Capítulo 13

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Júlia, que droga.

Eu poderia automaticamente ignorar,bater, brigar.

Mas não.

Eu prefiro ser trouxa, eu amo ser trouxa!!!

Enquanto ele se movia com brutalidade dentro se mim, eu gemia alto, sem me importar com mais nada.

Nem com a minha dignidade que tinha ido embora, no momento em que eu abri a xota.

É Júlia, você se contenta com migalhas.

Droga.

Ele gozou minutos depois que eu e saiu de dentro de mim, tirando a camisinha enrolando e jogando fora.

Depois do sexo bate arrependimento, sabe?

Vontade de me matar por ser tão otária..

Eu amava ele mas isso não era o suficiente pra ele ficar comigo.

E ele dizia que me amava, mas não o suficiente pra deixar ela.

Não ia tomar banho por preguiça mesmo, virei pro lado e respirei fundo, indo dormir.

Júlia: Saí, por favor.- Pedi quando ele me abraçou.

Grego: O que foi, cara? Nós tá bem, tá quase realizando o que tu sempre quis. Deixa de caô, nega.

Júlia: Não me abraça, por favor.- Pedi respirando fundo.

Ouvi ele resmungar alguma coisa que eu não quis dar atenção, fechei meus olhos me sentindo um idiota da pior espécie.

Mas ninguém perde por dar amor.

Perde quem não sabe receber esse sentimento.

...

Tzão: Eu não vou mais falar nem nada, não vou ajudar, nem nada. Cansei pô, namoralzinha mesmo.- Falou muito bolado.- Se fode aí, se fode mesmo, tu só vai aprender o teu lugar, quanda passar por coisa pior do que tu já passa.

Júlia: Ítalo, por favor.- Choraminguei.

Tzão: Eu tô aqui, sempre tô aqui. Mas não quero ouvir nada de você com ele, tentei ajudar, negão tentou ajudar, te deu passe livre e você tá aí, pagando de otaria novamente.

Júlia: Eu não tenho culpa.- Falei olhando pra ele.

Tzão: Tem sim, você sabe que tem. Mas deixa eu te falar, você sabe, eu sei... Ele não te ama, ele nunca vai te colocar no posto de fiel, ele só te tem pra alimentar o ego dele. Se você não é nem a única amante, quem dirá fiel.

Fiquei calada brincando de passear minhas unhas pelo braço dele, ele virou a cara, que estava fechada e ficou olhando pros drogados na boca.

Ele tava vendendo e eu vim fazer companhia a ele.

Mais a frente, escutei a moto do grego, em seguida, vi ele passando com a ruivinha da favela.

Tzão riu debochado e ele nem percebeu que a gente tava aqui.

Júlia: Eu sonhei com você.- Suspirei.-  a gente se pegava, mas depois eu te matava pq você não queria comprar um short pra mim.

Tzão: Mata nada, tu me ama.- Assenti rindo.

Ele ainda tava chateado com tudo, mas conversava comigo.

Continuando assim, eu vou afastar o Ítalo de mim e é o que eu menos quero.

Anoitecer [Morro]Onde histórias criam vida. Descubra agora