[...] vai depender do meu humor na hora se eu resolver aceitar. [...]
- Aff! Mamãe... – Ficou de pé em frustração.
- Entenda, depois que eu saí da agência e conversei com Ethan eu pensei em desculpar seu pai, mas aí eu olhava para aquela foto e toda a raiva subia de novo.
- Tá! Certo, eu não aguento mais falar disso, você quer dar uma lição no papai, ok, faça isso. Mas não venha reclamar quando ele começar a ignora-la. Ele é louco por você, sempre tenta se consertar quando faz algo errado, mas também cansa com facilidade de ir atrás quando percebe que nada está dando certo, você sabe disso.
Susan ficou encarando sua filha por aqueles segundos pensando em o que acabara de ouvir. Taylor era um homem muito paciente, mas tudo tinha um limite, e ela sabia disso. De repente Ethan bateu na porta e entrou:
- Vim saber como você está mãe – Caminhou ate a beirada da cama depositando um beijo na cabeça da senhora – Eu acabei de dar boa noite ao papai.
- Estou bem querido – Sorriu segurando seu pulso.
- Já vai dormir irmão? – Nat perguntou reparando na calça solta e larga e a camiseta.
- Sim, estou cansado demais para sair, e também estou com vontade de ter um pouco de colo de mãe.
- Oh! Meu príncipe deite-se aqui – Susan ficou de pé e Ethan pulou para o lado onde seu pai costuma deitar. Susan puxou a coberta sobre seu filho e afastou o cabelo da testa depositando um beijo sobre.
- Viu só, não existe nada melhor que isso. Ser tratado como uma criança pela mãe.
- Há! Há! Com certeza não – Natasha riu da cara de contente do irmão.
- Não quer dormir aqui também querida? – Susan se aproximou de sua filha tocando seu rosto.
- Não, obrigada, papai pode ver isso como um complô, eu vou tomar um banho e acho que vou dormir com ele.
- Tudo bem. Boa noite princesa – Beijou sua testa.
- Boa noite mãe
- Boa noite mana
- Boa noite carente – Se despediu e saiu do quarto seguindo para o seu.
Depois de tomar um relaxante banho e vestir uma roupa confortável sentou na cama pegando seu celular discando o número de John. A voz arrastada e sensual dele preencheu a linha quando atendeu:
- Oi minha linda
- Oi grandão. Tudo bem?
- Melhor falando com você, perfeito se estivesse aqui comigo
- Eu sei, também adoraria estar aí, mas eu preciso passar a noite aqui, minha mãe ainda está brava com meu pai.
- Eu sinto muito, sei como é isso
- Pois é! Mas vai ficar tudo bem, minha mãe já desculpou meu pai só está punindo ele pelo o que fez – Suspirou achando graça.
- Vocês mulheres. Meu pai sofria bastante nas mãos da minha mãe, e não se esqueça de que ela é terapeuta, então sabe como fazer o oposto do seu trabalho.
- Há! Há! Há! E a minha advogada, então ela sabe ser bem severa. Juntando as duas, nenhum homem ousaria sequer olhar para uma mulher na rua.
- Deus nos livre disso – Ele riu.
- Há! Há! Há! Com certeza
Houve um momento ate pararem de rir:
- Então vai dormir bem sem meu confortável corpo? – Ele perguntou.
- Aii! Vai ser tão difícil, eu já me acostumei dormir abraçada com você, sentir seu cheiro ate pegar no sono e acordar com ele.
- Assim como me acostumei com você sempre aconchegada a mim, esfregando seu rosto no meu peito quando acorda. Quando está nos meus braços eu sei que está segura.
- É o meu lugar preferido... Me faz tanta falta.
- Devia ter vindo para cá quando saiu do trabalho
- Eu adoraria, mas precisava ver como as coisas estavam aqui em casa.
- Eu liguei para você mais cedo, mas não atendeu
- Eu sei, desculpe, eu estava ocupada terminando a montagem do figurino e o cenário para uma propagando que vai ser gravada amanhã, eu fiquei ate tarde na agência preparando tudo. Todos tinham ido embora, só ficou eu, o Lewis e o Ivan.
- Dois homens?
- Sim, eles trabalham lá e estavam me ajudando, Lewis sempre escolhe os figurinos para cada modelo, Ivan me ajudou com o designer da propaganda na internet. Não fica com ciúmes John, estávamos trabalhando, cada um dos três está em um relacionamento sem a mínima vontade de mudar.
- Hunf! Tudo bem.
- Ei! Amor você precisa parar com esse ciúme bobo
- Esses homens ficam igual abutres em cima de você, e mesmo sabendo que você é minha ainda ficam te rondando.
- Há! Há! Há! Isso não é verdade John. Eu não vou discutir isso com você porque é perda de tempo. Em vez disso quero fazer um convite.
- Estou ouvindo
- Você quer ir para Cold Spring no final de semana?
- Cold Spring? O que vai fazer lá?
- Meus avós moram lá, nós vamos pelo menos duas vezes no mês para visita-los.
- Toda a sua família vai?
- Sim... E eu queria que você fosse.
- Não vão me achar um intruso?
- Claro que não, minha família é particularmente grande e dizem que quanto mais, melhor. E eles vão adorar você, principalmente minhas tias.
- Tudo bem, se você quer que eu vá, eu vou.
- Maravilha. Ah só mais uma coisa, entre seus brinquedinhos de rico, por acaso você tem uma picape?
- Tenho, por quê?
- Porque é o melhor carro para encarar a estrada, e deixa tudo mais com cara de campo do que bilionário intimidador.
- Há! Há! Há! Certo, prometo me vestir como um cara da minha idade
- Ótimo! Nós vamos sair amanhã no final da tarde, eu passo no seu apartamento para irmos de lá.
- Tudo bem.
- Nós voltaremos domingo à tarde ou segunda pela manhã.
- Certo você decide.
- Você vai adorar amor, todos são muito legais.
- Tenho certeza que sim – Ele estava animado com a empolgação dela.
- Bom agora eu acho que vou dormir, estou morta.
- Descansaria melhor comigo
- Não duvido... Mas amanhã eu vou ter meu travesseiro de volta.
- Hmmm! Poderia ter desde hoje, mas eu espero ate amanhã
- Mal posso esperar. Eu ligo para você amanhã.
- Está bem.
- Boa noite, eu te amo.
- Boa noite minha linda – Encerrou a ligação.
Natasha deixou seu celular sobre a cama e se espreguiçou ficando de pé:
- Estou ficando igual minha mãe, preciso de alguém para dormir comigo – Riu. Saiu do quarto indo para o de hóspedes.
Abriu lentamente a porta e viu seu pai dormindo tranquilo. Na ponta dos pés ela entrou e foi para o outro lado da cama subindo e se aconchegando perto do pai. Taylor apertou os olhos e virou a cabeça para o lado ainda sonolento:
- Nat? O que faz aqui?
- Vim dormir com meu paizinho – Passou o braço pela barriga dele.
- Há! Há! Está bem – Deu um beijo em sua testa – Faz muito tempo desde a última vez que dormiu comigo e com sua mãe.
- Eu era criança, gostava de dormir no meio de vocês dois
- É o Ethan também, mas vocês cresceram mais que a cama, não cabia mais os quatro.
- Há! Há! Há! É
- Acho que acostumei você a dormir em cima dos outros. Desde quando era um bebê eu deixava você deitada sobre meu peito e dormia feito uma pedra. Às vezes era só assim que se acalmava.
- Eu lembro que você era um pouco mais gordo, era mais fofo. – Cutucou a barriga dele.
- Ah é?! E agora? Continuo gordo?
- Não, com a mamãe pegando pesado na sua alimentação e no treino, não tem nem como inchar.
- Sua mãe sempre se preocupou muito com a saúde, praticamente tudo o que eu costumava comer quando morava no Texas ela me fez abandonar. Eu era um garoto e não comia muitas coisas saudáveis.
- Normal – Ela suspirou – Eu falei com a mamãe.
- E?
- O senhor vai precisar mais do que flores
- Hunf! Imaginei – Apoiou seu rosto sobre a cabeça dela.
- Vocês vão fica bem
- Eu sei – Soltou o ar.
No outro dia a manhã e a tarde foram corridas, o comercial demorou mais do que o previsto, mas conseguiram gravar tudo. Natasha corria de um lado para o outro, pegando as fotos recém tiradas para criar na nova página da agência e separando para a revista que seria publicada.Continua...
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Simply, I love you
RomanceO que acontece em Paris deve ser levado para a vida toda. O que você faria se, literalmente, esbarrasse no amor da sua vida na cidade mais romântica do mundo? Natasha Donovan tinha acabado de se formar em Publicidade, e ganhou de seus pais como pres...