Dominada

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[...] Riu voltando sua atenção para a comida. [...]

Assim que Natasha entrou na Casa das Marias foi recebida por uma onda de abraços das crianças. E como de costume deu atenção a cada uma delas e logo em seguida foi para a sala da senhora Evan. Bateu duas vezes e entrou:
- Senhora Evan?
- Hmm? Oh Natasha – A senhora parecia perdida em meio a tantos papéis – Entre.
- Como está a senhora? – Ao entrar fechou a porta e andou ate a cadeira em frente a mesa.
- Ah! Um pouco cansada. A nossa instituição está com sérios problemas financeiros
- Do que precisam?
- Pra começar? De um espaço maior, está cada vez mais chegando crianças e jovens, mal temos lugar para abrigar a todos. Queríamos comprar o terreno aqui ao lado para construir uma casa de dois andares maior, e também fazer um andar nesse prédio aqui, mas para isso precisamos de muito dinheiro.
- Já pediram ajuda do governo?
- Já, mas sempre falam a mesma coisa, que vão nos ajudar, mas isso nunca acontece.
- Eu acho que posso pedir ao meu pai, e ate mesmo juntar com meu dinheiro
- É muito gentil da sua parte, mas precisamos de uma grande quantia, e eu jamais poderia pedir algo assim a você.
- Mas precisamos arrecadar essa quantia e... – Foi interrompida com o toque do seu celular – Me desculpe – O tirou de sua bolsa e viu o nome do Jeremy Duncan na tela – Alô.
- Natasha é ótimo ouvir a sua voz
- Como vai Jeremy?
- Muito bem, e você?
- Bem também. Em que posso ajuda-lo?
- Estarei em Nova York amanhã para tratar do assunto sobre minha nova coleção, e claro preciso das modelos da agência Donovan.
- Oh é claro, basta marcar a hora e estarei lá
- Perfeito. Preciso me encontrar com John, darei total cobertura a ele sobre meus modelos novos. Então podemos nós três nos reunir amanhã na Premium, o que acha?
- Por mim tudo bem
- Então estamos combinados, pelo menos estarei promovendo um encontro com seu belíssimo namorado
- Eu sempre adoro ver ele – Sorriu. Natasha olhou para a senhora Evan que estava perdida novamente em seus papéis, então uma ideia a atingiu com tanta força que quase ficou zonza – Ah Jeremy nessa reunião eu tenho um assunto importante para discutir com você.
- E do que se trata?
- Prefiro falar amanhã
- Hmm! Tudo bem então, estarei esperando.
- Sim, obrigada. Tenha um bom dia.
- Ah você também minha bela – Desligou.
Antes que Natasha pudesse se despedir duas batidas vieram da porta e Thomas entrou:
- Aqui está seu chá senhora Evan – Ele deixou a xícara sobre a mesa.
- Oh! Obrigada querido – Tocou seu rosto.
- Oi tia Nat – Cumprimentou e saiu da sala.
- Eu não entendi, Thomas não tinha sido adotado? – Apontou por cima do ombro.
- Hunf – Grace suspirou pesarosa – A família não se adaptou, queriam uma criança menor e então o devolveram.
- Oh Meu Deus, que horrível – Tocou seu peito.
- Pois é.
- E como ele está?
- Bem, aparentemente. Teve muito pouco tempo para se acostumar, então não sentiu tanto quando vieram deixar ele.
- Nossa! Eu fiquei tão feliz quando me disse que ele havia sido adotado, é a segunda família que o devolve. E é difícil conseguir adoção para um garoto de quase 12 anos.
- Verdade, mas ainda continuo rezando para que uma boa família se apaixone por ele e queira adota-lo. Eu só quero que minhas crianças sejam felizes.
- Eu também – Ela respirou fundo pensando em toda essa situação – Bom senhora Evan, eu vim apenas dar uma olhada nas crianças e em todo o resto, tenho que voltar para a agência. Pretendia ficar mais, mas meu pai me pediu para voltar.
- Tudo bem, só de vir aqui e animar essas crianças já é mais do que suficiente – Sorriu com sinceridade.
- Não se preocupe –Segurou as mãos da senhora – Nós vamos encontrar uma maneira de contornar tudo isso.
- Que Deus a ouça.
Natasha levantou e acenou da porta antes de sair.

À noite Ethan foi decido ate o Bar do Cesar para falar com Naya e contar de uma vez tudo o que estava se passando pela sua cabeça, queria por um fim ou um começo em tudo isso.
Assim que empurrou as portas sentiu suas mãos suadas, e não se recordava de estar tão nervoso em outra situação. Ao pisar dentro do bar, como um radar seus olhos bateram direto em Naya, e ele exalou alto quando a viu naquele shortinho exibindo suas pernas perfeitas e seu bumbum redondinho. Aquela blusa regata que delineavam sua barriga lisa e seus seios tentadores. Ethan cerrou os punhos tentando controlar suas emoções, mas quase explodiu em ciúmes quando viu um cara olhando desavergonhadamente para a bunda dela. Ele foi empurrado para dentro do bar quando alguém abriu a porta e só então notara que continuava parado no mesmo lugar desde que chegara impedindo a passagem dos clientes.
Após ter se desculpado caçou novamente Naya com os olhos e a viu entrando no corredor que dava direto para o escritório, era sua chance. Com passadas largas cruzou todo o salão seguindo o mesmo caminho que ela.
Não bateu na porta, apenas entrou e a trancou. Suspirou quando a viu, na ponta dos pés tentando alcançar uma caixa no alto da prateleira:
- Precisa de ajuda?
Naya deu um pulo virando de frente e quase desequilibrando batendo a costa contra o armário. Levou a mão ao peito sentindo como se seu coração fosse sair pela boca:
- Meu Deus Ethan. Você me assustou – Puxou uma grande lufada de ar se desencostando.
- Me desculpe, não era minha intenção
- Eu nem ouvi você entrando – Passou as mãos no cabelo tentando arruma-lo.
- Sou silencioso quando quero – Curvou os lábios em um sorrisinho de canto.
- Err... Posso te ajudar em alguma coisa? – Tentou não transparecer seu nervosismo.
- Talvez – Deu um passo à frente, e ela um atrás esbarrando em uma cadeira que derrubou.
- Droga – Se abaixou para levanta-la. Ethan respirou fundo, precisava urgentemente controlar seus instintos ou não conseguiria falar nada.
Ele se aproximou da prateleira e esticou o braço:
- É essa aqui?
- Hã? – Ela olhou para cima – É... é essa.
Ethan pegou a caixa sem fazer esforço e entregou a moça:
- O-obrigada – Estava começando a ficar nervosa com a presença dele, sua confiança estava se esvaindo e queria se manter forte e segura. Se afastou deixando a caixa sobre a mesa – Você ainda não me disse o que queria – Esfregou as mãos nos quadris.
- Eu queria apenas conversar
- Ah é? Conversar sobre o que?
Ethan não estava conseguindo se concentrar, olhava de relance para as pernas nuas dela, era sempre a mesma reação quando a via. Ele andou vagarosamente como um predador na direção dela:
- Sobre você e Connor
- Connor? O-o que tem ele? – Tentou se afastar, mas a mesa estava bem atrás e recostou nela.
- Estão juntos? – Ficou na frente dela a poucos centímetros do seu corpo.
- C-como? – Apoiou as mãos atrás do corpo sobre a mesa tentando tomar maior distancia, mesmo sabendo ser inútil.
- Perguntei se estão juntos, se continuam juntos... Como um casal. – Ele viu um misto de emoções atravessarem os olhos dela, e também sabia o efeito que causa nela. E não podia negar, adorava aquilo.
- Nós n-não somos um casal – O cheiro do perfume dele invadiu suas narinas e teve se conter para não fechar os olhos e memorizar o aroma.
- Ah não?! Engraçado, vocês estão sempre juntos
- Somos apenas amigos... Nada mais – Engoliu em seco, todo seu corpo estava reagindo a aquela aproximação.
- Hmm! E não sente nada por ele?
- Po-por que quer s-saber?
- Por curiosidade. Responde
- Eu n-não...
- Não minta Naya – Segurou nas beiradas da mesa prendendo-a entre seus braços.
- Não estou mentindo... Eu não sei... Eu... – Ficou ainda mais nervosa. Mergulhou naqueles olhos azuis profundos cheios de desejo e quis se perder em meio a eles. Ou melhor, no dono deles.
Naya mordeu o lábio o inferior, e foi como soltar um leão faminto da sua jaula no meio de um rebanho, Ethan tentou em vão controlar seu desejo, mas imaginou sendo os dentes dele ali apertando-o. Dane-se. Ele faria o que todo o seu corpo estava implorando por meses. Passou o braço ao redor dela puxando-a para colar em seu corpo, e com a outra mão pegou o rosto dela tomando posse da sua boca com uma fome insaciável.
Ethan estava prevendo a hora em que ela o empurraria, e aumentaria a distancia, como esperava que fizesse. Mas ao contrario do que esperava, ela se entregou, empurrando seus seios contra o tórax dele passando os braços por trás do seu pescoço, puxando-o para perto. Quando sua língua tocou a dela praguejou ao sentir seu gosto doce, apoiou as mãos nos quadris dela, tinha um corpo tão delicado que parecia que podia quebrar se mal manuseado.
Naya nunca se sentiu tão excitada com outro cara em toda a sua vida, apenas o cheiro dele fez seu corpo despertar, suas mãos o deixaram em chamas, e com o beijo... Ah! Ela nem respondia mais pelos seus próprios atos. Sentiu um formigamento entre as pernas quando ele enfiou as mãos por baixo da sua blusa para tocar sua pele que ficou inteiramente arrepiada. Naya ficou impressionada com a habilidade de Ethan, pois ele sabia os pontos exatos que deveria tocar em sua boca para enlouquece-la, e fazia isso com tanta naturalidade como se estivesse acostumado com as curvas dos seus lábios.
Naya deixou cair suas mãos ate o peito dele, quando o mesmo segurou seu rosto e o afastou ligeiramente, ela protestou com um gemido:
- Naya eu preciso que me perdoe pelo o que aconteceu anos atrás... Acha que pode? Eu preciso do seu perdão – Olhou para sua boca inchada e vermelha e depois para seus olhos.
Ela sentiu vontade de soca-lo e chama-lo de covarde por pedir algo assim naquela situação. Estava tão entorpecida pelo toque dele e por seu desejo que diria para sim para qualquer coisa que ele pedisse:
- Eu já esqueci aquilo – Puxou o ar pela boca e ergueu a cabeça para olhar em seus olhos – Eu te perdoo – Disse com sinceridade. Dedilhou seu peito ate apalpar seu rosto e deixando de lado a vergonha esticou-se alcançando sua boca que foi muito bem recebida por ele.
Ela queria as mãos dele em seu corpo, tocando-a como nenhum outro homem fez, queria que explorasse cada centímetro quadrado da sua pele, estava pegando fogo e sabia que ele também se encontrava na mesma situação.
Como se estivesse lendo seus pensamentos ele a agarrou pela cintura sentando-a na mesa, ficando entre suas pernas. Afastou novamente sua boca da dela tocando com o polegar seu lábio inferior:
- Eu não acredito que Connor experimentou isso primeiro que eu – Sussurrou.
- Eu queria que tivesse sido você – Declarou, ofegante.
Ethan a encarou completamente perdido de amor:
- Eu desejei que tivesse sido você – Respirou profundamente – Eu esperei, mas você nunca tentou nada.
- Eu era um idiota - Sentiu seu corpo se conectar ao dela, sentiu seus desejos e suas emoções, era algo louco que nunca havia experimentado antes, mas estava adorando. Tocou suas coxas, e a mesma entrelaçou suas pernas ao redor dele, para sua sanidade. – Nunca mais vou deixar outro homem beijar você, a não ser eu.
- Sim, eu quero só você... Quero que seja apenas você a me beijar, a me tocar... Eu desejei isso por tanto tempo.
- Agora estou aqui... Você tem a mim. – Apertou sua coxa – E por Deus, como eu desejo você.
- Eu quero ser sua Ethan – O pegou em um beijo muito mais intenso. Nunca nada tinha sido tão bom. Queria aquilo da mesma forma como queria continuar respirando.
O beijo de Ethan estava tão louco e ardente quanto ela. Ele mordeu seu lábio inferior, sugou sua língua para a boca dele e a chupou. Naya estava tão cheia de tesão que estava pronta para se entregar a ele ali mesmo, em cima da mesa do escritório do seu primo e não se importaria com as consequências, só queria ele. Queria tirar sua camisa e sentir o poder do seu peitoral contra o seu corpo, queria que a possuísse como bem entendesse, tudo o que pedisse ela faria sem questionar. Estava para rasgar sua blusa quando ele pegou um punhado dos seus cabelos e puxou para trás tendo um livre acesso ao seu pescoço:
- Ethan – Gemeu. Sentiu toda a excitação dele tocando sua intimidade, e queria libera-la, arrancar aquela calça e encontrar a passagem para o seu paraíso.
Quando se aventurou por dentro da blusa dela novamente as batidas na porta os assustaram, e a voz do Cesar do outro lado chamando a prima foi como um banho de água fria. Naya ficou nervosa e empurrou Ethan saindo de cima da mesa e ajeitando sua roupa, tentando fazer o mesmo com o cabelo:
- Oh meu Deus, o que ele vai dizer se nos ver assim? – Falou baixinho.
- Não se preocupe com isso – Puxou sua camisa com intenção de desamarrota-la.
- Eu já estou indo
- Você precisa de ajuda? Por que a porta está trancada?
- Eu estou bem, me espera lá no bar, já estou indo
- Certeza?
- Sim, eu já vou
- Ok – Esperou sua sombra sumir debaixo da porta assim como seus passos.
Ela pegou a caixa de cima da mesa e praticamente correu para a porta, mas Ethan agarrou seu braço e antes que pudesse protestar a surpreendeu com um beijo:
- Eu vou voltar para ver você
- Vou estar esperando – Disse sem fôlego.
- Sabe que ele vai estar lá fora esperando, neh?!
- Sei, e é melhor irmos logo – Se afastou destrancando a porta e saindo em disparada sem esperar por ele.
Cesar estava atrás do balcão quando Naya largou a caixa sobre o local e praticamente correu para atender um cliente. Ethan apareceu com seu olhar sempre em cima da garota:
- Você estava lá atrás? – Cesar perguntou.
- Sim – Virou-se para ele.
- No escritório?
- Sim, eu precisava falar com o Naya, era um assunto particular, algo que eu precisava resolver há muito tempo, por isso tranquei a porta.
- Eu não sei se gosto disso
- Não precisa gostar, nós já resolvemos o assunto. – Sorriu e acenou com a cabeça – Eu já vou indo, ate mais.
- Até
Ethan saiu daquela zona e seguiu para a saída, mas não sem antes dar uma boa e demorada olhada na garota que tinha o bloquinho de notas nas mãos, com o qual se atrapalhou quando o viu. Ele lhe lançou um sorriso ultra sensual o que deixou desnorteada e completamente corada, tanto que teve de perguntar novamente o que os clientes tinham pedido. Não podia acreditar no que acontecera, mas estava louca de desejo pelo belo moreno que acabara de sair do bar.

Continua...

Simply, I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora