Capítulo 9 - Nicole

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Olá, amores!

Neste capitulo vamos voltar um pouco no tempo e ver o que aconteceu com a mãe da Camilla!

Ótima leitura, A.B.

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20 anos atrás

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20 anos atrás

Eu quero somente ele, e não é difícil não saber disso somente quando o olho. Meu coração acelera e minhas mãos soam como se estivesse a ponto de desmaiar, mais sabia que estava somente nervosa com sua presença. Não tem outra pessoa no mundo que me faz o bem que ele me faz. E é por isso, e por tantas coisas mais, que ele é quem eu quero ao meu lado, dividindo uma vida inteirinha.

Inteirinha nossa.

Meus pais querem que me case com um homem que não quero para mim, um casamento forçado e totalmente sem nenhum tipo de amor. Não sei qual é o rosto deste homem e não sei se ele é um homem bom, poderia ser um homem ruim e fazer coisas horríveis com minha pessoa.

Meu pai estava decidido do seu acordo com esse homem, e parece que ele era sozinho, não tinha família. Meu pai não quer saber a minha opinião, não quer saber se quero ou não casar. Infelizmente só tem olhos para o dinheiro e nem tenho o apoio da minha mãe para me ajudar, ela faz tudo o que meu pai quer. Sou apaixonada pelo Beto, para sempre o meu Betinho. É com ele que quero me casar e ter filhos e não com um homem que nem sei quem é.

Minha família sempre foi muito rica, e eles me forçavam a me casar com o Renato, mais não o quero. Minha família sabe da existência de Beto, mais não apoiam nossa relação pelo fato de Beto ser pobre e Renato ser rico. Conheci Beto através da escola, estudávamos juntos na mesma turma, e não demorou muito para iniciarmos um relacionamento. Os funcionários da escola viram, e falaram tudo para os meus pais, logo depois descobri que meus pais pagavam a mais para saber tudo o que fazia na escola, e eu a boboca nunca percebi.

Imediatamente fui transferida para outra escola, mais nunca me esqueci de Beto, era mais que um amor de escola, disto tinha certeza, eu sentia. Todos os dias meus pais me levavam para a escola e na hora da saída me buscavam e me levavam para casa. Isto ocorria todos os dias, os funcionários da nova escola foram todos comprados também, não tinha como fugir. Não tinha como ir até onde Beto estava ou ele vir até a mim.

Na nova escola não fazia questão de estudar, de fazer amigos ou quaisquer coisas. Até que um dia pela madrugada resolvi fugir de casa, tinha que ir até Beto, tinha marcado para o táxi parar na esquina da minha casa, rapidamente quando vi o táxi entrei dentro dele dando o endereço de Beto.

Chegando até a casa de Beto, ele levou um susto quando me viu, ele estava sozinho em casa naquele dia, foi então que aconteceu uma coisa que nos tornaríamos únicos em meus pensamentos principalmente. Fizemos amor até o dia clarear, me entreguei de corpo e alma pela primeira vez, e não tinha duvidas que seja ele o homem da minha vida, e é bem mais que amor de escola. Ficamos unidos como café e leite, biscoito de água e sal com manteiga ou feijão com arroz. Se separados não são a mesma coisa, mais juntos são mais que tudo nesta vida.

- Eu te amo, Beto!

- Eu te amo, Nicole!

Tínhamos trocados milhares de beijos, já tínhamos vestido nossas roupas, só estávamos deitados na cama abraçados quando começamos a ouvir barulhos estranhos dentro da casa de Beto.

- Que barulhos são esses, Beto?

- Não sei, estou assustado também.

Ficamos encarando a porta com medo até ser arrombada e entrar várias pessoas incluindo meus pais furiosos. Meu pai pulou em cima da cama me tirando dos braços de Beto enquanto vários homens pegavam Beto batendo nele.

- Não batem nele, o deixem em paz!

- Você vai calada comigo para a casa mocinha, lá você vai aprender a lição!

Meu pai começou a me sacudir em seus braços e o implorava para que não machucassem Beto, ele não tinha culpa de nada, fui eu que cheguei ate aqui, ele não me obrigou a nada, eu quis.

- Por favor, deem a lição ao rapaz, mais não exagerem! – Minha mãe cruzou os braços olhando os homens partirem com tudo para cima do meu Beto.

- Mãe, por favor!

Nada adiantou, fui arrastada para a minha casa, trancada dentro do quarto com um pai furioso segurando um cinto, enquanto a minha mãe estava sentada um pouco afastada em uma cadeira olhando tudo.

Quase não dá pra suportar essa dor que está me corroendo, mais precisava ser forte, tinha a esperança que Beto me tiraria daqui e fugiria comigo para bem longe para sermos somente nos dois. Eu nem choro porque é daquelas tristezas que o choro sai em berros e eu ainda estou na casa da minha mãe, não posso berrar assim do nada, e nem resolveria. Nada resolve. Triste. Só isso. Ninguém vai morrer e nem eu. Queria gritar pela a janela do meu quarto para o mundo todo saber o quanto estou infeliz na minha própria casa. Estou trancada há alguns meses em casa, só fico em casa, às vezes saio para o jardim, tomar um pouco de sol, e logo entro de volta para a casa, sabe a novidade?

Perdi tudo o que tenho, parecia que estava em uma prisão, só que dentro de casa. Perdi meus amigos, perdi o Beto, perdi escola, privacidade e liberdade. Depois de dois meses comecei a passar muito mal em casa, era constante até meu pai me levar a um hospital perto de casa, e descobrir que estou grávida. Meu pai quis me bater no hospital quando soube disto, foi então que fui forçada a me casar com Renato que iria me entregar para ele assim que me casasse, ou antes, para que fingisse que engravidei dele, e este seria o nosso segredo para o meu bem.

Não sinta saudade do passado, ele não volta mais. Repetia a mim mesmo todos os dias, repetia tantas vezes que virou uma oração, e todo dia antes de dormir, falava ela mentalmente, só importava ela para mim, ninguém mais precisava saber. Nunca mais tive noticias de Beto, ele sumiu de repente, nunca mais me procurou, casei com Renato, tivemos relações sexuais até eu dar a noticia de estar grávida, ele nunca percebeu nada, nem contou nos dedos os meses.

Virei à senhora Ferraz com apenas 17 anos de idade. Renato era um pouco mais velho, já tinha sua casa, seu trabalho e 24 anos. Entregava-me para ele forçada e com medo de que algo acontecesse com a minha filha que não tem culpa de nada. Quem eu realmente quero não posso mais ver, sentir ou abraçar, nem ouvir suas piadas e gargalhadas livres para todo mundo ouvir e rir junto, nada mais fazia sentido.

Foi então que o meu bebê nasceu, é uma linda menina, e em homenagem a mãe de Beto que morreu de câncer, e eu era muito apegada à tia Barbara, por isto estava fazendo está homenagem tanto para ela, quanto para Beto, minha filha irá se chamar Barbara.

Barbara não é filha de Renato! 

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Barbara não é filha de Renato! 

Vocês logo a irão conhecer no decorrer da história ;)

De Repente Você #1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora