Anoitecer [Morro]

Capítulo 03

Henrique Souza, 33 anos.
Vulgo: Grego.

Alice Menezes, 19 anos.

Henrique ☠

Saí da casa da minha gata e montei na moto com a cara fechada.

Com ela é uma coisa, em quatro paredes, com ela, eu sou um.

Até com a mulher que vivo sou diferente.

Júlia tem um poder de me acalmar, me ajuda, me faz benzão.

Mas não pretendo largar a Alice, nem a Júlia.

Meu sonho é um ménage.

Meu celular tocou e o nome da Alice apareceu na tela.

Ligação 📱

Grego: Cinco segundos.- Falei de cara.-
Alice: O que você tava fazendo na casa de mulher...-
Grego: Cinco segundos passou, tchau.-

Ligação 📱

Cheguei na boca vendo os drogados, uns cara conversando e os outros vendendo.

Entrei na minha sala e deixei o fuzil pendurado ali, chamei o negão pelo raidinho e em minutos ele chegou.

Grego: Faz a fé enquanto eu resolvo um b.ô? - Ele assentiu e eu fiz toque com ele.

Negão: Cuidado aí, irmão.

Grego: Muita fé pra nós, parceiro.- Ele balançou a cabeça e eu saí me batendo com o Tzão.

Único que sabe do meu lance com a Júlia, além de nós.

Não vai muito com a minha cara pelo mesmo motivo.

Tzão: Sem querer, malzão.- Falou e continuou andando.

Grego: Tira o olho do cu.- Falei altão e ele continuou andando e me ignorando.

Pau no cu do caralho.

Fui correndo pelas lajes até a casa da minha moreninha, coloquei minha blusa no rosto e entrei por trás escondidinho.

Se alguém ver, fode pra nós dois.

Júlia: Você de novo? - Bufou.

Ela tava estendendo roupa.

Entrei correndo empurrando ela pela cintura e entrei em casa com ela, comecei a rir da cara de leiga que ela fez e aproveitei pra beijar ela.

Dessa vez, ela não me negou.

Apertei a cintura dela enquanto ela abraçava meu pescoço.

Desci os beijos pro pescoço e subi minhas mãos pro rosto dela, passei o polegar na bochecha dela, vendo ela dá um sorriso fraco e beijei ela de novo.

Gosto viciante, mó bom.