Cap 26

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Maite

Chego no trabalho e nada de Dul, estranho já que ela sempre é pontual em relação a trabalho. Mando mensagens e até ligo, toca toca e nada de atender.

Acho que ela só quer um tempo

Penso comigo mesma, faço meu serviço, e quando chega a hora de ir embora, decido passar na casa da Dulce, para conversar.
O porteiro me conhece e me deixa subir. Ao entrar chamo por ela que não me atende, percebo que a porta está encostada e então decidi entrar, chamo por ela mais nada. Entro em seu quarto e vejo sua arma no chão.

- Meu Deus - falo desesperada.
Procuro por toda a casa e nada, Dulce não estava ali. Vejo seu telefone do lado das chaves na mesa de centro, todas as chamadas perdidas no visor.

Alguma coisa aconteceu ontem a noite, Dulce não falta ao trabalho, e nunca sairia sem levar suas coisas.
Ligo para Cristian e peso que ele me encontre, na frente do apê da Dulce, em questão de minutos ele chega.

- O que houve por que está pálida meu amor - diz segurando meu rosto em suas mãos.

- A Dul ... A alguém.

- O que houve Maite ?

- Alguém pegou a Dul ! Nós temos que fazer alguma coisa.

- Como vc sabe disso ?

- Ela nunca falta no trabalho sem antes me avisar, eu vim ver como está estava e ... Não encontrei ela apenas suas coisas e ..

- o que ?

-  A arma dela no chão do quarto. Se ela precisou usar a arma, é por que ela queria se defender de algo ,ou de alguém. E agora a arma tá no chão, sua bolsa, celular ,e chaves do carro e casa estão na mesa de centro, o que acontece é que ela não saiu de casa nem foi viajar. Alguém sequestrou a Dulce .

- E o que vamos fazer ? Quem poderia fazer isso ?

- Eu não sei.

- Já sei... Vamos a delegacia. - olho assustada - e o único jeito de ajudar sua amiga - concordo. Saimos de carro em direção a delegacia da cidade do México.

[>>>]

Dulce

Tapas e mais tapas. Belinda realmente me odiava. Eu eu sentia isso na gravidade de seus tapas e socos por meu corpo. Cuspo o sangue que se escorria por minha boca.

- Já está cansada Dulce ?

- E você se preocupa ? - falo sorrindo falso.

- Claro que não - ri.

- Por que me odeia tanto ? - pergunto de cabeça baixa.

- Não está na cara ? - pergunta como se fosse óbvio - Você sempre foi um vadia de sorte. Filha do irmão da dona da boate mais frequentada do México... Sempre teve os homens aos seus pés.

- E isso é culpa minha ? - falo levantando minha cabeça.

- Claro ! Você o tirou de mim - me acusa e meu olhar vira confusão. - não se lembra né ?

- Não sei do que você tá falando.

- Eu vou te contar uma pequena história Maria - fala se sentando em cima de uma mesa a nossa frente. A dois anos atrás, em uma noite, na boate mais frequentada do México, uma garota, uma prostituta, havia se apaixonado por um dos clientes, ele era lindo e incrível, mulherengo e rico, começaram a se envolver, mais em uma noite ele abriu o jogo e disse a ela que não a amava, ela sofreu, chorou e lhe perguntou o motivo, e ele lhe disse que havia se apaixonado por outra mulher, que começou a sair. Nunca mais ele voltou a procurar pela garota, e em uma outra noite, ela o viu, lindo ao lado de uma mulher, uma vagabunda , uma vadia ruiva.

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