cap 46

791 74 11
                                    


Meu sangue bombeia forte, e uma sensação horrível me golpeou. Não consigo pensar em mais nada, além de querer saciar a vontade imensa que sinto de enforcar aquela mulher.
Ainda escutando suas risadinhas e murmúrios, respiro fundo e ajo com total naturalidade, ou melhor dizendo fingindo uma naturalidade que não cabe a mim naquele momento. Abro a porta do banheiro e saio caminhando lentamente até a pia imensa e lavando minha mão esecando a mesma,  olhando para cima no espelho, percebo que seus olhares estão em mim, sua amiga está pálida, uma morena baixinha, com uniforme de secretária. Nicoly está com cara de poucos amigos.

- Boa tarde garotas - sorrio falsa.

- Boa tarde senhora Dulce Maria - sua voz é de desgosto.

- Vc é a... ?  - sua voz trêmula denúncia estar assustada..

- A vadia engomadinha ? - arqueei uma sobrancelha. Sua cara se assusta mais, as duas estão pálidas.

- Vc escutou nossa conversa ?

- Cada palavra saída dessa sua boca - falo pausadamente enquanto me aproximo a passos lentos dela.

- Isso é falta de respeito, não pode ficar trancada no banheiro escutando a conversa dos outros ! - tenta se manifestar e eu debochei.

- E quanto as vadias que entram em horário de serviço para falar dos chefes gostosos e das mulheres deles, e o quanto adoraria sair dando para o mesmo .. em ? Acho que vc não sabe o que  é falta de respeito queridinha...

- Do que vc me chamou ? - Sua voz se altera.

- Do que vc é ! Acho que esse deveria ser seu nome ! Vadia

- Vc é uma vadia ! Vc tem sorte de mais por ter meu chefe como seu namorado, mas quando ele ver que vc é uma vadia inútil e perceber que existem mulheres melhores que vc neste mundo... Aí sim, vamos ver quem será as sortudas que ele vai ficar, se já não está - meu sangue já é adrenalina pura.

- Olha sua vagabunda desclassificada, eu poderia até ter deixado queto..
Mais vc chamou meu homem de gostoso... Me chamou de vadia engomadinha, e me diz agora que ele possa estar me traindo .... Caralho vc vai apanhar e muito sua vadia rebaixada ...

Sem esperar mais um segundo, puxo seus cabelos a fazendo gritar, sua amiga tenta ajudar mais lanço um olhar mortal para a mesma e a empurro para longe, Nicoly me dá tapas e isso me irrita mais. Derrubo a mesma no chão e subo em cima dela, dando lhe tapas seguidos, sua boca começa a sangrar. Ela puxa meu cabelo e bate minha cabeça no chão me fazendo ficar tonta por um tempo, sobe em cima de mim e me golpeia com um tapa.
Essa vagabunda passou dos limites, ninguém bate na minha cara ! Ninguém !
Puxo ela para baixo subido em cima dela, dando tapas, até que parto pro soco.

- Sua vagabunda me solta - rosna

- Vagabunda, prostituta, vadia é vc ..
Cadê a vadia engomadinha agora em ?

Escuto o som da porta se abrindo, e quando percebo dois homens fortes nos separam. Puxando cada uma para um lado, nos olhamos.

- Sua vadia engomadinha ! Vc me paga .. não me arrependo de nada do que disse.

- Mais vais e arrepender sua Vagabunda !

- Parem já ! Estão dentro de uma delegacia vc perderam o juízo ? - um dos Homens diz. - Vem - começa a nós puxar .

- Pra onde vai me levar - A vagabunda pergunta.

- Delegado ..

Meu sangue que antes estava quente agora congela.. Ucker não me perdoaria fácil por isso. Mais convenhamos que ela mereceu.
E muito por ter dito tais coisas sobre mim e sobre o meu homem.

A CafetinaOnde histórias criam vida. Descubra agora