Minha exceção

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[...] deitou ao lado dela cobrindo- os. [...]

O clima estava tão frio e gostoso que era um pecado acordar e deixar a cama solitária, mas mesmo brigando com seu subconsciente Natasha abriu os olhos preguiçosos, estava deitada de lado, encolheu os ombros passando uma das mãos sobre as bochechas. Quando seu sono há deixou um pouco de lado, ela avistou John a alguns passos longe da cama sentado em uma cadeira de frente para ela, com a perna esquerda sobre o joelho direito, mantendo a mesma um pouco levantada servindo de apoio para o caderno que estava rabiscando:
- O que está fazendo? – Ela perguntou sonolenta.
- Nada de mais – Continuava rabiscando. Foi então que ela percebeu que não eram simples rabiscos, mas um desenho, ele estava desenhando.
- Você está desenhando?
- Sim – Continuou contornando com o lápis esboçando um sorriso de canto.
- O que?
- Você
- O que? – Despertou de vez, olhando-o.
- Isso mesmo, e estou quase acabando – Estava tão concentrado em seu desenho que parecia que daria vida a ele.
- Eu não acredito que está fazendo isso – Levantou, pisou no chão frio e foi ate ele ficando atrás da cadeira olhando por cima do ombro dele.
- Acabei – Ergueu o caderno mostrando o desenho. Ela estava dormindo, com uma mecha de cabelo perto dos olhos, uma das mãos sobre o travesseiro próximo ao rosto, ele não a desenhou por inteiro, apenas o rosto e uma parte dos ombros. Estava tão bem detalhada, cada traço contornado com perfeição, parecia mais uma fotografia do que um desenho – O que achou?
- Nossa! Ficou muito bonito – Sorriu seguindo um dos traços do desenho com o dedo indicador – Eu não sabia que desenhava.
- É de família. Meu pai era um ótimo desenhista. Quando ele estava projetando a revista junto com um amigo, ele desenhava para alguns jornais ou para quem o contratasse, qualquer coisa para ganhar dinheiro e montar sua empresa. Quando ele e minha mãe se casaram, alguns meses depois ele foi contratado por uma empresa de animes Japonesa, um dos empresários estava em Nova York e leu uma das revistinhas infantis que ele havia feito e gostou muito do trabalho.
- E ele foi para o Japão?
- Sim, ficou três meses lá. Escreveu três temporadas de um mangá que, diga- se de passagem, foi um grande sucesso, mas teve de voltar.
- Por quê?
- Minha mãe descobriu que estava grávida – Sorriu olhando para seu desenho.
- Eu pensei que ela tivesse ido junto
- Não, ela tinha o trabalho dela aqui e não queria ir para um lugar tão distante com outro estilo de vida, e toda a sua família estava aqui, então apenas meu pai foi, voltava pelo menos duas vezes no mês.
- E em uma dessas visitas você apareceu – O abraçou por trás beijando seu ombro nu. Ele estava apenas vestido com uma calça moletom.
- Há! Há! Sim – Tocou o braço dela. Ele deixou o caderno sobre um móvel ao lado, segurou a mão dela e a conduziu para sua frente, sentando-a em seu colo. Passando os braços em volta do seu corpo abraçando-a ele fuçou o cabelo dela com seu nariz.
- Eu gostei muito do seu desenho, apesar de não ter sido uma boa musa
- Não é verdade, você estava linda dormindo, achei que uma simples fotografia não faria jus a tanta beleza, um desenho retrataria melhor tudo o que eu estava vendo. Você é a minha única e mais perfeita musa – Empurrou para trás o cabelo dela que estava em seu ombro e segurou sua nuca trazendo-a para perto e então a beijou. Lenta e carinhosamente. A cada dia, a cada gesto, riso, olhar, palavra que vinha dela ele compreendia aos poucos o que estava sentindo, mesmo tendo aquele medo andando lado a lado com a sua compreensão esperando apenas um deslize para liderar essa disputa.
Ela tocou o rosto dele ficando mais colada aproveitando o calor vindo de seu corpo, pousou sua mão sobre o peito dele sentindo seus músculos relaxarem com seu toque. Puxou de leve seu lábio e o beijou mais uma vez:
- Planejou alguma coisa para hoje? – Ele perguntou olhando seus lábios vermelhos e em seguida seus olhos.
- Não, exceto ficar com você – Deslizou a costa de seus dedos sobre o rosto dele.
- Invejosa, também planejei a mesma coisa – Sorriu beijando-a de novo.
- Falei primeiro – Riu – Já que tivemos a mesma ideia, o que quer fazer? – Beijou sua bochecha.
- Que tal um banho? – Puxou o ar mostrando um ligeiro sorriso acompanhado de um olhar malicioso.
- Eu adoraria – Respondeu com as mesmas expressões.
- Ótimo – Passou o braço por baixo das pernas dela e ficou de pé com ela no colo – Vamos.
- Há! Há! Há! John – Deu um gritinho quando ele a levantou e logo começou a rir.
A risada dela foi o som mais incrível que já escutou. Era sempre um prazer vê-la tão feliz, e um prazer maior ainda saber que ele foi o responsável por isso.
Quando entrou no banheiro ele a deixou de pé:
- Erga os braços – Pediu, e assim ela fez. Ele puxou a blusa que ela estava vestindo, passando pela cabeça jogou no chão. Ele enfiou os polegares nas laterais da calcinha dela e se ajoelhando desceu a peça de roupa. A admirou divinamente nua, lisinha, rosada e macia. Engoliu em seco. Beijou sua coxa passando as mãos por trás conforme levantava deixando-a arrepiada. Ele apertou os seios dela massageando-os, brincando com seus mamilos deixando-os pesados com seu toque.
John empurrou sua calça ate os tornozelos e quando a chutou para o outro lado, trouxe Natasha para debaixo do chuveiro, e quando a água escorreu por seu corpo ela jogou a cabeça para trás com os olhos fechados sentindo-se relaxada. John aproveitou a exposição de seu pescoço e beijou pegando-a de surpresa:
- John – Seu nome saiu em um sussurro. Ela agarrou firme nos braços dele inclinando a cabeça para o lado dando mais acesso a ele.
John deslizou suas mãos sobre o corpo dela agarrando sua bunda pressionando-a contra sua ereção rígida e impressionantemente dura. Ela arfou de prazer quando ele apertou sua bunda esfregando-se contra ela.
Debaixo do chuveiro trocando carícias, ele a virou de costas simplesmente deixando-a contra a parede. Suas mãos fortes seguraram em sua cintura, puxando-a contra a dele, deixando seu bumbum meio que empinado. Voltou seus beijos para o pescoço da morena enquanto a mesma movimentava sua cintura, rebolando aos poucos, e enquanto seus beijos iam se tornando mais quentes ao decorrer do tempo. Mordeu levemente a orelha dela, enquanto fazia isso, ouviu um leve gemido saindo de seus lábios. E isso era mais que um incentivo para ele. John escorregou sua mão ate a entrada dela, enfiou dois dedos sentindo o quanto ela estava molhada e quente, começou a movimentar seus dedos, tirando e colocando de novo:
- Você é incrível minha linda – Sussurrou com a voz rouca enlouquecendo-a.
- John – Jogou a cabeça sobre o ombro dele sendo levada a loucura com aqueles deliciosos dedos invadindo-a.
Ele a pressionou mais contra a parede do banheiro, o frio dos azulejos deixou seus seios mais inchados e pesados. Ele continuou sua invasão, estimulando-a com a entrada e a saída de seus dedos, acariciando seu clitóris e os pontos mais sensíveis de sua carne. Seu cabelo estava encharcado e pesado, cobrindo um pedaço do peito dele. John queria entrar nela, estava ficando louco de tanto desejo, mas para isso tinha que leva-la ate o final:
- Vamos lá Nat – Sussurrou mordendo a orelha dela – Goze para mim.
- Ah – Gemeu quando ele pôs um terceiro dedo. Ela espalmou as mãos na parede, John pôs a sua mão livre sobre a dela entrelaçando seus dedos aumentando seu ritmo, ate que num gemido alto ela se desfez. Deixou sair ate a ultima gota e se jogou contra o peito dele. O moreno mantinha um sorriso de satisfação no rosto, mas sua brincadeira estava apenas começando. Afastou-se da parede e abrindo mais as pernas dela, reclinando-se entrou lentamente. Ela mordeu o lábio sentindo sua entrada ser deliciosamente alargada por ele.
- Você é tão apertada minha linda – Inclinou-a um pouco para frente para entrar com mais facilidade.
John percebeu que os gemidos dela só aumentavam, e seu corpo colaborava com aquilo. Ela começava a se mover para trás e para frente, aproveitando cada momento daquilo. Então ela pegou uma das mãos dele e subiu para seu seio, fazendo-o acariciar. Minha nossa, como eram firmes. Acariciava mais um pouco, enquanto a intensidade e força de seus movimentos aumentavam. Ele passou sua mão entre as pernas dela tocando seus sexos que se chocavam com força e urgência, usou dois dedos para abrir mais sua entrada permitindo que seu membro fosse mais fundo, engolido por inteiro. Ela engasgou de desejo, jogando um dos braços para trás agarrando com as unhas a cintura dele:
- Arg! – Rosnou – Tudo o que você faz só me estimula. Esse seu lindo corpo me pertence, só eu posso tê-lo, só eu posso entrar em você – Aquelas palavras vinham carregadas de tesão.
- Só você – Respondeu com os olhos fechados sentindo o arrepio vir de dentro e percorrer todo o seu corpo.
- Você é minha, só minha.
- Sim, sua – Gemeu enfiando a mão entre os cabelos dele.
Ela aparentava estar chegando próxima do clímax, mas ele queria que fizessem isso juntos, então saiu de dentro dela e a virou de frente:
- Passe as pernas em torno de mim
Mesmo ainda trêmula ela lançou uma por uma das pernas saindo do chão. Ele se enterrou nela novamente, ela o trouxe para perto jogando a cabeça para trás enquanto os movimentos recomeçavam, só que mais rápidos e mais fundos:
- Oh! Meu Deus... John – Arranhou os ombros dele – Eu vou...
- Sim minha linda, vamos juntos – Ele aumentou o ritmo fazendo-a gemer alto, e em poucos segundos os dois atingiram o ápice.
Ele a recostou na parede precisando de um apoio se não cairia no chão. As respirações pesadas e entre cortadas ficaram mais escassas quando ela o beijou ainda cheio de desejo e paixão.
Eles ainda "brincaram" mais uma vez, e depois tomaram banho, John ajudou Natasha passando shampoo em seu cabelo e esfregando o sabonete por todo o seu corpo, Nat retribuiu a mesma medida.
Quando saíram do banheiro Natasha estava enrolada em uma toalha pegando outra para o seu cabelo:
- Muito bem, o que vou vestir?!
- Vá ate o meu closet, no lado esquerdo e pegue alguma coisa
- Eu não posso ficar desfilando pela casa só com uma blusa
- Hmm! Eu não ia achar ruim, essa ideia na verdade me agrada bastante – A abraçou por trás.
- Eu posso imaginar. Seu tarado.
- É impossível não ser com você sempre usando só a parte de baixo – Pousou uma das mãos sobre a barriga dela por cima da toalha, e a outra deslizou sobre a coxa tomando o caminho pelo meio ate tocar sua intimidade.
- Para, não começa John – Sorriu segurando o braço dele.
- Você gosta – Ele ronronou perto do seu ouvido.
- Sim eu gosto, mas estou cansada
- Tem tantas coisas que ainda não fiz com você, e estou louco para começar – Mordeu o lóbulo de sua orelha.
- Seu maldito desgraçado abusivo
- Palavras ofensivas só me fazem querer levar você para a cama – Tentou levar sua mão ate a intimidade dela novamente, mas a mesma deu um pulo para frente.
- Não agora, estou com fome você roubou minhas últimas energias, quem sabe depois de comer algo
- Eu sou bastante comestível
- Ah eu sei que é – Mordeu o lábio, vendo-o respirar fundo com esse gesto – E sobre sua reclamação de tira-lo do sério porque uso apenas a parte de baixo, não esquente mais com isso, na próxima eu venho sem nada – Virou de costas e foi para o closet.
- Seria um dia inteiro na cama, nem se quisesse eu a deixaria sair
- Hmm! Então quando eu fizer isso não vou avisa-lo vou deixar que descubra sozinho, vai ser mais excitante – Respondeu dentro do closet.
- Qualquer coisa com você é excitante
- Isso é resposta de um ninfomaníaco
- Quem sabe não sou – Sorriu pegando uma calça moletom de cima da cama e a vestiu.
- Ah – Ela parecia que diria algo, mas ficou em silêncio – John vem aqui.
- O que foi? – Enfiou as mãos nos bolsos e andou ate lá.
Natasha virou para ele e apontou para as roupas ao seu lado:
- De quem são essas roupas?
- Minhas é que não são – Deu de ombros com tom de sarcasmo.
- É claro que não, são femininas e do meu tamanho
- Então acho que são suas – Seu tom de voz era neutro, mas muito convencido.
- Você comprou? – Pressionou os lábios em uma linha dura.
- Pedi para a estilista que trabalha na minha revista, ela comprou boa parte – Cruzou os braços.
- Por isso pediu para que eu não me preocupasse e viesse apenas com o vestido – Olhou para o chão sorrindo. Estava se sentindo tão feliz que nem sabia como expressar isso.
- Sim
- Só você mesmo faria algo assim – Ela queria beija-lo ate seus lábios incharem e ama-lo por um dia inteiro, nunca nenhum dos seus outros namorados haviam feito algo parecido. Só de ver que ele pensou nela, abriu um espaço em seu closet para colocar as roupas para ela, a mesma sentiu uma felicidade tamanha que não conseguia conter no peito. Definitivamente John era o homem da sua vida, e mais do que nunca queria ser tão importante para ele como era para ela.
- Claro. Você é a primeira garota que compartilha o mesmo espaço de roupa comigo
- Verdade?
- Sim. Eu disse que dificilmente as trazia aqui, e eu nunca permitir que deixassem as roupas aqui.
- Você é bem complicado – Sorriu passando a mão na nuca.
- Eu faço o possível para não ser com você
- Bom então como faço para agradecer você? – Olhou para ele esperançosa.
- Acho que conheço um jeito – Puxou-a pelo braço e quando seus corpos se chocaram a tomou em um beijo de tirar o fôlego.
Ele raspou sua língua sobre os lábios dela e abrindo passagem entrou na boca dela sentindo seu gosto quente e suave, encontrando sua língua esperando-o. Ele a abraçou forte mordendo seu lábio, deslizando sobre suas curvas e a entorpecendo-a com o beijo. Ela ficou na ponta dos pés para encaixar melhor sua boca a dele e intensificar o beijo. Natasha o abraçou pela cintura sentindo todo o seu corpo musculoso na ponta dos dedos.
Ela afastou lentamente seus lábios dos dele, dando alguns selinhos para não se lastimar por ter parado. Ele recostou sua testa sobre dela segurando seu rosto tocando suas orelhas com a ponta dos dedos:
- Quero que decore a casa toda a sua maneira
- Como é? – Afastou para olha-lo completamente surpresa.
- Comece pelo quarto, traga o que quiser, faça o que quiser
- John, eu não...
- Você tem minha total permissão para fazer isso. Quero que toda a casa fique do seu jeito, que me lembre você.
- Mas John, eu não posso fazer isso, sua mãe também mora aqui, ela já deixou tudo do jeito que queria, tem o gosto dela, não posso simplesmente modificar tudo a minha maneira.
- É claro que pode, minha mãe está tão entusiasmada com você e concordaria ate mesmo se resolvesse vir morar aqui.
- Meu Deus, morar aqui?
- Sim, não acho uma má ideia – Sorriu.
- Não, vamos pisar no freio, isso apressaria tudo, e não quero fazer isso. Vamos devagar, uma coisa de cada vez, para depois não nos arrependermos.
- Eu jamais me arrependeria, mas tudo bem, você tem razão – Suspirou concordando.
- E sobre a decoração, que tal eu ficar apenas com o quarto? Já que você dorme aqui, seria mais lógico modificar algo, assim veria e lembraria de mim todos os dias.
- Tudo bem, se quer decorar apenas o quarto, fique a vontade.
- Você é louco – Riu sem muito esforço – Prometo não mudar muita coisa.
- Faça do jeito que desejar
- Tudo bem – Sorriu beijando seu queixo – Mas agora eu quero trocar de roupa.
- Ok! Eu vou lá para o escritório, preciso resolver alguns problemas, qualquer coisa é só descer e me procurar.
- Está bem – Eles se beijaram mais uma vez e então ele foi embora.

Continua...

Simply, I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora