Capítulo 58

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Aos poucos eu fui começando a entender tudo...

"Nadar no mar" significava nadar no dinheiro.

Ou seja, para o Baiano me dar o dinheiro.

"Número" significa a quantia de dinheiro que iria precisar.

Eu tava impressionada com a quantidade de dinheiro na minha frente.

Era praticamente, dois cofres, sendo esvaziados.

Júlia: Isso é dinheiro seu? - Perguntei enquanto ajudava a colocar na bolsa.

Baiano: A gente sempre faz missão juntos. Tem dinheiro meu lá no morro dele e dinheiro dele aqui, em vários outros cantos também. Caso precisar, é só procurar um o outro.- Explicou.

Júlia: Esse é todo o dinheiro dele? - Baiano riu debochado.

Baiano: Não é metade.- Fiquei surpresa.- O Thiago confia em você, demais. Ele nunca mandou ninguém aqui, a mão ser você. Você é a única que sabe sobre isso.- Sorri de lado.- Isso é...

Júlia: Totalmente secreto? - Ele assentiu.- Pela minha segurança e pela de vocês, eu sei.

Ele repsirou fundo e voltou a pegar o resto do dinheiro.

Quatro bolsas, com a quantia total de sessenta mil reais.

{...}

Cheguei em casa e pela primeira vez estranhei a ausência do Rael.

Os meninos já tinham iniciado o plano pra conseguir o morro de volta.

Ele nunca saia quando eu não estava em casa.

Pra nossa própria segurança.

O computador estava aberto, me sentei no chão, vendo coisas que eu não tinha nem noção, do que seriam.

Não consegui decifrar nada, me levantei e rodei mais um pouco atrás dele, mas não encontrei.

Escutei um tiro, do topo do morro.

Isso significava que os policiais, novamente estavam tentando recolher informações sobre alguém.

Meu celular tocou e eu atendi.

Ligação on.

Tzão: Júlia, fudeu.
Júlia: Que foi, menino? - Perguntei já me levantando e calçando minha sandália.-
Tzão: Eles sabem que você é a mulher do chefe, eles vão atrás de tu pra tirar informações, sai do morro agora.
Júlia: Mas e o Rael? - Peguei minha bolsa e fui saindo de casa.-
Tzão: Tem um carro te esperando perto do ponto do ônibus,apenas corre.- Ignorou minha pergunta.-

Ligação off.

Desci as pressas do morro, cheguei na parada de ônibus, vendo um carro todo preto, entrei e respirei fundo, ao ver o foguin.

Foguin: Tá virando fugitiva, iala.- Brincou.

Respirei fundo em buscar de me acalmar e ele me deu uma garrafa de água.

Do nada as coisas mudam né?

Anoitecer [Morro]Onde histórias criam vida. Descubra agora