Capítulo 17

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- Sônia , seu pai é um pedaço do pecado - silene diz se abanando e eu nego revirando os olhos.

- me poupe silene , é o meu pai - digo resmungando e ela continua sorrindo encarando o teto.

- confesso que desejei ele por alguns segundos - ela diz rindo e eu a encaro.

- silene - digo e ela me olha.

- desculpa , desculpa.

reviro os olhos e me embrulho e logo ela deita na cama também e apagamos o abaju encarando  o teto juntas.

- fabiana vai ao acampamento ? - pergunto e ela da de ombros.

- deve que sim , não sei - ela diz e se vira me olhando e eu me viro pra ela também.

- não se falaram mais ?

- só na escola. Ainda com ciúmes dela ? - ela ri e eu reviro meus olhos.

- não é bem ciúmes , só acho estranho ela virar sua amiga do nada - digo e ela ri mais ainda.

- você é minha melhor amiga sônia , relaxa - ela diz fechando os olhos e eu respiro fundo mas acabo sorrindo e quando vejo que ela adormeceu , fecho os olhos também.

[...]

Na manhã seguinte , me arrumo pra ir pra escola com silene se maquiando em frente meu espelho , nunca entendia por que ela passava tanta coisa no rosto , era linda sem tudo aquilo.

- seu pai será que está em casa ? - ela pergunta e eu a encaro.

- por que ?

- podia levar a gente na escola - ela da de ombros e eu reviro meus olhos pela milésima vez.

- não começa com isso.

- oque é isso ? não sabia que tinha diário - ela diz e eu a olho e puxo o caderno de sua mão.

- eu não ia ler - ela diz e eu nego colocando dentro da gaveta de calcinhas.

- não é meu.

- tudo bem - ela diz e eu molho meus lábios , e logo pegamos nossas mochilas saindo do quarto em seguida. E logo podia se ouvir a voz da julie lá embaixo , hoje ela havia mesmo acordado cedo.

- bom dia - samanta diz ao nos ver descer a escada.

- bom dia - silene diz educada.

- tem café na mesa - minha mãe fala e silene concorda indo comigo pra cozinha , e vejo meu pai tomando café sem camisa com apenas uma calça moleton preta , era agora que silene pirava mesmo.

- bom dia filhota - meu pai diz e eu o olho.

- não trabalha hoje ? - pergunto e ele nega lendo seu jornal.

- uma folga cai bem - ele diz rouco.

- pensei que fosse dono de uma empresa - silene diz chamando a atenção dele.

- e sou.

- da muito trabalho ? - ela pergunta e eu me sento apenas olhando aquilo tudo.

- bastante. Por que ? vai me dizer que tem vontade de abrir uma empresa.

- na verdade. Não mesmo - ela diz rindo e eu pego uma caneca colocando meu suco.

- já ia te fazer desisti - meu pai brinca e volta a ler e vejo minha mãe voltar pra cozinha passando pelo meu pai que a puxa pra ele.

- jus - ela ri e beija ele em seguida.

- pensou em algo pro aniversário da camila ? - ouço a conversa deles e continuo comendo.

- sim , falaremos disso depois - ela diz e ele apenas concorda e olho pra silene que estava encarando eles.

- se importa de ir de ônibus pra escola ? - meu pai pergunta e eu nego.

- bem melhor do que com o jeremy me infernizando - confesso e ele ri.

- sônia - sam me repreende e eu reviro os olhos.

[...]

Na parada de ônibus continuei mexendo no celular enquanto silene falava sobre alguma coisa que envolvia maquiagens e looks pro acampamento.

- é serio , está me ouvindo ? - ela pergunta e eu a olho meio sem entender.

- oque disse ?

- Af Sônia - ela diz se sentando ao meu lado e eu guardo o celular.

- diz - digo e ela começa novamente.

- não sei que roupas levar - ela diz e eu sorrio.

- algo pro mato silene , ninguém se produz num acampamento.

- ficou louca ? os garotos vão - ela diz e eu dou de ombros.

- e oque de importante tem nisso ? - pergunto e ela nega.

- você não é uma garota normal - ela diz e eu concordo.

- só não perco meu tempo com garotos idiotas - digo e ela nega.

- você acha todos idiotas Sônia.

- por que são - dou de ombros.

- nunca se interessou por nenhum ? - ela pergunta me olhando e eu nego.

- na verdade. Já - admito e ela me encara meio surpresa - o vizinho da casa ao lado , próximo a margem da praia.

- aquele lindinho ? - ela sorri.

- sim , quando eu tinha uns 10 anos.

- e ainda se falam ? - ela pergunta e eu nego.

- não - digo me recordando do motivo e pela cara dela sabia que ela iria me interrogar.

- por que não ?

- coisas idiotas - digo e ela nega.

- conte logo Sônia.

- ele viu meu biquini cair do corpo um dia na água - confesso e ela franze o cenho.

- e ?

- e ? nada né silene - resmungo e ela revira os olhos.

- não me diga que parou de falar com ele só por causa de uma teta a mostra - ela diz e eu acabo que rindo.

- você é hilária - digo e ela ri , e logo nos levantamos notando o ônibus escolar se aproximar.

Drug Of Love | Bônus FinnalyOnde histórias criam vida. Descubra agora