Capítulo 24

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Narrado por Sônia

- uau , que closet maravilhoso - silene diz andando enfrente aos espelhos das portas do armário da sam enquanto eu procurava a bolsa.

- é , ela tem uns gostos parecidos com os seus - digo abrindo outra porta do armário achando a mala , e quando a puxo vejo silene abrir outra.

- minha nossa - ela diz surpresa e encaro o armário vendo as lingeries da sam nos cabides - ela gosta muito se lingeries né ?

- é , bastante - digo e ela passa a mão nos tecidos e sorri.

- gostei das vermelhas , e das de cor vinho - ela diz e pega um cabide colocando enfrente ao seu corpo enquanto eu a observo - ficaria bonita em mim ?

- sim , com certeza ficaria - digo e ela me olha e sorri depois e me sinto idiota por ter dito isso - vem , vamos logo.

- ta bom - ela põe o cabide no lugar , mais se abaixa encarando as gavetas - oque são essas coisas ? - ela diz puxando a gaveta e eu me aproximo dela.

- isso é bem pessoal silene , vamos logo - digo sabendo que era as algemas e fitas dela e do meu pai , já mexi nessa gaveta escondido a alguns anos atrás.

- eles ? usam ? - ela pergunta e eu reviro os olhos - uau , seu pai me impressiona cada vez mais.

- fecha isso - digo ouvindo um barulho e ela fecha puxando a porta novamente e puxo a mala saindo do closet com ela e vejo meu pai e a sam entrarem rindo enquanto se beijam.

- confessa que ficou com ciúme - ele diz apertando sua bunda e eu fico vermelha de vergonha.

- da pra pararem ? - digo e eles nos olha e meu pai solta a bunda da minha mãe.

- nem sabia que estava ai filhota - meu pai diz me chamando por esse apelido horroroso.

- vim buscar a mala - mostro e ele concorda.

- vai querer ajuda ? - sam pergunta e eu nego.

- silene me ajuda - digo olhando pra minha amiga que estava perdida nos gomos da barriga do meu pai. E isso era super nojento.

- né silene - digo fazendo ela despertar do transe e ela concorda e arrasto ela pra fora do quarto voltando pro meu.

- ele é um deus - ela diz e eu reviro os olhos - como não acha seu pai um deus grego ?

- talvez seja por que ele é meu pai - digo óbvia - e eu acho ele sim bonito. Mais não assim que nem você diz quase babando.

- não digo babando - ela diz e eu dou risada.

- anda , me ajuda de novo a por as roupas - digo e ela se abaixa tirando as peças de roupa da mala amarela colocando na da sam.


[...]

Depois de pedir o tio chaz e a tia cami pra deixar a silene em casa , continuei ajeitando algumas coisas. E desci procurando pela samanta que estava na cozinha fazendo cookies.

- eu pedi pra ela não fazer - resmungo.

- sabe como é sua mãe - jus diz comendo um dos cookies na sala - ela quer garantir que não vai morrer de fome.

- sabia que lá dão comida né ? - digo e ele ri - ela tem mesmo que fazer meu lanchinho ?

- filha - ela me chama e eu reviro os olhos indo até lá e vejo ela de coque preso , e um avental cor nude enquanto segura uma panela de chocolate.

- tem pó de farinha no seu rosto - digo e ela ri concordando.

- foi o bobo do seu pai - ela diz sorrindo e me sento notando as quatro formas com cokkies , e o cheiro estava maravilhoso.

- acha que faço pra sua amiga também ?

- eu divido com ela - digo olhando pra ela que estava colocando o chocolate no saquinho pra gotejar nos cookies.

Sam era realmente muito linda e isso me invejava , seus cabelos loiros estavam cada vez maiores , e eu sabia que logo ela cortaria , seu rosto era perfeito. Aquele nariz parecia que já tinha passado por plástica , e o meu parecia que tinha feito plástica e tinha dado errado e ficou assim. Sorrio com meu pensamento e volto a olhar pra ela , o jeito de tentar me agradar me incomodava , eu sei. Sou ingrata. Mas ela sempre me irritava , por deixar meu pai mais bobo do que já é , ele fazia de tudo pra ela. Quando ela está menstruada ele falta fazer festa na casa pra vê se ela não fica apenas deitada com cara de morte. E o pior , é que eles sempre estão grudados , pela casa toda e isso me da raiva pois não tenho tempo suficiente com ela e nem com ele. E me afastei , pois tudo que eu dizia a ela , ele acabava sabendo , assim como ele contava tudo que eu dizia. Não tinhamos segredos. Então , resolvi guardar tudo pra mim e ser a garota chata da casa.

- está me ouvindo ? - sua voz me faz olhar pra ela - quer que coloco chantilly neles pra comer alguns agora ?

- não mãe - digo sorrindo e ela acaba que sorrindo também.

- por que está me olhando assim ? - ela pergunta tirando os cookies das formas.

- por nada - desvio o olhar e ela sorri sozinha.

No fundo eu não invejava apenas ela , invejava o amor dela. Como ela gostava das coisas , como ela cuidava de todos , e como ela amava o meu pai , e como ele retribuia esse amor. Eu nunca consegui amar nenhum garoto , e invejo até quem sofria por amor. Pois eu nunca tive a chance de sentir isso.

- quero mais um - meu pai entra na cozinha fazendo ela apontar pra forma pequena do outro lado da mesa.

- Sônia vai ficar 3 dias ou um mês nesse acampamento ? - meu pai diz olhando pros cookies.

- ela dividi com os amigos - sam da de ombros - e o resto as crianças comem.

- entendi - jus ri se aproximando dela - eu amo cookies.

- você ama tudo de comer jus - ela diz e eu acabo que rindo com ela.

- por isso eu amo você - meu pai diz me fazendo revirar os olhos e a sam bate nele.

- vocês são nojentos - resmungo.

- e você tem uma audição ótima - ele diz rindo.

volto pro quarto fitando minha mala pronta e encaro o espelho , meu cabelo tinha um volume que não me agradava , assim como meu rosto redondo que a cada dia parecia mais oval , encaro o batom da silene sobre a mesa e o pego tirando a tampa. Ele era um tom avermelhado , mais não aquele vermelho sangue. Passei sobre meus lábios e prendi meu cabelo no alto , e tentei dar o melhor sorriso possível.

- sou um desastre.

resmungo passando a mão sobre os lábios borrando o batom e puxo a toalha indo tomar banho.

Drug Of Love | Bônus FinnalyOnde histórias criam vida. Descubra agora