele – Não pensa nisso, a única coisa tenho a dizer é que nenhuma vez é igual à outra – Começou a rir quando Ethan socou sua costela rangendo os dentes.
- Você é um desgraçado Harris – Apontou para ele – É melhor cuidar bem da Natasha, ou eu juro que acabo com você, começando por aquele seu carro que sei que é seu xodó.
- Se ela derramar uma lágrima por alguma merda que fiz, pode descontar tudo em mim. Pela Natasha eu aceito me desfazer daquele carro, se ela me recompensar com um sorriso.
- Cara! Você está completamente apaixonado. Só lamento – Ergueu as mãos acima dos ombros – Depois dessa não tenho mais o que falar, a não ser boa sorte.
- Obrigado – Sorriu.
- Oi! O que tá acontecendo aqui? – Natasha se aproximou dos dois.
- Nada minha linda, estávamos apenas conversando
- Enquanto o diálogo ainda funciona – Ethan respondeu erguendo uma das sobrancelhas.
- Se é assim, John você quer dar uma volta comigo pelo jardim?
- Claro – Sorriu.
- Eu vou sair, preciso beber alguma coisa e com a mamãe aqui ela não vai deixar – Ethan acenou, e aos risos Natasha tirou sarro do irmão antes de ter tomada sua mão esquerda pela a de John. Eles seguiram para a porta de vidro próxima a escada dando o acesso ao jardim.
Estava frio um ótimo clima para ficar colado com seu parceiro. Ele ergueu suas mãos entrelaçadas dando um beijo na dela antes de pousar sobre o peito. Eles seguiram sobre as trilhas de pedras ate uma cadeira grande em formato de O, larga e bastante confortável, ficava na lateral da casa, na área coberta. Eles subiram na grande cadeira, recostando- se no apoio que formava uma onda. John estava com as pernas esticadas e uma sobre a outra, Natasha apoiou sua cabeça no ombro dele deixando as pernas mais próximas do corpo:
- Eu ainda não acredito que fez aquilo – Ela sorriu pensando na cena de minutos atrás.
- Você vivia dizendo que não éramos nada um para o outro, a não ser amigos "coloridos", eu detestava quando dizia isso, e só havia uma forma de fazer você mudar isso
- Me pedindo em namoro
- Sim, com você é tudo 8 ou 80 – Respondeu em tom divertido.
- Eu sei – Olhou tocando o peito dele, de repente sentou olhando em seus olhos – Mas John, você está pronto para isso? Digo, eu sei como você se sente sobre relacionamentos sérios, e não quero que se sinta forçado a fazer isso só porque sou cabeça dura.
- Nat eu não teria feito aquilo, pedir ao seu pai na frente de todos se não estivesse totalmente seguro sobre minha decisão. Você me deu essa escolha lembra? Pediu para que eu decidisse quando tivesse certeza do que queria – Segurou a mão dela sentando ficando mais próximo dela – Acredite, eu nunca tive tanta certeza na minha vida quanto o que eu quero que é namorar você. Quero que todos saibam que você é minha.
- Acho que não é preciso que o mundo saiba disso – Olhou para suas mãos com um sorriso contido.
- É preciso sim, eu quero que o mundo inteiro saiba que meu coração tem uma nova dona, a qual não pretendo me desfazer nunca – Segurou a mão dela levando ate a boca beijando cada um de seus dedos.
- John – Sorriu. Mas ainda havia um traço de preocupação em seu semblante.
Ele suspirou entortando a boca, sabia que ela tinha motivos para se preocupar, afinal seu passado era mais do que razão para isso, mas detestava quando ela duvidava dele, principalmente quando contava a verdade. Ele enfiou a mão no bolso:
- Talvez assim acredite no que estou falando – Tirou do bolso e a mão dela que estava segurando virou deixando com a palma para cima, e entregou.
Natasha estreitou as sobrancelhas quando viu que era uma chave prateada. John recostou-se novamente sem tirar os olhos dela e com um sorriso de canto:
- Por que a chave? – Olhou para ele.
- É a chave do meu apartamento. Sempre que quiser ir para lá é só levar a chave – Apontou para o objeto e sorriu.
- Mas John eu não posso aparecer assim do nada no seu apartamento – Deu de ombros um tanto agitada.
- É claro que pode, por isso estou lhe dando a chave – Se inclinou para frente ficando próximo do rosto dela – E eu vou adorar chegar e encontrar você.
- Encontrar onde? Na cama? Na cozinha? Na banheira? – Estreitou os olhos.
- Em todos esses lugares... Por mais que algo que me diga que na maioria das vezes vou encontra-la na sala de filme.
- Há! Há! Pode apostar – Riu da resposta mais que verdadeira.
- Sabe... – Esfregou a mão dela entre as suas e levou a boca beijando novamente – Eu nunca dei a chave do meu apartamento para ninguém, nem mesmo a Lucy tinha.
- Verdade?
- Sim, eu nunca me importei com isso. Ela quase não ia ao meu apartamento, nós nos encontrávamos na maioria das vezes em restaurantes, ou festas. Quando queríamos ficar sozinhos, íamos para um apartamento.
- Oh – Ela escutava atentamente sabendo que era tudo verdade, e mesmo assim não acreditava que tinha um tratamento especial e diferente de alguém que um dia fora noiva dele. Ela olhou para a chave em sua mão pensando no que ele dissera.
- Espero que assim acredite em mim
- Eu acredito em você – Olhou para ele – E não precisava de uma chave para isso – Ergueu a chave enquanto falava.
- Eu faria qualquer coisa para que acreditasse em mim, não suportaria sua rejeição – Tocou o rosto dela, e a mesma passou as pernas para as laterais do corpo dele sentando. Segurou o rosto dele inclinando-se para frente:
- Não há motivos para eu rejeitar você – Tocou levemente os lábios dele com os seus – Pelo contrário, quero você o tempo todo – Iniciou um beijo lento e provocante, saboreando seus lábios que ainda tinham gostinho de café.
John apertou a coxa dela mantendo a outra mão agarrada à nuca intensificando o ritmo do beijo, era como provar sua comida preferida, nunca enjoa e quer o tempo todo, todos os dias.
Ela conseguia enlouquece-lo apenas com um beijo, colando seu corpo ao dele, contornando seus lábios com a língua, agarrando seus cabelos, tirando todo o seu ar e a sanidade. Natasha mordeu o lábio inferior dele e o puxou, John respondeu com um gemido:
- Minha linda, estamos na sua casa – Apertou o quadril dela.
- O que deixa tudo mais excitante – Respondeu em um tom provocante.
- Arg – Fez com que ela se empinasse para beija–lá com intensidade – Vamos para casa.
- Hmm! Não, eu não vou – Falou sorrindo provocativa afastando seu rosto do dele.
- Não?
- Sei lá, fiquei cansada – Fingiu um suspiro de cansaço.
- Não me provoca Natasha, eu disse que levo você de qualquer jeito, ate carregava no meu ombro.
- Você é um bruto – Bateu no ombro dele rindo.
- Não, você ainda não me viu sendo realmente bruto – Inclinou-se segurando as costas dela, e falou próximo a sua boca – Mas espero ansioso mostrar um dia a você.
Ela respirou fundo com suas mãos presas entre seu peito e o dele:
- Acho que vou gostar – Sussurrou sentindo aquela excitação da espera refletir entre suas pernas.
- O que acha de irmos embora agora? – Olhou para boca dela e depois encarou aqueles hipnóticos olhos azuis que tanto gostava.
- Acho uma boa ideia – Sorriu.
- Eu vou chamar minha mãe aí nós vamos
- Tudo bem – Deu um longo selinho antes de sair de cima dele e seguir de volta para dentro da casa – Eu vou só pegar uma roupa – Antes que ela saísse na frente ele a segurou pelo pulso.
- Não é necessário – Respondeu.
- Como não? Eu tenho que trocar de roupa
- Vá assim mesmo, não se preocupe com isso
- Mas...
- Só faça o que estou dizendo – Ele empurrou a porta para o lado e pediu que ela passasse.

Continua...

Simply, I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora