*Passa rapidamente pela adolescência para a vida adulta*
Camilla Ferraz de Andrade é uma adolescente de 17 anos. Estuda no Colégio São Bento que é considerado um dos Colégio mais caro e frequentado por filhos de pessoas de alto padrão financeiro até...
Obrigada por me ajudarem com os votos e comentarem os capítulos.
Camilla não é fogo, sem aprontando, será que Eduardo vai fazê-la sossegar?
Ótima leitura, A.B.
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Não gosto das pessoas me julgarem sem me conhecer. Sofro por vir de uma comunidade, mais não acho justo pessoas que não sabem sobre a minha historia, sem conhecer nada sobre a minha vida virarem o nariz por saberem de minha origem. Nem todo mundo teve ótimas oportunidades na vida, e isso aconteceu comigo.
Desde criança tive uma vida sofrida, meus pais se matavam de trabalhar para mesmo assim cada um ganhar menos que um salário mínimo, mesmo assim eles eram felizes, mais não entendia o porquê isto acontecia, mais depois aprendi que o que mantinham eles vivos e felizes era o amor. Sempre falava para minha mãe que nunca iria me apaixonar até eu arrumar um bom trabalho, ter um bom estudo, fazer uma faculdade, dar uma vida melhor para os meus pais, e só então achar a minha cara metade, a minha metade da laranja.
Meu sonho ainda não foi realizado, mais está sendo bem planejado, meu sonho de dar uma vida aos meus pais não foi cumprida ainda, pois antes da hora meu pai virou um anjinho no céu, mais minha mãe ficou, e por ela morreria. Foi então que escondido da minha mãe comecei a trabalhar, estava sendo ajudante de pedreiro, ganhei um dinheirinho, e me lembrei de que o sonho da minha mãe era ir ao McDonald's, pode ser ridículo, mais ela nunca conseguiu ir até lá, ou quando chegava perto nunca tinha dinheiro, ou quando tinha o dinheiro, tinha coisas que eram mais importantes que um simples lanche. E lá estava eu sentado com a minha mãe em uma mesa. Via as pessoas chegando e saindo. Via crianças felizes e outras tristes, por estarem naquele lugar e não comendo um Mc Lanche Feliz. Ouvia conversas de todos os tipos: românticas, fofocas, discussões, amigáveis e as aconselháveis. De fato havia duas que lhe chamavam à atenção: as românticas e as aconselháveis.
Cada vez que ouvia um eu te amo sorria, e dera a lembrar daquela época em que se titulava como feliz. Lembrava-me de quando ia passear ao som dos pássaros sobrevoando aquele lugar na comunidade e as crianças correndo e pulando. Era o ambiente perfeito para mim e a minha mãe, mais no fundo sabíamos que não iria durar muito tempo, e quando a criminalidade aumentou sabíamos que tínhamos que sair de lá e viver uma vida melhor em outro lugar, não tínhamos mais opção a não ser fugir.
