A dama de vermelho

127 7 0
                                    

[...] por fim sumiu entre as cabines.[...]

Logo pela manhã Taylor fez questão de levar sua filha ate o trabalho – A empresa da família. Estacionou em sua vaga e adentrou na empresa junto da garota. Logo na recepção uma mulher levantou da sua cadeira para dar bom dia aos dois, eles a cumprimentaram de volta. Seguiram para o elevador:
- Ansiosa para o primeiro dia? – Ele perguntou todo sorridente.
- Sim, um pouco
- Fique tranquila, você estagiou na empresa do Alex, ele sempre deixa qualquer estagiário a ponto de bala para qualquer emprego.
- Eu concordo. Com tantas exigências algo de bom tem que aprender pelo menos – Deu de ombros.
O elevador parou abrindo logo em seguida as portas, os dois saíram e todos os funcionários começaram a cumprimentar o chefe e a filha. Taylor parou diante da porta da sua sala e se virou para sua equipe:
- Por favor, pessoal eu quero que prestem bastante atenção – Aos poucos todos pararam de falar e olharam atentamente para o homem – Creio que todos conheçam minha filha Natasha – Pousou a mão no ombro dela, e a mesma acenou com um sorriso – A partir de hoje ela trabalhará aqui, é a nossa mais nova integrante da agência – Todos começaram a assobiar e bater palmas.
- Obrigada – Ela agradeceu.
- Certo, certo – Ele sorriu pedindo novamente silêncio – Mas não pensem que por ser minha filha terá preferencia ou regalias, vai trabalhar duro como todos aqui e terá um salário como de qualquer outro funcionário iniciante. Quando melhorar seu desempenho e eu julgar estar apta eu a colocarei em um cargo maior, mas só se provar ter competência.
- Não se preocupe, não passei anos na faculdade para apenas servir café ao chefe – Todos começaram a rir, uns ate fizeram gozação.
- Esse é o espírito – Sorriu orgulhoso – Muito bem. Natasha você será a assistente da minha assistente – Apontou para a moça de cabelos castanhos encaracolados, vestida de jeito bem moderno. A moça se aproximou segurando uma agenda esticou o braço esquerdo e Natasha segurou sua mão cumprimentando.
- Vai ser um prazer trabalhar com você Natasha
- Espero que sim
- Ok! Agora voltem ao trabalho, e, por favor, façam minha filha se sentir em casa – Ele virou segurando a maçaneta de sua porta, mas antes de entrar olhou para sua filha e disse somente para ela – Estarei esperando suas ideias, se tiver alguma não hesite em me contar.
- Sim senhor – Sorriu olhando seu pai entrar na sala. Ela virou para a moça.
- Você ainda não me conhece, eu sou Briana Collins
- Prazer, Natasha Donovan
- Eu sei, nesses últimos meses seu pai não parava de falar sobre você e em como estava ansioso para traze-la para cá
- Há! Há! Eu imagino, só espero não decepciona-lo, se um dia vou tomar o lugar do meu pai nessa agencia eu tenho aprender muito e ser melhor que ele.
- Você vai conseguir, seu pai tem muita fé em você
- É – Colocou uma mecha atrás da orelha – E onde fica minha mesa?
- Ah por aqui, eu vou te explicar tudo e dizer sua tarefa – Começou a andar em direção a mesa.
- Certo.

Passado dois dias John retornou para Nova York, seguiu direto para o seu apartamento não vendo a hora de estar em sua privacidade sem nenhum repórter, sócio ao qualquer ser humano trazendo trabalho para resolver. Assim que adentrou o local sua mãe surgiu da sala indo em direção a ele com os braços abertos e um sorriso contente no rosto:
- Filho, que bom que voltou
- Ah! Mãe, senti sua falta – Ele a abraçou dando um beijo em sua bochecha – Como estão às coisas por aqui?
- Tudo do mesmo jeito – Afastou- se segurando os ombros dele.
- Ótimo
- Quer comer alguma coisa?
- Quero. Um suco e aquele bolo de laranja que só a Tina sabe fazer
- Há! Há! Há! Eu vou pedir. Vá tomar seu banho, colocar uma roupa confortável e eu levo seu lanche ate seu quarto – Tocou seu rosto.
- Obrigado mãe – Ele deixou as malas ao lado e seguiu para a escada que ia na direção do corredor do seu quarto.
Vários minutos depois Mary entrou no quarto do filho carregando uma bandeja com o suco e o pedaço de bolo:
- John?
- Aqui – Ele saiu do seu closet terminando de vestir sua blusa.
- Aqui está – Ela deixou a bandeja sobre o criado, e o rapaz sentou na cama pegando o copo com suco.
- Obrigado mãe – Bebeu.
- Então filho – Sentou na cama de frente para ele – Me conta sobre a garota, eu sei que tem algo incomodando você, fala para mim.
Ele deixou o copo de volta na bandeja respirando fundo olhou para sua mãe:
- Eu não sei mãe, estou confuso, o que é estranho para mim, mas estou assim desde a nossa despedida. Ela conseguiu despertar algo em mim que nunca nenhuma garota conseguiu. Eu não sei. – Balançou a cabeça olhando para suas mãos.
- O que você sente?
- É difícil explicar
- Então diga o que sentiu quando ela estava perto de você
- Eu me senti feliz ansioso, nervoso, e infinitas outras emoções, mas para simplificar, parecia uma criança que havia acabado de ganhar o melhor presente do mundo. Ela me fez rir de coisas bobas, eu sorrir o tempo todo enquanto ela falava e não me cansava de olhar e escutar ela – Como ele acabara de dizer, enquanto falava dela o sorriso não deixou seu rosto, e Mary como boa terapeuta notou isso – Certo, eu jamais seria indelicado em pedir para uma mulher parar de falar mesmo estando irritado e sem vontade de ouvir, e já passei por isso muitas vezes, você é a prova disso... Mas com a Natasha, era diferente, eu queria que ela falasse mais, mas falou tão pouco dela, eu queria saber tudo da vida dela.
- E o que está sentindo nesse momento?
- Como assim?
- Eu deixei você soltar seus sentimentos, e você os expos por completo, deixou seu coração falar, o que antes você dizia não saber interpretar agora está mais do que claro. E eu te pergunto novamente, o que você está sentindo agora?
Ele olhou para sua cama enquanto analisava a pergunta de sua mãe e seus próprios sentimentos. Natasha foi à garota que mexeu com tudo o que ele acreditava não poder sentir mais, ela o deixou sem reação, e ao mesmo tempo vivo e cheio de atitude. John respirou fundo e respondeu:
- Sinto saudade dela. É como se estivesse... Faltando algo. Estou me sentindo assim desde a hora em que ela foi embora do hotel, perdido.
- Você tem noção dos seus sentimentos?
- Talvez. Estou achando isso tão confuso – Passou as mãos entre os cabelos em exasperação – Eu a vi apenas duas vezes e estou sentindo algo tão forte que chega a latejar o peito. Ah mãe eu não entendo isso.
- Há! Há! Você encontrou o que muitos procuram incansavelmente
- O que?
- Amor verdadeiro
- Amor? Não, acho que não chega a tanto... Ela... – Ele olhou para sua mãe que estava com uma cara de "você sabe que é verdade".
- John o que você está sentindo é os sintomas de um grande amor, pode parecer ridículo porque a conheceu há pouco tempo, e mal sabe sobre a vida dela, mas sente como se fossem conhecidos de longa data não é?
- É, parece que a conheço há anos, toda vez que ela falava era como se eu já tivesse ouvido aquilo antes
- É meu querido, você está encontrando o sentido na sua vida, e aquela garota é a responsável por isso
- E o que eu faço agora?
- Primeiramente encontre-a novamente, e depois não faça nada, apenas deixe acontecer do jeito que tem que ser
- Ainda acho um pouco cedo para julgar ser amor, e mais eu nem sei onde ela mora
- Uma hora você encontra. Se estiverem destinados a ficar juntos, o destino vai colocar os dois um na frente do outro
- Hunf! Está certo. Bom obrigado pelos conselhos mãe
- Não pense que saiu de graça, amanhã tenho hora no cabelereiro e você vai me levar – Falou ficando de pé indo em direção à porta.
- Há! Há! Ok
- Agora coma e depois vá descansar – Abriu a porta – Eu vou sair, tenho pacientes no consultório me esperando.
- Tá bem mãe, ate a noite.
- Tchau filho – Saiu fechando a porta.
Apesar de receber os conselhos de sua mãe John continuava acreditando que não podia ser amor, era algo praticamente impossível de se acontecer. Mas uma coisa ele tinha certeza, iria encontrar ela. Ele comeu metade do bolo e tomou todo o suco antes de deitar.
A semana foi corrida para a jovem Natasha, ela trabalhou como nunca, como seu pai prometera ele não a trataria diferente dos demais funcionários.
Finalmente quando a sexta chegou à casa dos Donovan estava cheia de pessoas organizando mesas, comidas, bebidas e etc. Natasha ficou trancada em seu quarto, preferiu terminar de ler seu livro a se meter no meio daquela bagunça junto de sua mãe. Quando estava concentrada na bancada acolchoada na janela lendo o livro um toque de chamada via Skype soou de seu notebook sobre a escrivaninha. Ela deixou o livro e andou ate a mesa, clicou para aceitar e a imagem de Michelle surgiu:
- Oi Mich
- Nat. Como estão os preparativos para a festa hoje?
- Pelas ordens da minha mãe acho que estão quase prontos – Sorriu balançando a cabeça.
- Ah sim, a Kate pediu para avisar que não vai poder ir, teve um problema urgente na faculdade e não sabe que horas vai sair.
- Sério? Poxa queria que ela viesse, odeio esse tipo de evento
- Odeia o que? Os homens ficam sempre babando por você
- Literalmente você quer dizer, eu nunca mais cumprimento nenhum estendendo a mão, eles sempre conseguem babar, aceno agora só se for dando tchau – Bufou – Mas pelo menos você vem?
- Claro que sim, acabei de fazer meu cabelo, só falta à maquiagem e o vestido – Falou tocando nos cachos recém-modelados.
- Há! Há! Certo – De repente as batidas na porta a assustaram – Entra.
- Natasha querida – Sua mãe entrou segurando uma cruzeta com um vestido vermelho, destacando a cintura e o busto, tinha o estilo clássico – Acabou de chegar.
- É lindo mãe – Sorriu admirada com tamanha perfeição e simplicidade.
- Cadê? Eu quero ver – Michelle pedia em euforia.
- É a Michelle?
- Sim
- Oi querida – Susan se aproximou do notebook – Veja só. Não é lindo?
- Oh Meu Deus, esse é o vestido mais incrível que já vi. Nat você não vai usar, eu vou.
- Há! Há! Há! Esqueça. Se você achou bonito então isso significa que vou arrasar com ele.
- Tia ele é maravilhoso
- Mandei fazer sob medida para a Nat, eu posso dar o número da costureira
- Por favor.
- Nossa vou me sentir como a Emilia Clarke – Natasha começou a rir.
- Filha vá logo se arrumar, os convidados chegarão daqui à uma hora
- Eu só vou descer quando estiverem todos lá – Retrucou.
- Você e seu irmão parecem que combinam a teimosia, ele disse a mesma coisa. Olha que seja, só quero que estejam lá
- Não se preocupe mãe, daqui a pouco vou me arrumar
- Está bem – Deu um beijo no topo da cabeça da filha – E espero vê-la logo mais Michelle.
- Com certeza, logo estarei aí
- Certo! Ate mais – Saiu do quarto.
Ela voltou seu olhar para tela e suspirou dando um leve sorriso:
- Acho melhor ir tomar banho e me arrumar
- Tá bem! Daqui a pouco chego aí
- Ta! – Ela fechou o notebook. Apoiou o cotovelo na mesa e o queixo na palma da mão. Avistou alguns papéis fora de ordem perto da impressora e sabia o porquê de estarem assim. Empurrou-os para o lado e logo abaixo encontrou o motivo da desorganização, a foto de um jovem desastrado e galante. John Harris. Como sempre atormentando seus pensamentos e fazendo-a crer em novos encontros. Ela sorriu olhando a foto e então guardou na gaveta achando mais prudente tomar seu banho.
Uma hora depois as vozes na grande sala de estar da casa aumentaram, todos conversavam e riam alto, quase esquecendo os bons costumes que seus ricos dinheiros lhes ofereceram durante toda a juventude. Susan estava impecavelmente vestida com seu lindo vestido cor de creme desenhando sem vulgaridade seu corpo e com a alça abraçando seu pescoço, seu sapato da mesma cor do vestido. Ela era uma mulher a ser invejada dentre as outras e admirada por seu marido. Taylor usava um terno casual, sem gravata ou blusa fina.
Ethan estava no quarto da irmã esperando-a junto de Michelle, e a jovem loira usava um vestido solto cor de rosa que valorizava muito a cor de seu cabelo e a maquiagem. Ethan estava com uma calça jeans preta, tênis branco, uma blusa de mangas comprida também branca e um blazer preto com as mangas suspensas ate os cotovelos. Ele com certeza seria uma das atrações mais interessantes para as moças ali presentes:
- Vamos Nat – Ethan chamou.
- Calma, eu preciso proteger meus pés desses sapatos se não eles vão ser destroçados – Abriu a porta do banheiro saindo de lá já elegante em sua postura.
Ethan assoviou quando viu a irmã naquele elegante vestido vermelho, os cabelos negros azulados soltos em grandes cachos, a maquiagem leve dando o destaque perfeito aos olhos azuis e o sorriso brilhante debaixo do batom vermelho.
- Oh Meu Deus, você está uma gata mana
- Minha nossa, está linda Nat – Mich ficou impressionada com a beleza da amiga. Sempre soube que a beleza natural de Natasha era encantadora, mas com um pouco de maquiagem ficava de tirar o fôlego.
- Gostaram mesmo?
- Eu amei amiga, está perfeita
- Concordo. Só uma pergunta, é um pecado muito grande agarrar a própria irmã?
- Há! Há! Há! Vamos logo seu palhaço – Ethan ficou de pé e ofereceu os braços para as duas moças.
- Nossa como eu sou um homem de sorte, tenho as duas mais lindas garotas como acompanhantes esta noite, tenho certeza que os rapazes lá embaixo morderão os próprios cotovelos de inveja.
- Há! Há! Há! Eu concordo – Mich afirmou rindo.
- Vamos meninas?
- Vamos – Responderam.
Eles atravessaram o corredor e pararam no alto da escada, ela era larga o suficiente para três passarem ao mesmo tempo. Michelle se aproximou deles e sussurrou apenas para eles ouvirem:
- Acho que é a minha vez de deixa-los, os filhos do senhor Donovan devem se apresentar – Soltou do braço de Ethan e desceu as escadas sendo seguida por olhares desejosos de alguns homens.
- Oh! Você chegou, como é bom vê-lo – Susan cumprimentou o rapaz.
- Obrigado pelo convite senhora Donovan, minha mãe estava ansiosa em vir – Mostrou sua mãe ao lado, e a senhora estava vestida com um vestido azulado com detalhes em renda e cetim.
- Susan faz tanto tempo que não nos vemos – Ela abriu os abraços e foi retribuída com um abraço saudoso.
- É ótimo vê-la
- Susan querida, vamos para o salão – Taylor que já havia cumprimentado os dois recém-chegados agora chamava sua esposa.
- E onde estão os meninos?
- Eles estão descendo
- Oh! Que ótimo, venha Mary quero que conheça meus filhos, ou melhor, os reveja, depois de tantos anos.
- Estou ansiosa para revê-los – Susan segurou a mão de Mary sobre seu braço e as duas andaram ate o salão, o rapaz veio logo atrás.
- É irmãzinha a atenção está voltada para nós dois
- Estou me sentindo da realeza. Quando uma princesa desce as escadas e todos são obrigados a olhar e demonstrar admiração. Isso me incomoda.
- A mim também, mas devo discordar de uma coisa, eles não estão sendo obrigados a olhar, fazem isso porque estão admirados com nós dois, e veja pelo lado bom não somos da realeza.
- Há! Há! Há! Com certeza. Somos lindos.
- Há! Há! É claro – Ele riu da brincadeira.
- Vamos descer logo, estou me sentindo 2kg mais magra
- Esses caras ficam secando você – Desceu um degrau acompanhado da irmã.
- Eles? Não são nada comparados as garotas que estão te devorando e te despindo com os olhos.
- Não posso fazer nada, minha função é alegrar o dia delas, se isso as deixa felizes, o que posso fazer?!
- Isso é conversa de dançarino de stripper – Ela tentou não rir.
- Magic Mike pode te ensinar muitas coisas sobre os desejos mais devassos das mulheres
- Para Ethan – Ela apertou a mão no braço dele impedindo quase que inutilmente a gargalhada.
- Oh! Ali estão eles – Susan apontou para eles toda orgulhosa.
Ethan e Natasha desciam as escadas sorrindo um para o outro e trocando algumas palavras. Eles tentaram se recompor, ele buscou o olhar do pai, e a moça fez o mesmo, mas tratou de procurar a atenção da mãe.
O rapaz atrás de Mary ficou paralisado ao vê-la, e um tremor conhecido em seu corpo surgiu. Nat avistou sua mãe e lhe devolveu o sorriso, arrastou seu olhar mais para o lado e quando reconheceu o homem atrás da amiga de sua mãe ela congelou parando bruscamente, mas em frações de segundos antes do seu irmão dizer algo ela prendeu a respiração e continuou descendo. Ainda sem acreditar no que estava vendo, era ele, John Harris, ele estava lá em sua casa, no jantar dos sócios, ela ficou trêmula, e um nó em sua barriga a alertou de seu incomodo.
Natasha, ele nunca vira mulher mais deslumbrante que ela. A linda dama de vermelho. Descia graciosamente esbanjando beleza e seus sorrisos, o vestido fazia jus as curvas de sua cintura e ao volume de seus seios dando uma pequena amostra do que estava escondido atrás daquele belo tecido cor de fogo. Ele se perguntara se existia alguma mulher mais linda que ela. Suas mãos estavam úmidas e teve de limpa-las discretamente no tecido da calça. Ficou ansioso em falar com ela de novo, só esse simples pensamento, em lidar com ela e ate mesmo toca-la mesmo que por simples cortesia o deixavam como um adolescente de 15 anos.
Os cabelos dela dançaram quando ela pisou no térreo e virou o rosto para o lado jogando o suas ondas azuladas na direção da mãe e caminhava ate ela sempre acompanhada do irmão, que também foi completamente secado pelas moças, os sorrisos discretos não foram uteis para elas. Taylor se aproximou dos filhos e pediu para que esperassem um segundo:
- Alex deixe-me apresentar meus filhos, este é Ethan meu filho mais velho, e esta é minha Natasha.
- Minha nossa, seus filhos estão muito crescidos, lembro-me deles brincando com Kyle ainda crianças nos jardins da nossa casa de campo – Ele falou em um tom educado e superior.
- Sim, eram muito próximos – Taylor concluiu.
- E onde está Kyle? – Ethan perguntou.
- Ah infelizmente ele não pode vir, teve uma série de trabalhos e provas em sua faculdade. É hoje em dia se tornar um bom advogado não é fácil – Falou vangloriando seu filho – Ele adoraria ter vindo, principalmente porque sente saudades de Natasha, e me atrevo a dizer que se ele a visse agora as saudades seriam maiores com sua partida.
- Obrigada senhor Martin. Também sinto falta dele.
- E o que seus filhos estão cursando?
- Bem Ethan está terminando a faculdade de engenharia eletrônica, e Natasha terminou a faculdade de publicidade e agora trabalha na nossa empresa.
- Ora! Vejam só, uma jovem promissora. A agência do seu pai é uma das melhores, e muito reconhecida mundialmente. Espero que faça um trabalho tão bom quanto o dele.
- Estou contando com isso. Pretendo aposentar meu pai o mais cedo possível – Sorriu olhando seu velho.
- Ela fará um bom trabalho – Taylor falou fingindo indiferença, mas logo começou a rir.
- E o jovem Ethan? Onde pretende trabalhar?
- Oh! Estou estagiando na Cop. Engineering, e assim que terminar minha faculdade continuarei trabalhando lá, mas agora como funcionário fixo.
- Deus! Você conseguiu um estágio lá? É uma das maiores empresas de engenharia deste país, contratam um engenheiro a cada quatro anos – Alex ficou realmente surpreso – Você deve ser muito bom. Vejo tantos jovens se matando para entrar nessa corporação, eu mesmo tentei conseguir uma vaga para meu sobrinho, mas infelizmente não deu. Meus parabéns Taylor, deve estar muito orgulhoso de seus filhos.
- Não sabe o quanto, eles são minhas maiores alegrias.
Natasha olhou para o lado, e John olhava diretamente para ela esboçando um sorriso de canto terrivelmente sensual. Ela virou o rosto sentindo o rosto queimar. Puxou a respiração e voltou sua atenção para o pai.
- Eu entendo – Sorriu vendo que a vitória dos melhores filhos era de Taylor – Bem deixe- me encontrar minha esposa.
- Certo, nos falamos logo mais. Vamos meninos. – Os três andaram ate a dona da casa que conversava alegremente com Mary – Querida.
- Oh! Meu bem, Mary e eu estamos relembrando sobre suas fracassadas tentativas de pesca junto de Mark – Falou rindo.
- Nós pegávamos bons peixes
- Isso quando um servia de isca para os peixes – Mary respondeu rindo.
- Tudo bem, tenho de concordar, não éramos ótimos pescadores, mas o esporte era o nosso prazer.
- Eu sei disso – Mary parou de rir exibindo apenas seu sorriso – E esses são seus filhos? Veja como estão enormes.
- Este é Ethan, e Natasha – Após pronunciar o nome dela, John queimou seu olhar sobre ela.
- Ora! Você se tornou um belo rapaz Ethan
- Obrigado senhora Harris, e devo dizer que a senhora está mais linda e jovem do que nunca. Permita-me pedir sua mão em casamento, pois sei que não encontrarei mulher mais linda que a senhora – Curvou-se pegando a mão dela.
- Há! Há! Há! Um galante de primeira como seu pai, e conheço muito bem seus truques, mas prometo considerar sua proposta, afinal não estou morta.
- Oh! Por favor, a senhora me faria um homem muito feliz – Tocou seu peito falando como um lorde inglês.
- Há! Há! Há! Há! Seu filho é um encanto Susan
- É eu sei, é um conquistador e devastador de corações
- E quantos dessa idade não são?! – Sorriu – Oh! E esta linda jovem. Natasha. Minha querida, você está absolutamente linda, uma mulher encantadora.
- Obrigada senhora Harris – Sorriu sentindo o calor em seu corpo e o olhar fixo do moreno.
- Uma moça tão bonita merece estar em boa companhia, deixe-me apresentar meu filho – Virou o corpo de lado esperando o filho se aproximar. Ele deu apenas dois passos e segurou a mão da jovem sentindo o choque se espalhar por seu corpo e conectar ao máximo com o dela – Este é John.


Continua...

Simply, I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora